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Mostrando postagens de 2012

Reflexão do Evangelho do dia 01 de Janeiro de 2013

Terça-feira - 01 de janeiro Lc 2, 16-21: Santa Mãe de Deus, Maria                         Em Belém, pátria de Davi, pastor depois rei, nasceu Jesus, o Messias rei e bom Pastor. Diversos outros paralelismos dão um sabor todo especial ao relato. Ele se refere, por exemplo, ao fato de os pastores, “durante as vigílias da noite, montarem guarda”, salientando a antítese da noite em face à luz, que brilha nas trevas, característica do Natal. Eles velam durante a noite, alusão à recomendação de Jesus aos discípulos, para conservarem-se em atitude espiritual de quem vigia, na expectativa do seu retorno. As parábolas do administrador e das dez virgens prudentes nos exortam à mesma atitude.             Diante da aparição do anjo, os pastores ficam assustados pelo que presenciam. No entanto, ele os tranquiliza: “Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova”. Eles entreveem, então, a luz da glória de Deus, manifestada na terra pela Encarnação do Filho unigênito, que os ilumina. Se a prim

FELIZ 2013

A TODOS UM FELIZ E ABENÇOADO 2013, CHEIO PAZ E DE GRAÇA! O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz!

Reflexão do Evangelho do dia 31 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Segunda-feira - 31 de dezembro Jo 1, 1-18: Prólogo de S. João – A Palavra se fez carne                         O Evangelho de S. João inicia-se com um hino a Jesus, preexistente à criação, da qual ele participa com o Pai eterno: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, ele estava com Deus. Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito de tudo o que existe”. Ele é o Verbo encarnado, fonte de graça e de verdade, pelo qual tudo foi criado. Designando-o “Palavra de Deus”, o Evangelista reporta-se à mentalidade judaica, que se refere à Palavra como sendo criativa e dinâmica. Os salmos proclamam: “Pela Palavra do Senhor foram feitos os céus” e o livro da Sabedoria professa o Senhor como o único que tudo criou pela força de sua Palavra (9,1) e estabelece total correspondência entre “Palavra” e “Sabedoria”.             “Todas as coisas” – em grego pánta, sem artigo, significa toda

Reflexão do Evangelho do dia 30 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Domingo – 30 de dezembro (Sagrada Família) Lc 2, 41-52 – Jesus entre os doutores                                                            Ao falar da adolescência de Jesus, os Evangelhos destacam três elementos importantes: O retorno a Nazaré, a meditação de Maria e o crescimento de Jesus. A passagem bíblica começa com a subida da Sagrada Família a Jerusalém e termina com a descida para Nazaré, conferindo a este acontecimento um alcance pascal. Escreve S. Beda: “Sigamos o exemplo de Jesus em sua vida humana para, assim, contemplarmos a glória da divindade em seu desejo de habitar a casa paterna”. Aliás, Samuel, já com a idade de doze anos, começa a profetizar; Salomão manifesta sua sabedoria por julgamentos famosos e “o jovem Daniel é inspirado pelo Espírito Santo” a provar aos juízes a calúnia levantada pelos falsos acusadores de Suzana.             O relato da presença de Jesus entre os doutores da Lei alterna, de modo m

Reflexão do Evangelho do dia 29 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Sábado – 29 de dezembro Lc  2, 22-35 Apresentação do Senhor no Templo                         As palavras iniciais, “concluídos os dias da sua purificação”, são uma proposição circunstancial, utilizada pelo Evangelista para mostrar a conformidade legal da Sagrada Família e, ao mesmo tempo, para anunciar Aquele que “veio para cumprir a Lei e os profetas”. Mas tal cumprimento não se limita, simplesmente, à observância material da Lei. O autor aproveita a ocasião para já proclamar a realidade da futura vida pública de Jesus, na qual ele realizará a Lei em seu verdadeiro sentido, “segundo o Espírito”, que inspirou profeticamente Moisés. A frase seguinte é também significativa: “Levaram-no a Jerusalém para apresentar ao Senhor”. De fato, o pequeno menino necessitava ser “levado” e Simeão vai “tomá-lo em seus braços”. Momento solene, no qual se entrevê a grandeza daquele que é apresentado. A criança é reconhecida como sumo sacerdo

