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Mostrando postagens de maio, 2015

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 01 de Junho

Reflexão do Evangelho Mc 12, 1-12 - Parábola dos vinhateiros homicidas Segunda-feira 01 de Junho               Paz, calor interior, luz divina, misericórdia, retratam nas parábolas a benevolência e o carinho de Jesus. Ao ouvi-las, afastam-se do ouvinte a frieza interior e a insensibilidade da alma, e implanta-se em seu coração a realidade espiritual do Reino de Deus: alegria, coragem e segurança.  A presente parábola narra o fato de o dono de uma vinha, depois de equipá-la devidamente, partir de viagem, deixando-a entregue a alguns arrendatários. No tempo da colheita, ele envia seus servos para receber a parte que lhe é devida. Os vinhateiros, arrendatários da vinha, porém, não os recebem. Armados de agressiva violência, eles os submetem ao mesmo tratamento dado por Israel aos profetas: eles são rejeitados, maltratados e, até mesmo, mortos. Caso alguém deles retorne ao dono da vinha, a quem cabe parte dos frutos, ele estará com as mãos vazias, ainda que seja “o tempo dos fru

Reflexão do Evangelho - Domingo 31 de Maio

Reflexão do Evangelho Mt 28, 16-20 - SS. Trindade – Um só Deus em três Pessoas Domingo 31 de Maio      A felicidade parece ser objeto de um desejo universal; não há quem não busque ser feliz. Felicidade, diziam os antigos filósofos, é o bem em si mesmo, e a ele se subordinam, como meios para atingi-lo, todas as demais realidades. Em cada ação, como que em breves instantes, porém maravilhosos, o homem vive a felicidade, ou seja, sua existência realizada.            Para a revelação bíblica, a fonte suprema da felicidade é Deus, um Deus não distante nem do mundo, nem da história humana. Acessível ao homem, Ele estabelece uma relação dialogal com a humanidade. Orígenes, teólogo alexandrino, refere-se ao diálogo realizado entre Deus e o homem, em nossa peregrinação terrena, como participação do eterno diálogo “no céu” entre o Pai e o Filho no Espírito Santo. Dom divino, o diálogo com Deus não suprime a natureza humana nem o uso da razão. Embora as supere, continuam válidas as af

Reflexão do Evangelho - Sábado 30 de Maio

Reflexão do Evangelho Mc 11, 27-33 - Questões sobre a autoridade de Jesus Sábado 30 de Maio               De cidade em cidade, Jesus passa ensinando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Ele percorre a Galileia trazendo esperança à população simples e carente. Ela o aclamava e o seguia. Em Jerusalém, ele não se cala, nem se intimida diante dos doutores e sacerdotes, que não o veem com bons olhos. Também aí, ele ensina e as multidões aglomeram-se para ouvi-lo. Uma delegação do Sinédrio, supremo conselho do povo judeu, constituído por sacerdotes e escribas, aproxima-se dele para interrogá-lo: “Com que autoridade fazes estas coisas?” Quem lhe teria outorgado o poder de ensinar? À diferença dos greco-romanos, que consideravam o poder como algo obtido e consolidado pela força, Israel o vê como dom concedido por Deus em vista de uma missão ou do exercício de uma tarefa em benefício do povo. Colocando-os nesse contexto, Jesus remete-os a João Batista e, à maneira rabínica de di

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira 29 de Maio

Reflexão do Evangelho Mc 11, 11-26 - A figueira seca e a expulsão dos vendilhões do Templo Sexta-feira 29 de Maio                   A missão terrena de Jesus se centraliza e culmina em Jerusalém, a cidade santa. O fato de sentir fome e buscar figos, justamente em tempo inadequado, mostra que “Ele tinha fome, escreve S. Agostinho, não de figos, mas de outra coisa; existem os que não podem dar fruto porque não querem. A esterilidade é culpável quando a infecundidade é voluntária. Os judeus possuíam as palavras da lei, mas não tinham as obras; estavam cheios de folhas, e não davam fruto”. Ato intencionalmente simbólico de Jesus, que visava despertar na mente dos Apóstolos algo que eles não percebiam imediatamente: a relação de Israel com Deus e a morte do Templo. Chegando a Jerusalém, eles se dirigem logo ao Templo, que era para Israel a lembrança constante da presença de Deus no meio de seu povo. Sinal da suprema beleza e santidade divina.  Dele ecoava o imperativo de que Isra

