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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 01 de março

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Mt 6, 1-6.16-18 - A esmola em segredo        Para os judeus, a esmola, a oração e o jejum, frequentemente recomendados nas Escrituras, eram as colunas mestras da vida religiosa e os sinais característicos da pessoa piedosa. Porém, no tempo de Jesus, havia quem os praticasse com o simples intuito de se mostrar justo diante dos homens, sem um correlato interior. Daí o alerta de Jesus: “Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles”. A questão não é de ser visto, mas de fazer para ser visto pelos outros, fato que afeta a liberdade interior, ou seja, a possibilidade de ouvir Deus, cujas “palavras são espírito e vida” e devem ser traduzidas em ações concretas de união com Deus e com o próximo. Como se depreende, a verdadeira piedade, mais do que parecer ser bom e santo, é acolher conscientemente o outro e estabelecer com ele uma convivência pacífica e solidária.   Ao contrário, a vaidade, a vanglória e a avidez tendem a deixar a pessoa espi

Reflexão do Evangelho - Terça-feira, 28 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho - Terça-feira, 28 de fevereiro Mc 10, 28-31 - A recompensa pelo desprendimento                 Bondade, caridade, desprendimento dos bens materiais, homem de paz, Francisco de Assis transmite uma vida pobre, alegre e despojada. Canta o amor universal a todas as criaturas, poetiza a natureza e uma nova compreensão da vida, cujo modelo é Cristo, torna-se possível neste mundo. O pobre de Assis vive em simplicidade a realidade de Deus, que prefere a caridade aos sacrifícios e à observância exterior das normas e leis. Abraça os leprosos, estende a mãos aos doentes e pecadores, e aproxima todos de Deus, ao cântico da passarada, que o rodeava chilreando por onde passava. É impossível prendê-lo numa época. Já nos primeiros séculos, Evágrio destaca uma das características da vida cristã, que encontramos em são Francisco: “O reto caminho da paz, que permite ao corpo, sentir-se ligeiro, feliz, e munido de asas”. Bem antes, os ícones antigos representavam S. João B

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 27 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 27 de fevereiro Mc 10,17- 27 - O jovem rico                 Com olhos ansiosos, desejo intenso, um jovem procura Jesus, não para segui-lo, mas com o intuito de assegurar-se da salvação: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna? ”. Suas palavras sugerem a ideia de que é possível alcançá-la mediante suas obras. Jesus ouve aquele jovem, sonda-o, penetra-lhe as intenções, porém nada diz. Após algum tempo, indicando a necessidade de passar de uma visão cultual e legalista a uma visão moral-espiritual, pergunta-lhe: “Por que me perguntas sobre o que é bom? ” Ninguém é bom, a não ser Deus. “Se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos”, exigência que vale para todos, porque o principal objetivo da Lei é levar à santidade de vida, mesmo os gentios. À resposta do jovem de que, além de conhecer os mandamentos, ele os observava, o Mestre o olha com afeto e lança um desafio: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pob

Reflexão do Evangelho – Domingo, 26 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho – Domingo, 26 de fevereiro Mt 6,24-34 - Deus e o dinheiro         Jesus está à procura não de servos, mas sim de irmãos e de amigos, que estejam prontos a acolher a dádiva divina, o presente de Deus para nós: o próprio Jesus, seu Filho muito amado. Com divina sensibilidade, Ele nos coloca diante de dois senhores: Deus e o dinheiro, dizendo que “ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não se pode servir a Deus e ao dinheiro”. Ao ouvi-lo, os doutos da Lei se sentiam incomodados, não só por causa do amor pelo dinheiro, mas porque as palavras de Jesus contrariavam a ideia de muitos de seus compatriotas, que consideravam a prosperidade terrena como sinal do favor de Deus. No entanto, o povo o ouvia cheio de esperança e de suave inquietação. A liberdade com que Jesus falava, é óbvio, causava espanto e mesmo temor, pois Ele abordava seus discípulos, de maneira singela e direta, com a intenção de levá-los a uma decisão: a

Reflexão do Evangelho - Sábado, 25 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Sábado, 25 de fevereiro Mc 10,13-16 - Jesus e as crianças Trazidas por suas mães, as crianças rodeiam Jesus, “para que Ele lhes impusesse as mãos e fizesse uma oração”. Jesus, o profeta da misericórdia, anuncia a alegre notícia da salvação, sinal do amor de Deus pelo ser humano, ao qual Ele comunica felicidade e paz. Porém, notando que os Apóstolos, para poupá-lo, impedem a aproximação das crianças, Ele os repreende, com uma expressão amiga e bondosa, dizendo: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim”. Manifestando seu amor e carinho por elas, Jesus impõe as mãos e ora sobre as crianças, como fizera, em outras ocasiões, com a hemorroíssa e o surdo-mudo. No entanto, em todos os tempos e lugares, a necessidade que as pessoas têm de tocar ou receber uma bênção, pela imposição das mãos, revela não só o senso sacramental que as anima, mas também a confiança que elas depositam na bondade divina, mais real do que o gesto aparente.            Jesu