Reflexão do Evangelho do dia 28 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Sexta-feira - 28 de dezembro Mt 2, 13–18: Os Santos Inocentes (Fuga para o Egito)             “Maria tomou em seus braços o Menino Jesus” e com S. José, imediatamente, partiram rumo ao Egito, lugar adequado e, ao mesmo tempo, tradicional como refúgio dos oprimidos. Ao relatar que tal fato se deu à noite, o evangelista quer justamente mostrar a pronta obediência da Sagrada Família. Observa Dionísio de Alexandria: “Ela levava Aquele que tem em suas mãos o universo, como tinha profetizado Isaías ao dizer: ‘Eis: o Senhor que, conduzido sobre uma nuvem ligeira, entra no Egito’”. A nuvem, segundo Dionísio, designa a Virgem santa, “que levou e gerou o orvalho do céu, enchendo de alegria o mundo inteiro que morria de sede”.             A ida de Jesus ao Egito, logo no início de sua vida, reporta o relato do seu nascimento ao ponto de partida da História da Salvação. Pois, comenta S. Leão, “indo ao Egito, Cristo retornava ao antigo b

Reflexão do Evangelho do dia 27 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Quinta-feira – 27 de dezembro Jo. 20, 1-9 – Ressurreição de Jesus (S. João)                         Primeiro dia da semana, bem cedo, o sol ainda não tinha despontado, Maria Madalena já se dirige ao túmulo de Jesus. A pedra, que estava diante dele, fechando-o, estava removida. Admirada, talvez assustada, ela corre até Simão Pedro e ao outro discípulo, que céleres se dirigem ao túmulo. João vai mais rápido, por causa de sua juventude, também, comentam alguns S. Padres, “pelo seu zelo de amor”. Fariam a verificação, assim dita oficial, do túmulo vazio. Tendo chegado primeiro, o Apóstolo João espera por Pedro, sinal sem dúvida de notável deferência, primeiro sinal de reconhecimento do primado do Apóstolo Pedro.              Pedro entra, também “o outro discípulo, aquele que tinha chegado primeiro ao túmulo”, e ele “vê e crê”. A Pedro cabe a precedência, a João, o discípulo amado, a fé. É o despontar da fé na ressurreição do Sen

Reflexão do Evangelho do dia 26 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Quarta-feira – 26 de dezembro Mt 10, 16-22: Os missionários serão perseguidos                         Ao anunciar a perseguição a ser movida contra os discípulos pelo ódio de “todos por causa do seu nome”, ressoava ainda o alerta de Jesus: “Eis que vos envio como ovelhas entre lobos”. Palavras assustadoras, medrando receio no coração dos Apóstolos. Jesus os compreende. Por isso imediatamente, ele acrescenta a promessa da Salvação: “Sereis odiados por todos por causa do meu nome. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”. Ou ainda: “Pela vossa constância alcançareis a vossa salvação”. Escreve S. João Crisóstomo: “Jesus envia seus discípulos, vestidos de uma só túnica, pés nus, sem levar sequer um bastão, para demonstrar o seu inefável poder”. É-lhes assegurada a Providência divina. Em meio às provações, graças à constância, a boa semente não deixará de dar frutos, pois, como observa S. Hilário de Poitiers, “dian

Reflexão do Evangelho do dia 25 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Terça –feira – 25 de Dezembro Lc 2, 1-14 - Nascimento de Jesus                         Natal, vinda do Filho de Deus, que “se torna, escreve S. Beda, partícipe da nossa natureza, tornando-nos participantes da sua graça”. Maravilhado, exclama S. Agostinho: “Desperta, ó homem, por tua causa Deus se fez homem”. A salvação entrou no mundo, pois quem nasceu de Maria é o nosso Salvador, “que assumiu nossa humanidade para nos comunicar as riquezas da vida de Deus” (Orígenes).             Tudo que é de Deus nos é comunicado por Jesus. Daí anunciarem os anjos aos pastores: “Alegrai-vos, nasceu-vos o Salvador”. Na acolhida do Senhor, luz divina, participamos da alegria dos pastores e somos iluminados por ele. Natal não é um simples momento comovedor e romântico da família. É a celebração da encarnação do Filho de Deus, nascido do seio puríssimo da Virgem Maria. Comemorá-lo é ir ao presépio de Belém e adorar o Menino Jesus, reconhecend