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira 28 de Maio

Reflexão do Evangelho Mc 11, 11-26 - Cura do cego de Jericó Quinta-feira 28 de Maio               Seguidos por uma multidão, Jesus e os Apóstolos aproximam-se de Jericó. Sentado à beira do caminho, um cego chamado Bartimeu pedia esmola. “Ao ouvir que era Jesus, o Nazareno, que passava, começou a gritar: Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim! ” Os peregrinos, que caminhavam rumo a Jerusalém, sentem-se perturbados. Embora ameaçado, o cego percebe que o momento é aquele, momento da graça divina. Por isso, persiste e, deixando a sua veste, “deu um pulo e foi até Jesus”. Segundo S. Beda, esse fato “simboliza a Igreja primitiva dos gentios, os quais, almejando a luz de Cristo, seguem os ensinamentos do Evangelho desnudos, isto é, despidos dos poderes do mundo, o que os torna merecedores da posse do tesouro eterno no céu”.         O grito confiante do cego atrai a atenção de Jesus. Ele não passa ao largo, mas detém-se e pergunta-lhe: “O que queres que eu te faça? ”. Trêmulo no

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira 27 de Maio

Reflexão do Evangelho Mc 10, 32-45 – Pedido dos filhos de Zebedeu Quarta-feira 27 de Maio               A expectativa era grande. Os Apóstolos aguardavam a qualquer momento a manifestação do Reino de Deus. Com um olhar sereno, porém triste, Jesus fala de sua morte e ressurreição: “O Filho do Homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos escribas; eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios..., e três dias depois ressuscitará”. Absorvidos em seus pensamentos de glória, os discípulos não o entenderam bem. Dois deles, Tiago e João, filhos de Zebedeu, pressentem em suas palavras o anúncio da iminência da realização messiânica. Não tinha sido fácil percorrer o caminho até ali: quanto sofrimento, quantas incompreensões, quantas acusações dos adversários. Encorajando-se mutuamente, eles pedem ao Mestre que lhes conceda, na sua glória, “sentar omemn HH um à direita e outro à esquerda” em seu Reino. Não é a primeira nem a última vez que o Evangelho sublinha o desejo d

Reflexão do Evangelho - Terça-feira 26 de Maio

Reflexão do Evangelho Mc 10, 28-31 - A recompensa pelo desprendimento Terça-feira 26 de Maio               Talvez uma das coisas mais importantes que a vida cristã apresenta seja o desprendimento ou a renúncia. O exterior da realidade material esconde sua grandeza espiritual interior. Assim graças ao poder da renúncia, a visão das coisas adquire uma natureza mística e o ser humano olha o mundo sob um ponto de vista secreto que dá a chave para uma nova compreensão da vida; “o corpo torna-se ligeiro, alegre, e munido de asas”, escreve Evágrio. O que está no homem é mais forte de tudo o que está no mundo e, na liberdade da renúncia, ele encontra o segredo de sua fecundidade. Daí o fato de S. João Batista ser representado nos ícones com asas. Muitos outros termos, que remontam às tradições pré-cristãs, foram adotados pelos cristãos para designar a renúncia, como purificação, ascese, mortificação e domínio de si mesmo. A renúncia, em sentido espiritual, não é um termo negativo; e

