Reflexão do Evangelho - Lc 2,1 - 14 - Abençoado Natal!
Reflexão
do Evangelho
Lc
2, 1 – 14 - Abençoado Natal!
“Alegrem-se
os céus, rejubile a terra! ” (Sl 95,11). O nascido da Virgem Maria, o Messias,
é o Filho muito amado do Pai celestial, que, sem deixar de ser Deus, se tornou
verdadeiramente homem.
Em seu amor infinito, Deus se dignou escolher
uma família, humilde, trabalhadora e piedosa, de uma região simples, afastada
dos agitados caminhos da história: o pequeno vilarejo de Nazaré. Lá, Jesus
viveu a maior parte de sua vida, no carinho e no amor de uma família,
certamente, deslumbrado com as montanhas azuis, as belas colinas e os campos
cultivados dos arredores.
S.
Francisco de Assis celebrava o Natal do Menino Jesus, com incrível alegria,
mais que todas as outras solenidades. Certa feita, três anos antes de sua
morte, no povoado de Greccio, ele pede a um homem chamado João, que lhe tinha
grande amizade, para preparar a celebração do Natal. Dizia-lhe: “Quero lembrar
o Menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num
presépio, e ver, com os próprios olhos, como ficou em cima da palha, entre o
boi e o burro”.
O
bom e fiel amigo preparou tudo como ele lhe tinha indicado: surgiu, assim, o primeiro
presépio.
Em
ambiente de festa, tangem os sinos da planície. De pé, junto ao estábulo,
Francisco de Assis proclama o Evangelho, que fala do pobre albergue onde
repousaram José e a Virgem Maria. Após a leitura, suas palavras consolam os
aflitos, comunicam esperança aos desalentados e alimentam a caridade e a doçura
no coração de cada um, que, em sua individualidade única e irrepetível, é
exortado a caminhar em direção a Deus.
O
presépio, mais do que uma manifestação do Absoluto na história, proclama, em
toda a sua singeleza, que o Menino de Belém é o Absoluto, que se torna uma
realidade histórica, e passa a coexistir conosco. Naquela pequena gruta, a
mensagem do Menino não é uma mensagem particular, para um momento determinado
da história, mas é o desvelamento do mistério do amor de um Deus, que se
constitui para nós sentido de vida e plena realização.
A Criança, de braços abertos, abraça a
todos, quer saibam ou não, pois ninguém lhe é estranho.
Convocados
a esconjurar da alma as trevas do ódio e da injustiça, sentimos a graça própria
da festa: a presença, sempre inédita, do amor de Cristo em nós e na comunidade
dos irmãos. Enquanto a história da humanidade permanecer inacabada, o mistério
do Menino de Belém permanece presente: é a perpétua epifania de Deus em nossa
vida.
Alegremo-nos!
Qual prelúdio da Ressurreição, as trevas
se dissipam e a brilhante luz da esperança
resplandece na história humana!
Caríssimos amigos, neste final de ano, que a luz
divina ilumine a sua vida e a de seus familiares!
Feliz e abençoado Natal, e
esperançoso ano de 2019!
+Dom Fernando Antônio Figueiredo,
ofm
Comentários
Postar um comentário