Reflexão do Evangelho do dia 24 de Dezembro de 2012

Reflexões de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Segunda-feira - 24 de dezembro Lc 1, 67-79: Benedictus - Nada é impossível a Deus             Será que nos sentimos felizes, alegres e cheios de esperança com o anúncio do Evangelho? A vinda do Senhor Jesus, fonte de júbilo interior, é a realização das promessas de Deus. O Pai e o Filho enviam o Espírito Santo, referido por Jesus ao longo de sua missão pública. O Espírito conduz a criatura à fonte de vida, à liberdade do Mistério, na rica diversidade de suas manifestações. O Mistério não é o estranho longínquo, o abstrato e o enigmático.  Ele é o “habitat”, a realidade mais íntima de cada um de nós. Tal sentido foi conservado na língua alemã. Geheimnis, mistério, refere-se a um conjunto ou a uma presença intensa (ge) daquele que é acolhido em sua morada (heim) interior. Assim, no âmago da existência, reconhecemos nossa origem em Deus, manancial inesgotável de sentido e de esperança. É a mística experiência do Inefável. Ele no

Reflexão do Evangelho do dia 23 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Domingo (cf. Sexta-feira) – 23 de dezembro S. Lc 1, 39-45 -  Visitação de N. Senhora A saudação do anjo a Maria, “Ave, cheia de graças”, salienta que a graça divina habita em sua vida, desde sempre. O pecado significa fechar-se a Deus e aos irmãos. Ao invés, o coração de Maria é voltado para o Senhor em total sintonia com a sua vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua vontade”. Não há nela qualquer sinal de egoísmo ou de fechamento aos desígnios do Pai. E por estar entregue a Deus, ela é toda disponível aos seus semelhantes. Por isso, destaca-se a presteza com que se encaminha à casa de Isabel. Imediatamente vai ao seu encontro para servi-la. Comenta S. Ambrósio: “Maria é movida pela alegria de servir, levada pela piedade em cumprir seu dever de parente e pela pressa do júbilo”. Ela é repleta de Deus no serviço a todos. Ao vê-la, por revelação do Espírito Santo, Isabel exclama: “Bendita és tu entre as

Reflexão do Evangelho do dia 22 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Sábado -22 de dezembro Lc 1, 46-56: O Magnificat                         À saudação de sua prima Isabel, Maria eleva um hino de ação de graças a Deus pelo que ele tinha realizado em sua vida e pelo reconhecimento do advento do Reino messiânico. O hino se compõe de duas grandes estrofes, uma dos v.46-50 e outra dos v. 51-54, terminando cada uma delas com um louvor à divina misericórdia. O conjunto do hino, de modo profético, proclama o cumprimento da “promessa feita a Abraão”, pois o nascido de seu ventre trará a salvação a todas as nações. Diz S. Efrém: “Maria começa a anunciar o novo Reino e a promessa feita a Abraão encontra finalmente seu sim em Jesus”.                  Maria expressa seus louvores ao Senhor, exaltando-o. Desejo profundo e íntimo de sua alma, que aspira louvar a Deus, reconhecido como aquele que se volta para os pobres e oprimidos para salvá-los. As bênçãos que cumulam os que temem a Deus contrastam com a

Reflexão do Evangelho do dia 21 Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Sexta-feira – 21 de dezembro S. Lc 1, 39-45 -  Visitação de N. Senhora          A saudação do anjo a Maria, “Ave, cheia de graças”, salienta que a graça divina habita em sua vida, desde sempre. O pecado significa fechar-se a Deus e aos irmãos. Ao invés, o coração de Maria é voltado para o Senhor em total sintonia com a sua vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua vontade”. Não há nela qualquer sinal, por menor que seja, de egoísmo ou de fechamento aos desígnios do Pai. E por estar entregue a Deus, ela é toda disponível aos seus semelhantes. Por isso, destaca-se a presteza com que se encaminha à casa de Isabel. Imediatamente vai ao seu encontro para servi-la. Comenta S. Ambrósio: “Maria é movida pela alegria de servir, levada pela piedade em cumprir seu dever de parente e pela pressa do júbilo”. Ela é repleta de Deus no serviço a todos. Na grandeza de sua generosidade, Maria serve sua prima. Doação gracio

