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Mostrando postagens de novembro, 2013

Reflexão do Evangelho de Domingo - 01 de dezembro (Tempo do Advento)

Reflexão do Evangelho de Domingo -   01 de dezembro (Tempo do Advento) Mt 24, 37-44 – Vigiar para não ser surpreendido   Deus oferece o maior e mais belo tesouro, seu Reino de paz, de alegria e de justiça. Porém, podemos perdê-lo caso não formos vigilantes. Ao falar, Jesus se reporta aos dias “que precederam ao dilúvio”: “Estavam eles comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca”. E ele conclui, “assim acontecerá na Vinda do Filho do Homem”. Orígenes, grande escritor do século III, exorta “a vigiar, à tarde, isto é, na juventude, à meia noite, na idade média, ao canto do galo, no tempo da velhice ou de madrugada, quando a velhice está já avançada”. Continua ele – “Virá o Senhor ao que não deu sono aos seus olhos, nem descanso às suas pálpebras, e guardou o mandamento daquele que disse: Vigiai em todo tempo”. Ocorrerá, então, a parusia, a volta de Jesus, em sua glória no tempo do Fim. Os que se prepararam, na observância de seus

Reflexão do Evangelho de Sábado – 30 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Sábado – 30 de Novembro Mt 4, 18-22:   Vocação dos quatro primeiros discípulos          Num dia comum, Jesus caminha e, como por acaso, encontra Pedro e seu irmão André. Ambos eram pescadores e dirigiam uma pequena empresa pesqueira à margem do lago de Genesaré. Vendo-os, Jesus não os saúda, nem se apresenta, simplesmente lança um apelo: “Vinde após mim!” Em seu barco, no sussurro das águas do lago, eles o ouvem e, deixando tudo, o seguem. Adesão irresistível a Cristo, que lhes confere uma nova orientação de vida, a de serem “pescadores de homens”. Mais do que ouvintes de seus ensinamentos, eles irão tomar parte ativa em seu ministério e serão, mais tarde, após sua partida, aqueles que irão anunciar a salvação a todos os povos e nações. O mesmo se deu, mais adiante, com os outros dois irmãos Tiago e João, filhos de Zebedeu, que também “deixando imediatamente o barco e o pai, seguiram-no”.   A brevíssima narração da chamada dos primeiros discípul

Reflexão do Evangelho de Sexta-feira – 29 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Sexta-feira – 29 de Novembro Lc 21, 29-33 – Parábola da figueira          No centro da parábola está a pergunta, feita pelos Apóstolos, sobre o fim do mundo: “Quando será isso, Mestre?” Para responder, Jesus utiliza a imagem de uma figueira, fonte importante de alimento para os judeus. No seu florescer, ela anuncia a proximidade do verão. S. Hipólito lembra que o “verão significa o fim do mundo, pois é a época em que se recolhem os frutos para guardá-los”. Símbolo do julgamento, ele é utilizado por Jesus para suscitar não o terror, mas para transmitir esperança, mesmo em meio a acontecimentos dolorosos e trágicos. Aliás, Jesus recorre a diversas parábolas tiradas da natureza para nos convidar a discernir os sinais da vinda “do Reino de Deus”. Anúncio muito presente na pregação de Jesus e dos Apóstolos. S. Ambrósio descreve a parábola como uma proclamação esperançosa da vinda do Senhor, pois, diz ele, “o cuidado do agricultor do Evangelho me dá a gara

Reflexão do Evangelho de Quinta-feira – 28 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Quinta-feira – 28 de Novembro Lc 21, 20-28: Jerusalém cercada, a desolação.              Retomando a profecia de Daniel 9,27 sobre as 70 Semanas, os Evangelhos Sinóticos anunciam o fim dos tempos, o dia do julgamento e a destruição de Jerusalém. Ao dizer que “está próxima a sua desolação”, o Evangelho lembra que o homem e o mundo, povos e nações, tudo é corruptível. Aliás, o termo desolação, em grego “erémwsis”, alude a um lugar deserto, em que as pessoas se sentem abandonadas. Em seu sentido religioso, a palavra exprime o esquecimento da Aliança com Deus e indica ausência ou falta de afeição às realidades divinas.     No entanto, para o cristão, a vida humana não tem por destino o vazio e o silêncio absoluto; seu olhar não se prende a uma visão desoladora do mundo. Elevando-se para além da realidade perecível, ele ouve as palavras consoladoras e alegres do Mestre: “Quando isto começar a acontecer, olhai, erguei vossa cabeça, pois aproxima-se o

