Reflexão do Evangelho de Lc 11, 27-28 – A verdadeira bem-aventurança - Sábado 11 de Outubro

Reflexão do Evangelho de Lc 11, 27-28 – A verdadeira bem-aventurança
Sábado 11 de Outubro         
        
O amor e o respeito de Jesus para com sua mãe e parentes são inquestionáveis. Maria e seus irmãos desejam vê-lo, mas a multidão que o rodeava era grande e eles não conseguem chegar até Ele. Os discípulos notam a presença deles e avisam Jesus. Sem desprezar seus parentes, Ele aproveita a ocasião para conduzir seus ouvintes ao essencial da sua missão: seu relacionamento com o Pai celestial. Por isso, elevando a voz, Ele dirige-se a todos e fala-lhes da filiação divina. É a filiação espiritual, pertença à família de Deus, da qual se participa pela fé. Maria não a desconhece. Já no milagre das bodas de Caná, situando-se na ordem da fé, ela revela serena confiança em seu Filho ao dizer aos serventes: “Façam tudo o que Ele mandar”. S. Agostinho, meditando sobre essa passagem, exclama: “A nobreza do nascido se manifestou na virgindade da mãe, e a nobreza da mãe na divindade do nascido”.
        Jesus reconhece como seus parentes os que são obedientes à Palavra, portanto, autênticos filhos do Pai que está nos céus. Enquanto Ele assim falava, uma mulher espontaneamente exclama: “Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram”. Ele, porém, responde: “Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam”. Estas palavras, dirigidas a todos os discípulos, visam convocá-los a fazer parte da Aliança, tornando-os membros de uma nova família, a família dos “santos”, aqui na terra e no céu.
Se a grandeza de Maria repousa sobre o fato de ela ser a Mãe do Filho de Deus, muito mais sobre o fato de ela ser mulher de fé. Ela é toda acolhida da Palavra de Deus, que, por obra do Espírito Santo, nela se encarnou. Eis a sua glória! Nesse sentido, observa S. Agostinho: “Santa Maria fez a vontade do Pai e a fez inteiramente; por isso vale mais para Maria ter sido discípula de Jesus do que sua Mãe. Feliz era Maria, porque antes de gerá-lo, já o trazia em seu coração”. Eis a função de Maria no interior da missão de seu Filho Jesus: Ser modelo de fé para todos os que seguem seu divino Filho! Também nós, na medida em que acolhemos a Palavra de Deus e ela se efetiva em nós, tornamo-nos membros da família espiritual, da qual Maria é a mãe.


Dom Fernando Antônio Figueiredo, o.f.m.

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