Reflexão do Evangelho do dia 20 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Quinta-feira – 20 de dezembro Lc 1, 26-38: A Anunciação do Senhor                                  No anúncio do nascimento de Jesus, Maria encontra-se em oração. O arcanjo Gabriel, que significa “fortaleza de Deus”, aparece-lhe e diz-lhe: “Alegra-te, cheia de graça”.  A Tradição, desde os primeiros anos da Igreja, tem sublinhado o paralelo entre a Virgem Maria e Eva, “mãe de todos os viventes”, entre o “fiat”, o “faça-se” da Anunciação, e a desobediência, causa decisiva do “Pecado Original”.             Tal paralelismo, acentuado pela Tradição antiga, também pelos comentadores contemporâneos, mostra que, longe de ser artificial, oferece ao acontecimento um alcance absolutamente universal. Observa S. Beda: “Como Eva trouxe no seio toda a humanidade condenada ao pecado, agora Maria traz no seu seio o novo Adão que, com a sua graça, dará vida a uma nova humanidade”. O texto bíblico descreve esse momento ao dizer: “No sexto mês

Reflexão do Evangelho do dia 19 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Quarta-feira - 19 de Dezembro Lc 1, 5-25: Anúncio do nascimento de João Batista             Zacarias “estava no Santuário do Senhor para oferecer o incenso” e “todo o povo estava fora”. Apareceu-lhe o Anjo do Senhor, que lhe anuncia: “não tenhas medo, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida, e Isabel , tua mulher, vai te dar um filho ao qual porás o nome de João”. O fato se desenrola durante um ato litúrgico, o que lhe confere um alcance amplo e profético. Não se resume, simplesmente, ao casal. É a resposta de Deus à prece de Zacarias, mas também à súplica de todo o povo fiel, de acordo com as próprias palavras do anjo: “Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento”. A expressão “anjo do Senhor” é empregada para designar a manifestação da vontade divina. O próprio anjo declara: “Eu sou Gabriel; assisto diante de Deus e fui enviado para anunciar-te esta boa nova”. Perturbado, Zacarias expressa reverenc

Reflexão do evangelho do dia 18 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Terça-feira – 18 de dezembro S. Mt 1, 18-24 – José assume a paternidade legal de Jesus                         Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus encarnou-se no seio puríssimo da Virgem Maria. S. Cromácio professa a divina filiação divina, desde toda a eternidade e “o nascimento corpóreo de Jesus no tempo”. Diz ele: “O Filho do Altíssimo assume nossa carne visível para revelar sua invisível divindade”. Mistério inefável, Deus desce até nós, torna-se homem, para elevar-nos à plenitude divina. Em Jesus, dá-se a união das duas naturezas, a divina e a humana, fim último de todas as coisas criadas. S. Irineu dirá que Jesus é a recapitulação do Universo, pois por ele tudo foi criado e para ele tudo converge.             Manifestação do amor do Pai, a Encarnação é obra da condescendência divina para que todos os homens, sem violentar sua liberdade, possam libertar-se de suas vicissitudes e alcançar a serena felicidade no cump

Reflexão do Evangelho do dia 17 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Segunda-feira – 17 de dezembro Mt 1, 18-24 - Genealogia de Jesus             A importância e o sentido das genealogias na Bíblia são bastante conhecidos. No caso presente, o evangelista resume o Antigo Testamento a uma história que conduz ao Messias, na certeza de que Deus dará cumprimento às promessas feitas e reiteradas desde Abraão. Em sua fidelidade e generosidade, Deus cumpre a promessa feita a Abraão e a Davi de enviar um Salvador e um Rei para governar a casa de Israel e para livrá-la de seus inimigos. A concepção virginal de Maria e o seu nascimento poderiam sugerir que Jesus fosse alheio aos laços familiares e tivesse entrado na história do mundo sem laços físicos com a humanidade. De maneira alguma. Ele se insere na cadeia das gerações, justamente, através de José, seu “pai” adotivo.   O fato de se referir a Abraão adquire grande importância pela promessa, que lhe foi feita, de uma descendência inumerável. O evange

