Reflexão do Evangelho de domingo 07 de fevereiro





Reflexão do Evangelho de domingo 07 de fevereiro
Lc 5,1-11 -  Vocação dos primeiros discípulos
      

Num dia comum, Jesus encontrava-se à margem do lago de Genesaré, anunciando a Palavra de Deus. Como uma multidão se comprimia ao seu redor, Ele subiu num dos barcos, o de Simão Pedro, e de lá falava aos que se apinhavam ao longo da praia, querendo ouvir as verdades novas que aquele homem simples, tido como profeta, dizia.
Ao cabo de algum tempo, grande foi a perplexidade de Pedro, quando, voltando-se para ele, Jesus lhe pede para se distanciar da praia e lançar a rede ao mar. Pescador experimentado, ele não julgava ser esse o momento mais adequado, pois tinha passado a noite toda tentando pescar, e nada tinha conseguido. Porém, obediente à voz do Senhor, ele lança as redes e, para surpresa sua, o resultado é extraordinário. Pasmo, ele atira-se aos pés de Jesus e reconhece estar diante do homem que ele seguiria pelo resto de sua vida. Tiago e João, filhos de Zebedeu, sócios de Simão, também deixam tudo para segui-lo, e, colocando-se a serviço da salvação de seus semelhantes, tornam-se “pescadores de homens”. Não apenas ouvintes de seus ensinamentos, mas participantes ativos do seu ministério, sobretudo, após seu retorno para o Pai, quando então eles serão enviados para anunciar o Evangelho a todos os povos e nações.  
S. Cromácio de Aquileia os considera “felizes, pois o Senhor não os escolheu entre os doutores da Lei, nem entre os escribas, ou entre tantos sábios do mundo, mas entre simples e pobres pescadores, homens analfabetos e inexperientes! Ele os chama para a missão de pregadores e para o apostolado”. Sem hesitar, eles deixam tudo e seguem Jesus, que, de modo suave e amoroso, os conduz, paulatinamente, não a um divino anônimo, mas ao rosto divino do Filho de Deus transfigurado. De fato, no alto do monte Tabor, eles irão contemplar a luz eterna de sua divindade e reconhecerão que Ele é o Filho do Homem triunfante, caminho para o Reino misericordioso do Pai.  
Intencionalmente, o texto não fala de eles terem acompanhado Jesus, mas salienta que eles o seguem. Dessa maneira, de modo bastante sutil, o evangelista indica que os Apóstolos foram convocados não para lhe fazerem companhia, mas para se associarem totalmente à sua missão, tanto no serviço aos seus semelhantes e na entrega generosa e humilde a todos, como também na perseguição e na morte. Chamados a uma fé incondicional em Deus, eles se confiam não a uma ideia, nem mesmo a um ideal, mas a uma pessoa, Jesus de Nazaré, que comunica a salvação, a vida eterna a todos os que o acolhem: discípulos, pecadores, publicanos, pagãos, impuros. Ele é a total manifestação do amor de Deus para quem está disposto a acolher a proximidade de sua ação misericordiosa, proclamada numa notícia alegre e esperançosa: “O reino de Deus está perto”.

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