Reflexão do Evangelho de Lc 8, 1-3 - Mulheres que seguem o Mestre - Sexta-feira 19 de Setembro



Reflexão do Evangelho de Lc 8, 1-3 - Mulheres que seguem o Mestre
Sexta-feira 19 de Setembro

       Acompanhado por seus Doze Apóstolos, Jesus anuncia o Evangelho do Reino de Deus. Eles adotam um estilo de vida itinerante, indo de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, o que leva muitos cristãos a se inspirarem neste modo de viver e a se tornarem pregadores itinerantes. O Evangelho também se refere “à presença de algumas mulheres – escreve S. Agostinho - que colocavam à disposição de Jesus e dos Doze os seus bens, enquanto estes se dedicavam à pregação do Evangelho”. Além das mulheres que acompanhavam habitualmente Jesus e os Apóstolos, outras mulheres aparecem episodicamente no Evangelho, as que o Senhor encontrou em sua missão e foram curadas, as convertidas e as que lhe ofereceram hospedagem.    
       Dentre as mulheres citadas, destaca-se sua mãe Maria. Há a “outra” Maria, originária de Magdala, cidade ao norte do Tiberíades, vizinha de Cafarnaum, onde Jesus exerceu grande parte de sua missão. Ao falar dela, o Evangelista a caracteriza como sendo aquela “da qual haviam saído sete demônios”. Número que simboliza, como os sete dias da semana, a totalidade e indica a ação onipotente de Deus, libertando-a de toda ação do Maligno. Outra mulher citada é Joana, “mulher de Cuza, o procurador de Herodes”, proveniente, portanto, de um ambiente bem diferente daquele dos demais discípulos. Ela se encontra entre as mulheres que estão junto ao túmulo de Jesus (Lc 24,10).
       Inumeráveis e inestimáveis são as iniciativas de serviço das santas mulheres, naquele e em todos os tempos. Elas se desvelam em ajudar os profetas. Servem aos Apóstolos e, ainda hoje, estão presentes em toda ação evangelizadora da Igreja. Dedicam-se aos estudos bíblicos, tão agradavelmente realizados em nossa geração, cujas raízes estão presentes nos primeiros anos da vida da Igreja. A propósito, observa S. Jerônimo: “Nos primeiros séculos, os estudos da Sagrada Escritura constituem parte integrante dos ambientes monásticos e não são estranhos à vida dos leigos, sobretudo, das mulheres”. Basta lembrarmos as pregações do Apóstolo S. Paulo, às quais elas acorriam para ouvir, onde ele estivesse. Finalmente, impressiona-nos a coragem e o desprendimento de muitas mulheres, conduzidas ao martírio, como a jovem Blandina, em Lyon, e Felicidade e Perpétua, na África.

Dom Fernando Antônio Figueiredo, o.f.m.

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