Reflexão do Evangelho do dia 16 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Domingo – 16 de dezembro Lc 3, 10-18: Testemunho de João Batista             O evangelista S. Lucas cita mais extensamente que Marcos e Mateus o texto de Isaías 40, dando-lhe um alcance mais amplo (rãsa sárcz). As exortações, feitas por S. João Batista, tornam-se menos inflexíveis. Elas se situam no quadro da mensagem anunciada por Jesus e o batismo de João torna-se um prenúncio do batismo regenerador do Novo Testamento: “E ele percorreu toda a região do Jordão, proclamando um batismo de conversão para a remissão dos pecados” (v. 3). João Batista adverte os que o seguiam da iminente vinda do Messias, e urgia arrependerem-se de seus pecados e desmandos. À pergunta sobre o que deviam fazer, João responde: “Quem tiver duas túnicas, reparta-as com aquele que não tem, e quem tiver o que comer, faça o mesmo” (v. 10). Há grande boa vontade em seus corações. Eles manifestam a disposição de não permanecer só nas palavras, mas querem

Reflexão do Evangelho do dia 15 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Sábado – 15 de dezembro Mt 17, 10-13: Questões sobre Elias                         Deus oferece sinais e suscita profetas para despertar confiança no coração de seus filhos, preparando-os para a vinda do Messias. Entre os profetas, sobressaem Isaías e Elias. E o novo Elias já veio, diz o Evangelho, na pessoa de S. João Batista, o Precursor imediato do Messias, que, de modo claro e solene, anuncia o batismo de arrependimento e de conversão. Muito a propósito, S. João Crisóstomo refere-se ao fato de “Jesus chamar João Batista de Elias, não porque fosse Elias, mas porque realizava o ministério próprio do profeta, convocando todos à penitência”.             Por ser mudança integral da pessoa, a conversão não se reduz à dimensão espiritual, o que poderia levar a pessoa a um álibi para permanecer acomodada ou fechada em seu egoísmo e presa à interioridade de uma piedade subjetiva e individualista. O resultado seria uma anemia de e

Reflexão do Evangelho do dia 14 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Sexta-feira – 14 de dezembro Mt 11, 16-19: Julgamento de Jesus sobre sua geração                           À guisa de crianças que brincam de “casamento” e “enterro” na praça, umas cantando modinhas alegres, outras não acompanhando; umas entoando lamentações, outras não se interessando,  os ouvintes de Jesus, como os de João Batista, mostram-se indiferentes às suas palavras. O Mestre suspira com tristeza e pergunta: “A quem, pois, hei de comparar os homens desta geração?” Em seu sentido semítico, o termo geração adquire diversos sentidos. No Evangelho indica um apelo à penitência e à conversão. Àquela geração é chegada a hora de Deus, a hora da graça, tempo propício para festejar com alegria a presença do esposo, que proclama a boa nova do Reino. Ora, não reconhecendo Jesus como o Messias esperado e desejado, os chefes religiosos chamam-no de glutão e de beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores. Interpretam-no erroneam

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Reflexão do Evangelho do dia 13 Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Quinta-feira – 13 de dezembro Mt 11, 11-15: Jesus fala de João Batista             Jesus se refere a João Batista como sendo “mais do que um profeta”. Ele é o Precursor do Messias. Nele realiza-se a profecia do Êxodo e de Malaquias, que anunciava a vinda “do anjo de Javé, que seria precursor do próprio Deus”. Preparando o caminho para aquele que há de guiar todo o Povo da Nova Aliança à verdadeira Terra Prometida, João Batista estabelece a junção do Antigo com o Novo Testamento. De épocas sucessivas e embora não se identifiquem completamente, eles integram a única História da Salvação. O Antigo corresponde à ordem natural, a do “homem nascido de mulher”. Expressão utilizada para designar o homem na precariedade de sua condição terrena, fraca e pecadora. O segundo ou o Novo Testamento proclama o Reino de Deus e exprime a ordem sobrenatural, à qual toda a humanidade é convocada. Assim, considerado no quadro do Antigo Testament