Reflexão do evangelho - Sexta-feira, 24 de fevereiro

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Reflexão do evangelho Sexta-feira, 24 de fevereiro Mc 10,1-12 - Perguntas sobre o divórcio                 Acalorada era a discussão entre os rabinos sobre o motivo que legitimava o repúdio da própria mulher. A questão girava ao redor das determinações do Deuteronômio, cujas expressões eram pouco precisas. Os mais rígidos, da escola de Shammai, interpretavam o texto bíblico em seu sentido estrito: só em caso de uma conduta deveras desonrante. Ou em sentido mais amplo, escola de Hillel, segundo a qual se podia repudiar a mulher por não importa qual motivo. Para testar Jesus, os fariseus lhe perguntam: “É lícito repudiar a própria mulher por qualquer motivo que seja? ” A pergunta é capciosa e visa colocar Jesus à prova, no desejo de arrastá-lo para uma contenda.         Ciente do que se passa no coração de seus ouvintes, sem negar a Lei, mas não se deixando limitar por ela ou pela ideia de que Moisés aprovava o divórcio, Jesus situa a questão no quadro dos desígnios do Pai.

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira, 23 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Quinta-feira, 23 de fevereiro Mc 9,41-50 - Escândalo a ser evitado         Dois poderes se defrontam: o poder da tentação e o da fé. O primeiro pode ter um sentido ativo e significar “pôr à prova”, sem induzir, diretamente, ao pecado. Assim, os sábios de Israel e mesmo muitas passagens do Evangelho reconhecem as tentações ou as provas como obras benfazejas, que purificam o homem e proporcionam um conhecimento maior de suas intenções e desejos. O fato de ser provado equivale a um convite para se deixar invadir pela graça divina e pela fé: o homem, unido mais intimamente a Deus, transforma-se e, em seu coração, instala-se a vitória sobre a maldade e as atrações do mal. Por outro lado, proveniente mais de fora do que do interior do homem, a tentação, entendida como força que atrai ao pecado, pode “gerar a morte” (Gn 3; Tg 1,13s). Daí o escândalo, palavra que sugere a ideia de armadilha ou pedra de tropeço, poderá afastar alguém da reta orientação para De

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 22 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Quarta-feira, 22 de fevereiro Mt 16, 13-19 - Confissão de S. Pedro         Na bela cidade de Cesareia, reedificada pelo tetrarca Felipe, no ano 3 a.C., com o desejo de formar e constituir o novo povo de Deus, Jesus interroga os discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou? ”. A opinião popular identificava-o com um dos profetas do passado. “Responderam-lhe: uns afirmam que és João Batista, outros que és Elias, outros, ainda, que és Jeremias ou um dos profetas”. Voltando-se para os Apóstolos, Ele pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou? ”. Os Apóstolos, diz S. Hilário, “pressentem que para além do que se via nele, havia algo mais”. Em nome de todos, não fundado em premissas puramente humanas, Pedro responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Momento solene e revelador. Através de suas palavras, Pedro expressa uma realidade divina, confirmada pelo próprio Senhor: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas! Não foram o sangue nem a carne que te revelaram

Reflexão do Evangelho - Terça-feira, 21 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Terça-feira, 21 de fevereiro Mc 9,30-37 - Quem é o maior? Uma das características essenciais de Jesus é a sua liberdade para fazer o bem e a firme convicção de ter sido enviado para comunicar a mensagem do Reino de Deus a todos, especialmente aos excluídos: Ele acolhe os pecadores, come com eles; é “um entregar-se nas mãos de pecadores”, fato que torna sua morte dom da salvação e convite para a comunhão com Deus.  De imediato, os discípulos não o entendem, pois faziam uma ideia menos trágica e mais gloriosa da vinda do Messias. Daí o fato de lhe perguntarem: “Quem é o maior no Reino dos Céus”? Eles não são ainda capazes de ver quem é Jesus; há falta de compreensão; há mal-entendidos a respeito do messianismo. Escreve São Jerônimo: “Pacientemente, Jesus quer agora purificar, por meio da humildade, o desejo de glória manifestado por eles”. Chamando uma criança e colocando-a no meio deles, disse: “Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 20 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Segunda-feira, 20 de fevereiro Mc 9,14-29 - A cura do endemoninhado epilético                 As pessoas “admiravam-se” não só das palavras de Jesus, cheias de bondade e compreensão, mas também dos seus milagres, vistos como manifestações do seu poder sobre as doenças e as forças da natureza. No entanto, Jesus não deseja realizar milagres em benefício próprio, para legitimar a sua missão. São sinais que revelam sua compaixão para com os que chegam a Ele com sua miséria e que têm um coração aberto para receber a boa nova alegre do Evangelho. Estes são aqueles que reconhecem, por trás de seus atos, como também de suas palavras, a realidade espiritual de sua mensagem sobre o Reino de Deus, e experimentam a proximidade de um Deus, que age simplesmente por misericórdia.             No Evangelho de hoje, diante de Jesus encontra-se um pai com seu filho epilético e endemoninhado. Na ausência do Mestre, o pai havia recorrido aos discípulos, “mas eles não fora

