Reflexão do Evangelho - Quarta-feira 04 de Março

Reflexão do Evangelho
Mt 20,17-28 - Pedido da mãe dos filhos de Zebedeu
Quarta-feira 04 de Março
      
       A expectativa era grande. Os Apóstolos aguardavam a qualquer momento a manifestação do Reino de Deus. Com um olhar sereno, porém triste, Jesus fala de sua morte e ressurreição: “O Filho do Homem será entregue aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado. Mas no terceiro dia ressuscitará”. Absorvidos em seus pensamentos de glória, os discípulos não o entenderam bem e a mãe de João e Tiago pressente em suas palavras o anúncio da iminência da realização messiânica. Então, pede-lhe que omemn HH“seus dois filhos se assentem um à direita e outro à esquerda” do seu trono. Não é a primeira nem a última vez que o Evangelho sublinha o desejo de precedência. Mas quem recebe a resposta não é a mãe, mas sim os filhos, que alimentam a ambição de ocupar posições de destaque em seu Reino.  
       Os outros discípulos murmuram contra os dois irmãos, talvez por desejarem os mesmos lugares de honra. Para corrigi-los, Jesus passa a explicar que o Reino não é como eles pensam, mas entre eles, quem quiser ser o primeiro seja o servo de todos. No momento, o importante não é preocupar-se com o lugar que se terá no Reino, mas dispor-se a servir com amor, a exemplo do Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.

Voltando-se então para os dois irmãos, pergunta: “Podeis beber o cálice que eu vou beber, ou receber o batismo que estou para receber?” Sem titubear, eles respondem: “Nós podemos”. Na realidade, Tiago morrerá mártir e João estará no Calvário, partilhando do cálice com Jesus, no sofrimento da cruz. Observa S. Agostinho: “O caminho para sua glória, a pátria celeste, é a humildade. Se tu recusas o caminho, por que buscas a pátria?” Mas apesar de suas palavras, presos ao triunfo que esperavam com a vinda do Messias, os Apóstolos parecem ainda não entendê-lo. Só mais tarde, eles compreenderão que a humildade de Jesus é a marca de sua inigualável solidariedade com os homens. 

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