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 25 de Maio

Reflexão do Evangelho Mc 10, 17-27 - O jovem rico Segunda-feira 25 de Maio        Um jovem procura Jesus não com o intuito de segui-lo, mas de assegurar-se da salvação: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna? ” A pergunta sugere a ideia de ele julgar ser possível alcançar a salvação, mediante suas obras. Convidando-o a passar de uma visão cultual e legalista a uma visão moral-espiritual, Jesus lhe diz: “Por que me perguntas sobre o que é bom? O Bom é um só”. Ninguém é bom, senão só Deus. E ao ouvi-lo afirmar que conhece e observa os mandamentos, após lançar um olhar de afeto por ele, o Mestre apresenta-lhe um desafio: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus”.           Este episódio gravita ao redor das posses de um jovem rico. Possivelmente, guiado pela ideia de que as riquezas e o sucesso terreno são sinais das bênçãos divinas, ele julgue que a porta de acesso ao céu esteja vinculada aos bens materiais. Como c

Reflexão do Evangelho - Domingo 24 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 7,37-39 - Promessa da água viva Domingo 24 de Maio         Uma vez mais, Jesus sobe a Jerusalém, sempre acompanhado por uma multidão de pessoas, pois sua fama já se espalhara por toda a parte. Sua pessoa perturbava os judeus e os gregos pelo fato de Ele perdoar os pecadores, como só Deus é capaz de perdoar, provocando as mais diversas reações. Eles se sentem confusos, ao ouvi-lo dizer que “o filho do homem não veio à terra para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em ‘resgate’ de muitos”. Assim como outrora Deus salvou o seu povo, agora o Senhor resgata os seus seguidores, conduzindo-os para o “novo céu e a nova terra”. Jesus não está à procura de servos, mas sim de irmãos que o sigam com um amor desinteressado e dadivoso.        Durante a festa das Tendas, o Templo ficava todo iluminado por grandes lâmpadas, acendidas pelos levitas para os festejos. É o momento alto da festa: a solene procissão de água e de luz. De pé, em alta voz, Jesus pr

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira 22 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 21, 15-19 - Pedro é confirmado em sua missão Sexta-feira – 22 de maio        Depois de passarem a noite tentando pescar, os filhos de Zebedeu, Pedro, Tomás e Natanael, no raiar do sol, avistaram na bruma da manhã, um homem à praia que lhes gritou: “Jovens, tendes algo para comer? ” Pergunta que normalmente faziam aos pescadores, tão logo eles se aproximavam da margem. Ao receber a resposta que nada tinham conseguido, disse-lhes: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Atendendo ao seu conselho, lançaram a rede e logo ela estava repleta de peixes, tantos que eles “não tinham mais força para puxá-la”. A névoa começa a dissipar-se. João então vislumbra a face do estranho e, voltando-se para Pedro, sussurra: “É o Senhor”. Ouvindo isso, Pedro se atira ao mar e vai ao encontro de Jesus, que os esperava na praia, ao lado de algumas brasas acesas, “tendo por cima peixe e pão”, aos quais eles juntaram mais alguns peixes. Silenciosos e confusos, eles se

Reflexão do Evangelho - Sábado 23 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 21, 20-25 - O destino dos Apóstolos Pedro e João Sábado 23 de Maio Ao cabo de alguns dias os Apóstolos retomam o ritmo de vida de sempre. Voltaram para a Galileia, onde se dedicam aos seus afazeres habituais. Como era natural, não deixavam de falar do Ressuscitado, o qual eles esperavam ansiosamente, segundo sua promessa. Um dia, estavam eles pescando no lago de Genesaré, quando, pela terceira vez, Jesus veio ao encontro deles. Até aquele momento, a pesca fora infrutífera, nada tinham conseguido. Obedientes à voz do estranho, pois não o tinham reconhecido, atiraram mais uma vez a rede, que logo se encheu de peixes. À praia, ainda não refeitos da surpresa da aparição, eles se aproximam de Jesus e, sentando-se, comem do peixe que Ele mesmo tinha preparado.   Após a refeição, Jesus chama Pedro à parte e por três vezes pergunta-lhe: “Simão, filho de João, tu me amas? ” Sim, Senhor, responde Pedro, “tu sabes que eu te amo”. Então, Jesus lhe diz: “Quando e