Reflexão do Evangelho - Domingo, 19 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 19 de fevereiro Mt 5,38-42 - Olho por olho e dente por dente         Ao interpretar a Torá, dá-se, com Jesus, a mudança da esfera cultual para a esfera moral-espiritual. Se os códigos do Antigo Testamento falam do princípio de compensação, referendada pela lei romana do “talión”: “Vida por vida, olho por olho”, Jesus fala da justiça misericordiosa e do amor devido aos próprios inimigos. Aliás, no tempo de Jesus, a prática da Lei do Talião já estava perdendo força, assumindo, provavelmente, a forma de uma compensação pecuniária.    Em suas pregações, Jesus destaca que a verdadeira relação de aliança com Deus compreende a comunhão com o próximo, de maneira que uma oferta feita a Deus, pelos pecados, só terá força se for acompanhada pela reconciliação com o próximo ofendido. Para Ele, o objetivo principal da Lei não consiste em frear o desejo de vingança pessoal, mas conduzir o faltoso à santidade de vida ou à caridade generosa. Perante seu apel

Reflexão do Evangelho - Sábado, 18 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Sábado, 18 de fevereiro Mc 9,2-13 - Transfiguração do Senhor                         A fonte de inspiração e a referência essencial da vida cristã é a nossa solidariedade com Jesus, pois, pela sua Encarnação, nossa vida, morte, dor, sofrimento estão incluídos em sua obra redentora. Sua ressurreição, podemos dizer, é a vitória definitiva do primeiro de todos os homens; é a luz que ilumina não só o nosso futuro, mas também o momento presente como atesta a Transfiguração, evidência e certeza na fé de que o homem, caído em Adão, reergue-se em Jesus e participa, desde já, da vida feliz e eterna em Deus.   No alto da montanha, contemplando a face do Cristo transfigurado, os Apóstolos sentem-se inebriados, e, pasmos, desejam perpetuar aquele momento: “Façamos três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.  Emocionados, eles partilham da glória de Cristo, vendo-o falar com Moisés, o grande legislador de Israel, e com Elias, o maior dos profe

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 17 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Sexta-feira, 17 de fevereiro Mc 8,34-9,1 - Condições para seguir a Jesus         Justamente após a profissão de fé do Apóstolo S. Pedro, os discípulos encontram-se diante de um novo enigma: Jesus anuncia sua paixão e morte. Alimentando o sonho da vinda de um Messias político, perturbados e preocupados, eles escutam suas palavras, sem ousar pedir-lhe um esclarecimento. Porém, ao longo do caminho, voltando-se para os discípulos, Jesus lhes diz: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me”. Segui-lo não é apenas acompanhá-lo ou ir atrás dele, mas é participar de sua vida e de sua cruz; é estar preparado a sacrificar a própria vida no anúncio do Evangelho. No desejo de fortalecê-los, Jesus lhes apresenta uma exigência paradoxal: “Quem quer salvar a vida, vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.  Orígenes dirá que a expressão: “‘Perder a vida por causa de mim’, significa mais do

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira, 16 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Quinta-feira, 16 de fevereiro Mc 8,27-33 - Confissão de S. Pedro          A caminho das aldeias de Cesareia de Filipe, para introduzir os Apóstolos no mistério de sua missão, cujo objetivo era formar e reconstituir o Povo de Deus, Jesus pergunta-lhes: “E vós, quem dizeis que eu sou? ”. A resposta de Pedro, em nome de todos, é imediata e direta: “Tu és o Cristo de Deus”.  Momento solene e revelador. Arrebatados ao âmago da vida de oração e de comunhão com o Pai, os olhos interiores dos Apóstolos se iluminam e eles reconhecem nas palavras de Jesus uma aquiescência implícita à sua missão de Servo Sofredor. Com efeito, chamando-o de “o Cristo de Deus”, o apóstolo reporta-se, evidentemente, ao Messias, compreendido não como um rei terreno e político, mas como o Salvador esperado e desejado por todos os homens, pois sua missão se estende para além dos horizontes de Israel e atinge todas as nações. É a realização da esperança messiânica: reunião de todas as

