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Mostrando postagens de 2019

Reflexão do Evangelho - Abençoado Natal!

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Reflexão do Evangelho Abençoado Natal! “ Alegrem-se os céus, rejubile a terra!” (Sl 95,11). Nasceu-nos, da Virgem Maria, o Messias, o Filho muito amado do Pai celestial, que, sem deixar de ser Deus, se tornou verdadeiramente homem. Em seu amor infinito, Deus se dignou escolher uma família, humilde, trabalhadora, piedosa, de uma região simples, afastada dos agitados caminhos da história: o pequeno vilarejo de Nazaré. Lá, no carinho e no amor de uma família, certamente, deslumbrado com as montanhas azuis, as belas colinas e os campos cultivados dos arredores, viveu Jesus a maior parte de sua vida. . Com incrível alegria, S. Francisco de Assis celebra o Natal do Menino Jesus. Três anos antes de sua morte, no povoado de Greccio, pede a um homem chamado João, que lhe tinha grande amizade, para preparar a celebração do Nascimento de Jesus. Dizia-lhe: “Quero lembrar do Menino que nasceu em Belém, os apertos que passou e ver, com os próprios olhos, como Ele ficou, posto no pre

Reflexão do Evangelho - Domingo, 8 de dezembro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 8 de dezembro Jo 1, 1-18 Advento do Senhor: “A Palavra se fez carne”.         A voz do Evangelista. S. João soa como alguém clamando no deserto; suas inflexões e nuanças são vitais para os que o escutam. Ele entoa um hino ao preexistente da criação: “No princípio havia a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio junto de Deus e tudo foi feito por meio dela e sem ela nada foi feito de tudo ( panta ) o que existe”. O Filho de Deus é o eternamente preexistente, fonte da graça e da verdade, por quem tudo ( panta ) foi criado, e para quem tudo existe. O termo grego panta , sem artigo, designa uma realidade única e plural, todas as coisas e, igualmente, cada uma delas. Dinâmica e fecunda, a criação, abençoada por Deus, não é uma imensa massa inerte e indiferente. Impelida pelo desejo insaciável do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, ela se refaz, constantemente,

Reflexão do Evangelho - Domingo, 24 de novembro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 24 de novembro Cristo, Rei do Universo – Lc 23,35-43         Ao longo da História, como se preanunciasse as transformações pelas quais iria passar, a Igreja proclamou a paz e, associada ao tema da vida, a liberdade e a sua conquista, pois o Espírito, como “o vento, sopra onde quer” (Jo 3,8). Num dos mais tormentosos períodos da vida da Igreja, tempo de perseguições externas e crises internas, século II, S. Irineu, Bispo de Lyon, “honrava seu nome, pois era pacificador, pelo nome e pela conduta”, escrevia Eusébio ( História Eclesiástica , V,70). Em sua exposição teológica, Irineu utiliza o termo “recapitulação”, para exprimir a harmonização, a síntese de todos os seres humanos, do primeiro ao último. Nesse sentido, Cristo recapitula a humanidade inteira, pois ninguém é excluído do seu plano salvador: todos são convocados por Ele à feliz e eterna comunhão com Aquele que semeou em nossa existência sinais do seu Amor infinito... A na

Reflexão do Evangelho - Domingo, 17 de novembro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 17 de novembro Anúncio do fim dos tempos – Lc 21,5-19         Em nossas reflexões, meditávamos sobre a ação criadora de Deus, que, em sua infinita bondade, criou o homem à sua imagem e semelhança.           Muitos dos primeiros cristãos, os Santos Padres, escreveram, a esse respeito, verdadeiros tratados teológicos, como S. Gregório de Nissa. Outros, que viviam no deserto, os monges, apresentaram uma antropologia prática, que refletia a luta interior pela verdade do ser humano. Há aqueles, como S. Máximo, S. Simeão e Santo Agostinho, que apresentaram, em meio às lutas diárias de uma vida apostólica, sua caminhada mística para Deus.      Mergulhados em intensas reflexões teológicas, eles estão seguros de que é no próprio homem, desde que ele se reconheça pessoa humana, que estão presentes, em sua própria estrutura, o grande enigma da reflexão sobre sua vida espiritual e a abertura para uma vida além da morte.        A pessoa humana, mesmo