Reflexão do Evangelho de Terça-feira e quarta-feira – 26 e 27 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Terça-feira e quarta-feira – 26 e 27 de Novembro Lc 21, 5-19: A ruína de Jerusalém e o fim dos tempos                   Os sinais precursores do fim do mundo, preditos no Evangelho de S. Lucas, são idênticos aos referidos no Evangelho de S. Mateus e S. Marcos. Escreve S. Agostinho: “Todos os três referem-se à resposta dada pelo Senhor aos discípulos que lhe perguntavam quando aconteceria a destruição do Templo por Ele predita e qual seria o sinal da sua segunda vinda, o fim do mundo”. Para evitar mal entendidos, Jesus esclarece que os acontecimentos, nomeados por Ele, não ocorrerão apenas no fim dos tempos, mas se realizarão ao longo da vida cristã ou, na expressão do bispo de Hipona, “eles não cessam de vir até o fim do mundo”. Igualmente, há também uma paulatina preparação para a vinda gloriosa do Senhor, pois a cada momento, os discípulos nascem para uma vida nova, num processo contínuo de assimilação a Ele. É o caminhar de plenitude em plenitud

Reflexão do Evangelho de Segunda-feira – 25 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Segunda-feira – 25 de Novembro Lc 21, 1-4: O óbolo da viúva            Jesus alerta seus discípulos a respeito dos escribas e fariseus, que pagavam o dízimo até da hortelã, observando com cuidado o exterior, mas desprezando o essencial, a salvação da alma. Escreve S. Hegemônio: “Eles procuravam ser saudados nas ruas e ocuparem os primeiros lugares à mesa, mas rejeitavam as realidades interiores e ignoravam que a atenção dada ao corpo correspondia à dedicação dada à alma”. Após fustigar a hipocrisia dos doutores da lei, que se dedicavam a longas orações, entremeadas de palavras altissonantes, Jesus refere-se ao donativo de uma pobre viúva. Se no Templo, “alguns ricos lançavam muitas moedas”, ela dá não o que lhe é supérfluo, mas o que lhe é necessário para seu próprio sustento. Entrega duas pequenas moedas, sem reservar nada para si. Dá a Deus tudo o que possuía.          Realiza-se a verdadeira piedade, que consiste na entrega total e confiante de

Reflexão do Evangelho de Domingo – 24 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Domingo – 24 de Novembro Lc 23, 35-43 – Cristo Rei do Universo            O anjo Gabriel saúda Maria: “Ave, cheia de graça”. O verbo grego “karitow”, cujo particípio perfeito passado é “ke-karitwméne” significa cheia de graça. Jesus é a plenitude da graça, o que permite a liturgia antiga denominar Maria como a Mãe do Belo amor. Ele é o fascínio da perfeição do amor, que impregna sua mãe, tornando-a cheia de graça.            Desde o primeiro instante de sua vida, ressoa a resposta desejada por Pilatos, que coloca em questão não o fato de Ele ser o Cristo, o Filho do Homem e Filho de Deus, mas a sua “Realeza”. O Sinédrio havia condenado Jesus por blasfêmia para a qual se previa a pena de morte. No entanto, dado que o poder de infligir tal pena era reservado aos romanos e como tal acusação não era ainda suficiente para levá-lo à morte, o sumo sacerdote declara a Pilatos ter Ele reivindicado a realeza messiânica.              De fato, em sua vida