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira 22 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 21, 15-19 - Pedro é confirmado em sua missão Sexta-feira 22 de Maio        Depois de passarem a noite tentando pescar, os filhos de Zebedeu, Pedro, Tomás e Natanael, no raiar do sol, avistaram na bruma da manhã, um homem à praia que lhes gritou: “Jovens, tendes algo para comer? ” Pergunta que normalmente faziam aos pescadores, tão logo eles se aproximavam da margem. Ao receber a resposta que nada tinham conseguido, disse-lhes: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Atendendo ao seu conselho, lançaram a rede e logo ela estava repleta de peixes, tantos que eles “não tinham mais força para puxá-la”. A névoa começa a dissipar-se. João então vislumbra a face do estranho e, voltando-se para Pedro, sussurra: “É o Senhor”. Ouvindo isso, Pedro se atira ao mar e vai ao encontro de Jesus, que os esperava na praia, ao lado de algumas brasas acesas, “tendo por cima peixe e pão”, aos quais eles juntaram mais alguns peixes. Silenciosos e confusos, eles se a

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira 21 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 17, 20-26 - Que todos sejam um como nós, ó Pai. Quinta-feira - 21 de Maio        Encontram-se os Apóstolos diante de dois momentos da vida de Jesus: sua missão terrena e seu retorno para junto do Pai. Nascido de Maria, Jesus assumiu nossa humanidade para libertar-nos do mal e do pecado. O nosso Salvador tornou-se um de nós, fazendo parte de nossa história, para nos conduzir ao Pai. Indicou-nos que viver é percorrer o caminho que leva ao Pai celestial. Pasmos, perguntamo-nos: Como é possível que a salvação de todos dependa de uma única pessoa? Para S. João, Jesus não é simplesmente “um” (en) entre tantos, Ele é esse único, em quem todos nós somos “um” (eis) só. De início, também os Apóstolos não entenderam bem o significado dessas palavras. Às portas de Damasco, o Apóstolo S. Paulo atravessa os umbrais do mistério: “Saulo, Saulo, por que me persegues? ” Ele não estava lá procurando Jesus, mas sim os cristãos. Por isso, ao ouvir essa voz do alto, evide

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira 20 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 17, 11-19 - Oração sacerdotal de Jesus (II). Quarta-feira 20 de Maio        Instituído no sermão da Montanha, o Colégio dos Doze foi se consolidando ao longo da vida e do ensinamento de Jesus. Ao Apóstolo Pedro é confiado o governo da Igreja e a função de “confirmar seus irmãos na fé”. Aos Doze, Jesus confere o poder de “ligar e desligar” e o mandato de perpetuar a eucaristia e o serviço mútuo. Mas naquela hora, que antecede a sua prisão, Ele roga ao Pai que proteja aquele pequeno rebanho: “Pai santo, guarda-os em teu nome - este nome que me deste – para que eles sejam um como nós somos um”.  A unidade que existe entre o Pai e o Filho, em sua missão na terra, envolve a partir de então, fruto de seu perfeito amor ao Pai, a unidade do Filho com os que o seguem: “Eu neles e tu em mim, diz Jesus, para que sejam perfeitos na unidade”. Um rumor chega até o monte das Oliveiras. Percebendo a perturbação dos discípulos, Jesus deseja prepará-los para sua parti