Reflexão do Evangelho - Domingo, 03 de novembro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 03 de novembro Comunhão dos Santos         Numa bela manhã de primavera, na planície, o Mestre fala aos Doze e “à grande multidão de pessoas provindas da Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia”. Ainda, aos ouvidos de todos, soavam as palavras iniciais de Sua missão: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Com doçura e simplicidade, Ele escreve na alma de cada um deles, para além da insipidez casuística, o sentido supremo da Lei: justiça, misericórdia, plenificadas nas Bem-aventuranças. Seu coração, arrebatado pelo desejo de abraçar a humanidade toda inteira, expande-se ao anunciar o amor a Deus e a proeminência do amor ao próximo, amor comprometedor, fruto da relação harmoniosa com Deus e das pessoas entre si. Impossível ser neutro! Maravilhado, S. Gregório de Nissa exclama: “Eis a vida pura e sem mistura das bem-aventuranças!”. Anúncio, denúncia. Qual profeta dos últimos tempos, o Senhor protesta por ter o povo

Diocese de Santo Amaro - 30 anos - Criação

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Criação da Diocese de Santo Amaro     Segundo o cânon 373 do Direito Canônico, é direito exclusivo da suprema autoridade da Igreja erigir Igrejas particulares.  Normalmente, em nossos dias, para a criação de uma de nova circunscrição eclesiástica, supõe-se o pedido exarado por uma determinada Diocese, com o assentimento da Província Eclesiástica correspondente.  Por conseguinte, sua criação não é um fato desconhecido e independente do parecer das demais Dioceses da respectiva região episcopal. Criação das quatro novas Dioceses, desmembradas da Arquidiocese de S. Paulo Para a criação das quatro novas Dioceses, desmembradas da Arquidiocese de S. Paulo: S. Miguel Paulista, Osasco, Campo Limpo e Santo Amaro, seguiu-se o processo acima descrito, porém, precedido por uma moção feita pelo Arcebispo metropolitano. Anteriormente, Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo da Arquidiocese de S. Paulo, fizera um pedido a Roma, bastante inusitado para os no

Reflexão do Evangelho - Domingo, 27 de outubro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 27 de outubro Lc 18, 1-8; 9-14 - Parábolas do juiz iníquo e da viúva importuna e a do fariseu e do publicano no Templo      Em cada episódio da vida, Jesus narra o que Deus é para nós: bondade, misericórdia. Parábola viva do divino Juiz, o Pai celestial, Ele espera que jamais alguém seja surdo à voz de Deus e à voz dos que clamam por justiça.         Aliás, as palavras do juiz, diante da pobre viúva, são espantosas: “Eu não temo a Deus e não respeito homem algum”. Mais do que simples figura de linguagem, elas expressam a dureza de coração e o orgulho autossuficiente daqueles que se julgam acima de todos, intocáveis e únicos intérpretes da verdade. O encontro da viúva com o juiz não foi uma simples ocorrência; foi um confronto de liberdades, de embates, de busca no encontro de amor e de doação de si mesmo. Injustiçada e lesada em seus direitos, a viúva se sente incapaz de ser ouvida. Sem poder fazer pressão por influências, muito men