Reflexão do Evangelho de Sábado – 23 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Sábado – 23 de Novembro Lc 20, 27-40: Ressurreição dos mortos            Uma das questões essenciais, colocada à vida humana, é justamente a que se refere à morte. Os saduceus, atendo-se ao Pentateuco, encontravam motivos para negar a Ressurreição dos mortos. O nome saduceu significa “justo” e, por motivo piedoso, “eles afirmam não servirem a Deus na esperança de uma recompensa” (S.Efrem). Querem amar a Deus na pureza do amor, não presos a uma retribuição.   Consequentemente, a vida limitava-se, para eles, à realidade humana e não concebiam nada além do que seus olhos podiam constatar.          Jesus rejeita de modo enfático tais afirmações, dizendo estarem eles “no erro” e “não conhecerem as Escrituras”, pois estas revelam, desde o começo, o poder do espírito, sopro vital, que impregna a pessoa em todas as suas ações. O espírito, sinal “dinâmico” de vida, foi-nos comunicado como força interior para caminharmos em direção ao infinito, graças à cri

Reflexão do Evangelho de Sexta-feira – 22 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Sexta-feira – 22 de Novembro Lc 19, 45-48 - Expulsão dos vendedores do Templo              A expulsão dos vendedores do Templo traz a lume a santidade de Deus. Israel, povo de Deus, é convocado a espelhar a santidade divina, evitando toda contaminação profana.   O próprio Templo é considerado santo, em toda a sua extensão, mesmo os “pisos” destinados aos pagãos. Particularmente, onde os judeus se reuniam: o coração do Templo nomeado “o santo”, que servia como centro de culto e louvor divinos e era considerado repleto da glória insuperável do Deus três vezes Santo. S. Ambrósio lembra que “o templo não é refúgio de mercadores, mas casa de santidade. E o próprio exercício do ministério sacerdotal não é designado, por Jesus, como um dever, ainda que sacro, mas como uma homenagem tributada a Deus, gratuitamente”. No entanto, o que ele encontra ali é justamente o contrário. O zelo pela casa do Senhor leva-o a expulsar os vendedores e os cambistas. Manif

Reflexão do Evangelho de Quinta-feira – 21 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Quinta-feira – 21 de Novembro Mt 12, 46-50 - Os verdadeiros parentes de Jesus            O amor e o respeito de Jesus para com sua mãe e parentes são inquestionáveis. Maria e seus irmãos desejam vê-lo, mas a multidão que o rodeava era grande e eles não conseguem chegar até ele. Os discípulos notam a presença deles e avisam Jesus. Sem desprezar seus parentes, ele aproveita a ocasião para conduzir seus ouvintes ao essencial da sua missão: seu relacionamento com o Pai celestial. Por isso, elevando a voz, ele dirige-se a todos e fala-lhes da filiação divina. É a filiação espiritual, pertença à família de Deus, da qual se participa pela fé. Maria não a desconhece. Já no milagre das bodas de Caná, contempla-se sua atitude confiante, pois, situando-se na ordem da fé, ela diz aos serventes: “Façam tudo o que Ele mandar”. S. Agostinho, meditando sobre essa passagem, exclama: “A nobreza do nascido se manifestou na virgindade da mãe, e a nobreza da mãe na divin

Reflexão do Evangelho de Quarta-feira – 20 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Quarta-feira – 20 de Novembro Lc 19, 11-28: Parábola dos talentos                   Jerusalém está bem próxima. Avizinha-se o fim e Jesus já antevê a cruz como serviço supremo a ser realizado em benefício de toda a humanidade. Nessa situação compreende-se o fato de os discípulos pensarem que o Reino de Deus ia se manifestar imediatamente. A exigência de estar preparado para aquele momento não leva à utopia de se sentir livre das responsabilidades da vida presente. Muito pelo contrário. Ela postula, justamente, a necessidade de assumir os trabalhos de cada dia. Por isso, Jesus arrefece o entusiasmo pela vinda imediata do Reino, contando-lhes a parábola dos talentos.            Ao viajar “para uma região longínqua”, um homem de nobre origem distribui aos seus servos, uma determinada quantia de bens, que eles deverão restituir com lucro. O fato reflete a confiança depositada pelo proprietário em seus servos, aos quais ele confia o seu dinheiro, a c