Reflexão do Evangelho - Terça-feira 19 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 17, 1-11 - Oração de Jesus (I) Terça-feira 19 de Maio               A caminho do monte das Oliveiras, erguendo os olhos para o céu estrelado, Jesus pede ao Pai que glorifique o Filho, “para que teu Filho, diz Ele, te glorifique”.  Num tom de suave e paternal ternura, Ele revela, nesta prece, o seu “interior”, o sentido de sua obra e de sua vida. Das profundezas de suas entranhas, movido de compaixão e carinho, Ele conduz seus discípulos a uma filial confiança em Deus, denominado, repetidas vezes, “Pai”, “Pai santo”, “Pai Justo”. Mas agora, aproxima-se o momento em que Ele será entregue nas mãos de seus inimigos. Pasmos os discípulos ouvem sua voz serena e imperturbável: “Pai, chegou a hora! Glorifica teu Filho, para que Ele te glorifique”. Naquele instante solene, perante seus discípulos, Ele profere a oração “sacerdotal”, revelando a sua última vontade, o seu testamento. No seu imenso amor, Ele roga por aqueles que, graças à sua Palavra, crerão nele

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 18 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 16, 29-33 - Jesus fala claramente aos Apóstolos Segunda-feira 18 de Maio        Por diversas vezes, Jesus se refere à sua origem divina, mas agora, dizem os Apóstolos, Ele fala claramente, sem figuras! Jesus acaba de dizer: “Eu saí de junto do Pai para vir ao mundo. De novo deixo o mundo e vou para o Pai”. O sentido de suas palavras não escapa a ninguém. No momento em que se aproxima a hora de sua despedida, as figuras ou metáforas tornam-se supérfluas. A dúvida que pairava no coração dos discípulos sobre o sentido do enigma “de um pouco de tempo me vereis” se dilui, e eles chegam a declarar: “Tu sabes tudo”. Uma razão a mais para crer “que Ele veio de Deus”. O diálogo se dá ao longo do caminho para o Horto das Oliveiras. Não muito longe do Templo, Jesus se detém e, olhando para os Apóstolos, lhes diz: “Dizeis que agora credes. Eis que chega a hora – e ela soou – em que vos dispersareis, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho”. Os discípulos

Reflexão do Evangelho - Domingo – 17 de maio

Reflexão do Evangelho Mc 16, 15- 20 - A Ascensão de Jesus Domingo – 17 de maio      Em breve resumo, o Evangelista alude diferentes acontecimentos, sem dar indicações precisas de tempo ou lugar. Após enviar os Apóstolos a todas as nações para anunciar o Evangelho da salvação, o vencedor da morte, Jesus, “foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus”. Todos os que ouvissem a sua Palavra e a acolhessem com fé, seriam batizados e incorporados a Ele como membros de sua Igreja.   Testemunhada pelos Apóstolos, a Ascensão coloca a missão terrena de Jesus sob o signo da alegria e do retorno ao Pai. Em sua Encarnação, sem que sua divindade fosse diminuída, Ele assumiu a nossa humanidade. S. Atanásio proclama: “Deus se fez portador da carne, para que o homem pudesse tornar-se portador do Espírito divino”. Em sua Ascensão para junto do Pai, Ele leva consigo a nossa natureza humana, incluindo-a em sua divindade. Realiza-se assim nosso retorno ao Pai, realidade sublime, que nos to

Reflexão do Evangelho - Sábado 16 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 16, 23-28 - Se pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo dará Sábado 16 de Maio        Deus não se justapõe às criaturas. Nem pode ser considerado como estando fora de nós. Deus é plenitude e, por conseguinte, distinguindo-se de tudo, ele está presente em todas as realidades, sustentando-as e guiando-as à sua realização plena. Mas o homem, escreve S. Agostinho, “quer e não quer, sabe e ignora, recorda e esquece. Ninguém tem em si a unidade do ser”, a perfeição. Com efeito, o homem pecou e afastou-se da unidade, pois o pecado significa justamente colocar obstáculos à força do amor, impedindo-a de levá-lo à comunhão com Deus e com seus semelhantes. Mas o Pai eterno não desiste de suas criaturas. Ele deseja salvá-las. Envia seu próprio Filho para proclamar o seu amor e oferecer a todos o perdão e a reconciliação.   A presença de Jesus, nascido de Maria, transmite uma atmosfera de paz, de alegria e de fé. Ao contrário de João Batista, Ele não se retira do mu