Reflexão do Evangelho - Sábado, 12 de outubro

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Reflexão do Evangelho Sábado, 12 de outubro Jo 2, 1-11 - Bodas de Caná Nossa Senhora Aparecida Em Caná, cidade não muito distante de Nazaré, encontram-se Jesus, Maria e os discípulos, participando de uma festa de bodas, que costumava durar, normalmente, sete dias. Em meio aos festejos, vem a faltar o vinho, bebida comum naquele tempo, sinal de amizade, de amor e de alegria. Os organizadores do evento entreolham-se, mostram-se preocupados, constrangidos. O que fazer? Dentre os convidados, Maria, a Mãe de Jesus, percebe o mal-estar dos organizadores. Não comenta sequer uma palavra. O silêncio é importante... Ela bem sabe disso. Expressa o limite da Mãe em relação ao Filho, pois, entre eles, a transcendência não desaparece... Porém, longe de significar ruptura, o silêncio assinala o sentido espiritual de uma missão, expresso nas palavras de Jesus: “O que há entre mim e ti?”. Não mais contam os laços de sangue. O fato de ela ser Sua mãe corporal const

Reflexão do Evangelho - Domingo, 29 de setembro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 29 de setembro Lc 16, 19-31 - O rico e o pobre Lázaro        Um homem rico, não propriamente cruel ou desdenhoso, ignora o pobre mendigo, prostrado à porta de sua casa, definhando-se. Sua inércia, diante daquele homem faminto e desprezado, reflete uma atitude de indiferença, muitas vezes, inerente à comunidade humana, habituada a conviver com uma dilacerante realidade social, em que a pobreza, a violência e a injustiça se fazem presentes por toda a parte. Se nossa existência compreende a dor, as contradições e limitações, decididamente, cumpre-nos alimentar uma viva preocupação pela vivência da caridade e por uma concreta atuação do compromisso social. O amor devido aos semelhantes é um impulso da sensibilidade, uma comoção do coração, mas muito mais; ele exige uma ação prática, ativa e inteligente. Daí as palavras de S. Jerônimo: “Oh! Quão infeliz és tu entre os homens! Vês um membro do teu corpo prostrado diante da porta e

Reflexão do Evangelho - Domingo, 15 de setembro

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Reflexão do Evangelho Domingo, 15 de setembro Lc 15,1-3.11-32 – Deus, Pai misericordioso     Pai misericordioso, solícito, pronto a perdoar e acolher, em sua inesgotável bondade, os pecadores arrependidos. Mas, como isso ecoa em nossos ouvidos! Amor infinito... Direito de as pessoas se abraçarem como irmãos e irmãs? Aí começa a se realizar o Reino de Deus... Início de um mundo novo! Jesus nos ensina a viver, a amar, a perdoar. E nós, quais cidadãos do Reino, percebemos a proximidade concreta de Deus e alcançamos nossa autêntica realização como pessoa humana. Essas palavras são ilustradas por Jesus, através da parábola do filho pródigo. Breve história de um jovem, que esbanjou, totalmente, em terras distantes, o que tinha recebido em herança. Se, no primeiro momento, tudo era agradável, alegria, logo depois, terminado o dinheiro, nada tinha para se sustentar... Mesmo a comida dos porcos lhe era recusada... Pensa no lar, no pai... No fundo do seu coração, for

Reflexão do Evangelho - Domingo, 08 de setembro

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Reflexão do Evangelho Domingo – 08 de setembro Lc 14, 25-33, Renúncia: “Conversão do coração” De noite, para evitar a ironia de seus colegas fariseus, Nicodemos vai ao encontro de Jesus, que lhe diz: “Se alguém não nascer ‘de novo’, ‘do alto’, não poderá ver o Reino de Deus”. É imprescindível estar orientado para o Pai, que não desampara a quem n’Ele confia. Para que os discípulos estivessem preparados e prontos para a missão de anunciar o Evangelho do amor e da misericórdia, o Mestre lhes faz, de modo incisivo, algumas advertências, fortes e provocadoras. No Evangelho de hoje, não poucos ficam surpresos e até espantados, ao ouvi-l’O dizer: “Se alguém vem a mim, mas não odeia ( misei – miséw ) seu pai e sua mãe, seus irmãos e suas irmãs e até a própria vida, não poderá ser meu discípulo”. Ora, o verbo “odiar”, segundo um modo de falar semítico, significa: “Ter em menos conta”. Jesus o utiliza para realçar a necessidade de os discípulos não atribuírem u