Reflexão do Evangelho de Terça-feira – 19 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Terça-feira – 19 de Novembro Lc 19, 1-10: O chamado de Zaqueu                  Jesus entra na cidade de Jericó. Uma multidão acotovela-se e se comprime ao seu redor. Um homem, chamado Zaqueu, de pequena estatura deseja vê-lo. Como publicano, recolhedor de impostos, ele não era benquisto pela população, que o via a serviço dos dominadores romanos. Ninguém lhe cede lugar.   Corre à frente e, com persistência, tenacidade e muita decisão, ele sobe numa árvore junto ao caminho, gesto interpretado como um ato deliberado e livre, que o situa acima das amarras da riqueza e dos bens materiais. Por isso, comenta S. Cirilo de Alexandria, “Não há outro modo de ver Jesus a não ser subindo no sicômoro”. Ao longo do Evangelho, S. Lucas testemunha o apelo de Jesus a todos, homens e mulheres, pobres e ricos. Agora, levantando os olhos, Ele o contempla no sicômoro e diz-lhe: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje devo hospedar-me em tua casa”. Chama-o pelo nome, in

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Reflexão do Evangelho de Segunda-feira – 18 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Segunda-feira – 18 de Novembro Lc 18, 35-43 : Cura do cego de Jericó                   Seguido por uma multidão, Jesus e os Apóstolos estão em Jericó e diante deles surge um cego chamado Bartimeu, sentado à beira do caminho, pedindo esmola. “Ao ouvir que era Jesus, o Nazareno, que passava, começou a gritar: Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim!” Os que caminhavam rumo a Jerusalém, sentem-se perturbados. S. Agostinho observa que “este cego, antes numa boa posição social, caiu em conhecida e célebre miséria, pois não só era cego, mas também clamava: ‘Que eu possa ver novamente’”. O cego persiste, pois reconhece ser aquele o momento especial da graça divina. Por isso, relata o texto que, deixando a sua veste, “ele deu um pulo e foi até Jesus”. Fato que, segundo S. Beda, “simboliza a Igreja primitiva dos gentios os quais, almejando a luz de Cristo, seguem os ensinamentos do Evangelho desnudos, isto é, despidos dos poderes do mundo, o que os torna m

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Reflexão do Evangelho de Domingo – 17 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Domingo – 17 de Novembro Lc 21, 5-19: A ruína de Jerusalém e o fim dos tempos                   Os sinais precursores do fim do mundo, preditos no Evangelho de S. Lucas, são idênticos aos referidos no Evangelho de S. Mateus e S. Marcos. Escreve S. Agostinho: “Todos os três referem-se à resposta dada pelo Senhor aos discípulos que lhe perguntavam quando aconteceria a destruição do Templo por Ele predita e qual seria o sinal da sua segunda vinda, o fim do mundo”. Para evitar mal entendidos, Jesus esclarece que os acontecimentos, nomeados por Ele, não ocorrerão apenas no fim dos tempos, mas se realizarão ao longo da vida cristã ou, na expressão do bispo de Hipona, “eles não cessam de vir até o fim do mundo”. Igualmente, há também uma paulatina preparação para a vinda gloriosa do Senhor. No seu poder misericordioso, os discípulos nascem, a cada momento, para uma vida nova, num processo de assimilação sempre maior a Jesus. É um caminhar de plenitude em pl

Reflexão do Evangelho de Sábado – 16 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Sábado – 16 de Novembro Lc 18, 1-8: O juiz iníquo e a viúva importuna          Após a parábola do amigo importuno, Jesus conta aos apóstolos a parábola do juiz iníquo, ao qual uma pobre viúva recorre, clamando por justiça. O juiz mostra-se indiferente, surdo a Deus e aos homens. Mas farto de ser importunado pela viúva, que “lhe causava fastio”, ele finalmente a atendeu. Com muito maior razão, pergunta Jesus, “não faria Deus justiça a seus eleitos que clamam a Ele dia e noite, mesmo que os faça esperar?” Certamente Deus atenderá às súplicas de seus filhos.          Visando despertar nos discípulos a perseverança na oração, sugerida na introdução da parábola, Jesus descreve os insistentes rogos da viúva. Caso eles procedam do mesmo modo, a prece deles será acolhida pelo coração amoroso do Justo por excelência, Deus, o divino Juiz. Ainda que retarde, seu julgamento não deixará de acontecer. Mesmo que, no presente momento, eles tenham de suportar a