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira 15 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 16, 20-23 - Ninguém vos tirará vossa alegria Sexta-feira 15 de Maio        Perante a possibilidade da morte, exposto à presença do nada, o homem se sente angustiado. Pois mesmo na duração breve da vida, perdem-se numa bruma indistinta o início e o final de sua existência terrena. O mistério da morte o supera e parece ameaçá-lo a cada instante. Foi o que sentiram os Apóstolos ao ouvirem Jesus anunciar a sua paixão e morte. Mas a voz do Senhor lhes transmite algo que lhes toca o coração e vem ao encontro de um profundo anseio: Ele fala de ressurreição ou imortalidade como o grande futuro do homem. No entanto, sem compreenderem bem as palavras do Mestre, eles vacilam e perguntam-se: seria a ressurreição o mesmo que revivificação do corpo? Percebendo a indecisão deles, Jesus os consola e leva-os a pressentir que a ressurreição é uma autêntica nova criação de Deus. Segundo a mentalidade semítica, eles imaginam a sobrevivência não só em seu espírito, mas d

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira 14 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 15, 9-17 - Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. Quinta-feira 14 de Maio        Jesus não apresenta aos homens uma nova doutrina, nem um insólito projeto social. Ele revoluciona a relação do homem com Deus, falando não de um divino anônimo, mas mostrando a face humana de Deus, um Deus que nos ama a ponto de dar a vida por nós. S. Irineu exclama: “Como poderia o homem ir a Deus, se Deus não tivesse vindo ao homem? Como libertaria o homem de seu nascimento de morte se não fosse regenerado na fé com um novo nascimento? ” Libertado de suas alienações como o pecado e a morte, o homem é penetrado da realidade divina. Isso se chama deificação, adoção, imortalidade em Deus.          De início, os Apóstolos não entenderam bem as suas palavras, chegando Judas Tadeu a perguntar-lhe: Senhor, por que te manifestas a nós e não ao povo? A resposta foi imediata e soou de modo um tanto enigmático: “Vê, se alguém me ama, observa aquilo que eu disse. E, então,

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira - 13 de Maio – Nossa Senhora de Fátima

Reflexão do Evangelho Lc 11, 27-28 – A verdadeira bem-aventurança Quarta-feira - 13 de Maio – Nossa Senhora de Fátima         O amor e o respeito de Jesus para com sua mãe e parentes são inquestionáveis. Maria e seus irmãos desejam vê-lo, mas a multidão que o rodeava era grande e eles não conseguem chegar até Ele. Os discípulos notam a presença deles e avisam Jesus. Sem desprezar seus parentes, Ele aproveita a ocasião para conduzir seus ouvintes ao essencial da sua missão: seu relacionamento com o Pai celestial. Por isso, elevando a voz, Ele dirige-se a todos e fala-lhes da filiação divina. É a filiação espiritual, pertença à família de Deus, da qual se participa pela fé. Maria não a desconhece. Já no milagre das bodas de Caná, situando-se na ordem da fé, ela revela serena confiança em seu Filho ao dizer aos serventes: “Façam tudo o que Ele mandar”. S. Agostinho, meditando sobre essa passagem, exclama: “A nobreza do nascido se manifestou na virgindade da mãe, e a nobreza da mã