Reflexão do Evangelho do dia 12 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Quarta-feira – 12 de dezembro S. Lc 1, 39-47 -  Visitação de N. Senhora (N. Senhora de Guadalupe)                             A saudação do anjo a Maria, “Ave, cheia de graças”, salienta que a graça divina habita em sua vida, desde sempre. O pecado significa fechar-se a Deus e aos irmãos. Ao invés, o coração de Maria é voltado para o Senhor em total sintonia com a sua vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua vontade”. Não há nela qualquer sinal, por menor que seja, de egoísmo ou de fechamento aos desígnios do Pai. E por estar entregue a Deus, ela é toda disponível aos seus semelhantes. Por isso, destaca-se a presteza com que se encaminha à casa de Isabel. Imediatamente vai ao seu encontro para servi-la. Comenta S. Ambrósio: “Maria é movida pela alegria de servir, levada pela piedade em cumprir seu dever de parente e pela pressa do júbilo”. Ela é repleta de Deus no serviço a todos. Na grandeza de sua gene

Reflexão do Evangelho do dia 11 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Terça-feira – 11 de dezembro Mt 18, 12-14 – A ovelha desgarrada No relato da ovelha desgarrada os verbos “buscar-encontrar” revelam, antes de tudo, a iniciativa do Pastor e o seu cuidado para com todas as ovelhas. Observa S. Máximo: “Ele não se esquece, nem mesmo da mais insignificante, pois Ele se recorda de todas”. S. Ambrósio, num lampejo brilhante de visão espiritual, observa que “os ombros de Cristo, sobre os quais ele coloca a ovelha perdida, são os braços da Cruz, que abraçam a todos, pois ele veio salvar, justamente, aquele que estava perdido”. As palavras do Senhor nos lançam nos espaços do amor de Jesus para com os “pequenos”, pois em seu coração palpita o divino desejo de que nenhuma das ovelhas se perca. Jamais escandalizar ou deixar de acolhê-las, pois, enlaçadas nos braços ternos do Pastor, ele as conhece e chama cada uma “por seu nome” próprio, insubstituível. A dor e a ansiedade do pastor se transformam em aleg

Reflexão do Evangelho do dia 09 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Domingo – 09 de dezembro Lc 3, 1-6: Pregação de João Batista                 O aparecimento de João Batista é prelúdio da história santa, marcada pela vinda do Messias. O campo de atuação do Precursor é o rio Jordão e seus arredores. Jesus estenderá sua ação por toda a Palestina. E os Apóstolos serão enviados a anunciar a Boa-Nova do Evangelho até as extremidades da terra, como já escreve S. Lucas, referindo-se ao profeta Isaías: “e toda carne verá a salvação de Deus”.         João Batista prega. Ele corre à frente do Senhor e confere o batismo de penitência, como preparação para o batismo no Espírito Santo, conferido por Jesus.  A penitência, mudança completa de disposição interior, é a pressuposição para, mais tarde, chegar à regeneração, isto é, a uma vida nova. De modo incisivo, ele denuncia o pecado e anuncia a vinda iminente do Messias, que iria inaugurar o julgamento tão enfaticamente proclamado pelos profetas.     

Reflexão do Evangelho do dia 08 de Dezembro de 2012

Reflexão de Dom Fernando Antônio Figueiredo para: Sábado – 08 de dezembro Lc 1, 26-38: A Anunciação do Senhor                              No anúncio do nascimento de Jesus, Maria encontra-se em oração. O arcanjo Gabriel, que significa “fortaleza de Deus”, aparece-lhe e diz-lhe: “Alegra-te, cheia de graça”.  A Tradição, desde os primeiros anos da Igreja, tem sublinhado o paralelo entre a Virgem Maria e Eva, “mãe de todos os viventes”, entre o “fiat”, o “faça-se” da Anunciação, e a desobediência, causa decisiva do “Pecado Original”.         Tal paralelismo, acentuado pela Tradição antiga, também pelos comentadores contemporâneos, mostra que, longe de ser artificial, oferece ao acontecimento um alcance absolutamente universal. Observa S. Beda: “Como Eva trouxe no seio toda a humanidade condenada ao pecado, agora Maria traz no seu seio o novo Adão que, com a sua graça, dará vida a uma nova humanidade”. O texto bíblico descreve esse momento ao dizer: “No sexto mês, o anjo Gabri