Reflexão do Evangelho de Sexta-feira – 15 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Sexta-feira – 15 de Novembro Lc 17, 26-37 – O dia do Filho do Homem omem                                                                                                            Com a sua vinda, o Filho do Homem instaura o Reino de Deus “entre nós”, “em nós”. omem instaura com a sua vinda Homem Realidade espiritual, mas também escatológica. Jesus revela-nos a face humana de Deus, pois, no mistério da encarnação, ele se esvazia, kénosis , em seu infinito amor para conosco, permitindo-nos, assim, encontrar nele o espaço de nossa liberdade. Livres, estabelecemos, já e agora, a vitória sobre o domínio do pecado e da morte, sinal da vitória no fim dos tempos, em que Cristo “entregará a realeza a Deus Pai” (1Co 15,24). Os que lhe forem fiéis receberão “a herança no Reino de Cristo e de Deus” (Ef 5,5) e serão chamados a partilhar da glória desse reinado. É a instauração do Reino de Deus no fim dos tempos. É o Dia do Filho do Homem. Comenta S. Cirilo de A

Reflexão do Evangelho de Quinta-feira – 14 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Quinta-feira – 14 de Novembro Lc 17, 20-25: A vinda do Reino de Deus                   Ao dizer que o Reino de Deus está próximo, Jesus provoca a curiosidade dos fariseus. Um deles, perplexo, lhe pergunta: “Quando ele virá”? Alimentada pela esperança de uma manifestação divina decisiva, a expectativa é grande. No entanto, diante dos ensinamentos sobre a tolerância, o amor aos inimigos e a acolhida aos pecadores, os ouvintes alimentavam muitas dúvidas a respeito das palavras de Jesus. Sem deixar de corrigir as ideias equivocadas, Jesus aborda a questão sob dois aspectos, o tempo e o modo como virá o Reino de Deus. Ao descrever a forma como ele chegará, Jesus esclarece que muitos procurarão sinais, mas em vão, pois ele não virá em meio a sinais nitidamente constatáveis. Por isso, voltando-se para os discípulos, alerta-os de não se deixarem enganar diante dos fortes rumores, que apregoavam que o Reino surgiria “aqui ou ali”. O Reino não ocupa um espa

Reflexão do Evangelho de Quarta-feira – 13 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Quarta-feira – 13 de Novembro Lc 17, 11-19: A cura dos dez leprosos            Estando a caminho de Jerusalém, dez hansenianos aproximam-se de Jesus e, supreendentemente, dão-lhe o título de Mestre, utilizado unicamente pelos que pertenciam ao círculo dos discípulos. Diante desse fato, os Santos Padres assinalam que aqueles homens não só sofriam de um mal físico, mas também de uma enfermidade espiritual. Rejeitados, sentiam-se como “ovelhas sem pastor”. Mas grande é a ternura de Jesus. Antes mesmo de eles serem curados e purificados, Ele os envia ao Templo para se apresentarem ao sacerdote, a fim de serem reintegrados na vida da comunidade. S. Cirilo de Alexandria observa que “eles foram dar testemunho aos sacerdotes, os guias dos judeus, sempre invejosos do seu poder. De modo maravilhoso e acima de suas esperanças, eles testemunham o fato de terem sido livres da sua desgraça e sido curados pelo querer de Cristo”. Todos são curados, mas um só reto

Reflexão do Evangelho de Terça-feira – 12 de Novembro

Reflexão do Evangelho de Terça-feira – 12 de Novembro Lc 17, 7-10 – Servir com humildade          Certamente, no desejo de se tornarem mais fortes na fé, os Apóstolos suplicam ao Senhor: “Aumentai a nossa fé”. Presente nos discípulos e dependendo deles, a fé é dom da graça divina. Porém, há uma exigência: fustigar a arrogância e ser humilde no serviço. Por isso, logo a seguir Jesus fala do patrão que diz ao servo, que trabalhara o dia todo: “Prepara-me o jantar e serve-me, até que eu tenha comido e bebido; depois, comerás, por sua vez”. Sem alimentar qualquer pretensão, o servo age de modo desinteressado, dando o melhor de si mesmo.