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 15 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Quarta-feira, 15 de fevereiro Mc 8, 22-26 - A cura do cego de Betsaida          Com esta passagem, conclui-se a controvérsia de Jesus com os fariseus sobre os ritos de purificação. Logo após atender ao pedido da Cananeia e ainda na região da Decápole, Ele realiza a cura do cego de Betsaida, reafirmando a ideia de que a verdadeira pureza brota do interior do coração e é fruto da fé concedida por Deus. A repreensão feita, anteriormente, aos fariseus e aos discípulos, por não terem compreendido suas palavras, é compreendida como uma dramática preparação para a cura desse cego. Talvez para provocá-los, por causa da incompreensão deles, o Mestre leva o cego a um lugar à parte, e lhe restitui gradativamente a visão, em dois tempos, para, justamente, incentivá-los no processo de conversão interior ou na cura da cegueira espiritual. De fato, primeiramente, aquele que era cego vê, de modo turvo, as “pessoas que nem árvores andando”. De modo semelhante, também

Reflexão do Evangelho - Terça-feira,14 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Terça-feira,14 de fevereiro Mc 8, 14-21, O fermento dos fariseus         Em lugar da superabundância messiânica do pão ázimo da nova Páscoa, verdadeiro pão de vida eterna, os fariseus impõem ao povo o fardo insuportável de suas prescrições rituais e o alimento fermentado de suas “tradições humanas”. O pão ázimo, que exclui o fermento, talvez por significar corrupção ou impureza, simboliza o verdadeiro alimento de Israel e é apresentado por Jesus como sinal de uma vida sincera e verdadeira, na qual são afastados a hipocrisia e os abusos cometidos pelos fariseus ou a astúcia ardilosa de Herodes, comparados ao velho fermento. Pois no dizer de Orígenes, “o Senhor preparou aos seus discípulos, uma massa nova e espiritual, oferecendo-se a si mesmo, pão vivo descido dos céus e que dá vida ao mundo”.         Jesus previne os discípulos contra as prescrições rigorosas dos fariseus e contra as ambições políticas de Herodes, porém, os discípulos, preocupados com

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 13 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Segunda-feira, 13 de fevereiro Mc 8,11-13 - Os fariseus pedem um sinal do céu             Nos Evangelhos, os fariseus, palavra hebraica, que significa: “separados”, por causa da pureza ritual que defendiam, são descritos, com cores negativas, como o protótipo de um adversário do Senhor. A intenção deles, por vezes, deformada por seus intérpretes, foi popularizada em nossas expressões e linguagem e, mesmo, nas reflexões teológicas. Na verdade, eles se diferenciavam da gente comum e simples, que não se preocupava muito com a observância estrita da Lei e não seguia as mesmas normas adotadas por eles. Após a morte de Judas Macabeu, em 160 a.C., eles permaneceram fiéis à política religioso-nacional dos asmoneus, que alimentavam certo ceticismo em relação a uma expectativa próxima do fim dos tempos, e sustentavam a realização do reino de Deus já neste mundo.        No entanto, no campo religioso, para eles, a explicação da Lei gozava de uma grande importânc

Reflexão do Evangelho - Domingo, 12 de fevereiro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 12 de fevereiro Mt 5, 20-37, A nova justiça é superior à antiga A justiça evoca as boas relações entre os homens e entre eles e Deus. Neste sentido, Jesus estabelece princípios, que inspiram os filhos de Deus a vencer o mal pelo bem e amar os próprios inimigos. Daí sua recomendação: “Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos céus”. Não se trata apenas da justiça distributiva, dar ao outro o que lhe é devido, mas trata-se, sobretudo, do “ser justo”, ou seja, da relação harmoniosa do homem com Deus, demonstrada, concretamente, no amor e respeito ao próximo de acordo com os ensinamentos da Aliança divina. Por isso, de modo enfático, Jesus proclama: “Não matarás, aquele que matar terá de responder em juízo”. De fato, por ser um ato contra o próprio Deus, à imagem do qual todo ser humano foi criado, é impensável tirar, de modo voluntário, a vida de alguém. S. Gregório de Nissa di