Reflexão do Evangelho - Terça-feira 12 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 16, 5-11- A vinda do Espírito Santo Terça-feira 12 de Maio               Pelos caminhos da Galileia e da Judeia, os Apóstolos acompanham Jesus e se sentem unidos a Ele: “A vida, a alegria, a festa deles é Cristo, luz da luz do Pai” (Isaac de Nínive). Mas agora, as palavras de Jesus tinham o sabor de uma despedida. A tristeza apoderou-se dos Apóstolos. Se até aquele momento, Ele falava em nome de todos, chegou a hora de Ele partir e serão os Apóstolos que terão de testemunhar e de falar em seu nome. Mas eles não estarão sós e desamparados. O Espírito presente em Jesus, impulsionando-o a realizar a sua missão, será enviado aos Apóstolos que, iluminados interiormente, compreenderão o sentido de sua obra e irão anunciar a todos o Evangelho da salvação. A ida do Senhor corresponde à vinda do Espírito, que os capacita a testemunhar autenticamente a revelação de Deus.            A missão de Jesus chegou ao seu termo; um longo caminho será percorrido pelos s

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 11 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 15,26 – 16,4 - Quando vier o Espí rito Santo Segunda-feira 11 de Maio        Na noite da refeição pascal, reunido com os Apóstolos, Jesus fala do Espírito que Ele enviará de junto do Pai, o Espírito da Verdade e que os consolará e dará testemunho dele. Como Ele, também seus seguidores irão passar pelo batismo do sofrimento e serem perseguidos. Se até aquele instante, o Espírito estava junto deles, após a sua partida, Ele virá aos seus corações para iluminá-los e fortalecê-los no testemunho que darão a favor dele diante dos tribunais do “mundo”. Nada deverá desanimá-los. Ele não os deixará órfãos, “porque, diz Jesus, estais comigo desde o começo”. Palavras de amizade e de carinho. O seu desejo é que eles não fiquem abalados nem aflitos, mas perseverem no testemunho.        Os antigos valorizavam o testemunho dado em favor de quem apresentava uma mensagem. Assim Moisés é acolhido pelos israelitas por ter sido designado por Deus. Escolhidos por Jesus

Reflexão do Evangelho - Domingo 10 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 15, 9-17 - Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. Domingo 10 de Maio        Jesus não apresenta aos homens uma nova doutrina, nem um insólito projeto social. Ele revoluciona a relação do homem com Deus, falando não de um divino anônimo, mas mostrando a face humana de Deus, um Deus que nos ama a ponto de dar a vida por nós. S. Irineu exclama: “Como poderia o homem ir a Deus, se Deus não tivesse vindo ao homem? Como libertaria o homem de seu nascimento de morte se não fosse regenerado na fé com um novo nascimento? ” Libertado de suas alienações como o pecado e a morte, o homem é penetrado da realidade divina. Isso se chama deificação, adoção, imortalidade em Deus.          De início, os Apóstolos não entenderam bem as suas palavras, chegando Judas Tadeu a perguntar-lhe: Senhor, por que te manifestas a nós e não ao povo? A resposta foi imediata e soou de modo um tanto enigmático: “Vê, se alguém me ama, observa aquilo que eu disse. E, então, també

Reflexão do Evangelho - Sábado 09 de Maio

Reflexão do Evangelho Jo 15, 18-21 - Os discípulos e o mundo Sábado 09 de Maio        Após sua partida, seus discípulos deviam passar pelo mesmo batismo do sofrimento e beberem do mesmo cálice da dor. Por isso, com palavras de carinho e afeto, Jesus procura fortalecê-los e animá-los. Não irá abandoná-los, em breve Ele voltará. Cabe aos Apóstolos permanecerem unidos, assim como “eu e o Pai, diz Ele, somos um só”, pois só assim o mundo crerá que Ele foi enviado pelo Pai, que ama a todos. Diante destas palavras, eles compreendem que, ao comunicar a Palavra do Pai, Jesus os torna participantes das riquezas divinas, particularmente, da unidade dele com o Pai. Se eles fossem do “mundo” e estivessem sujeitos a ele, então o mundo os acolheria. “Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas porque não sois do mundo e minha escolha vos separou do mundo, o mundo, por isso vos odeia ou, segundo algumas versões, vos rejeita”. Embora não deixe de alertá-los das perseguições, que