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Mostrando postagens de setembro, 2017

Reflexão do Evangelho – Domingo, 01 de outubro

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Mt 21, 28-32 - Parábola dos dois filhos               Um agricultor pede aos seus dois filhos para irem trabalhar em sua vinha. O primeiro, prontamente, dá o seu assentimento, porém, não vai; o outro, secamente, responde: “não quero”; mas depois, arrependido, volta atrás, e resolve atender ao pedido do pai. Reconsiderando, ele não consegue admitir a possibilidade de discordar do pai, não por temê-lo, mas pelo receio de se fechar sobre si mesmo e não corresponder a uma vida de comunhão. Praticamente, trata-se de uma conversão, consequência do profundo anelo de estar com o pai e de se colocar de acordo com a sua vontade, pois a própria diversidade e diferenças entre eles não pode ser ausência de relações, que exigem uma unidade fundamental, estabelecida não pelo poder da violência, mas pelo poder do amor. E ele o ama. Em geral, esta passagem bíblica é interpretada no sentido de mostrar que a obediência a Deus só se concretiza nos fatos, não simplesmente nas palavras. Ao se

Reflexão do Evangelho – Domingo, 24 de setembro

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Mt 20, 1-16 - Parábola dos trabalhadores da vinha             Logo no início da parábola, Jesus compara o Reino dos Céus a uma vinha, cujo dono, ao final do dia, paga os trabalhadores não, simplesmente, de acordo com os resultados obtidos, mas conforme a sua generosidade: Ele é incrivelmente magnânimo. Os trabalhadores, segundo a alegoria do profeta Isaías, representam o povo de Israel, povo por Ele escolhido, multiplicado, transferido para a Terra Prometida e por Ele protegido. Em Jesus, este mesmo povo é alargado a uma dimensão universal, reunindo todos os que o acolhem e aderem à sua mensagem, na qual Ele proclama, para além da observância dos inúmeros preceitos jurídicos e morais, que chegavam a ofuscar a luz da revelação bíblica, a herança espiritual autêntica de Moisés, proclamada pelos profetas: o amor a Deus na solidariedade e na dedicação misericordiosa ao próximo. Ao final do dia, o vinhateiro chama seu administrador para que pague aos trabalhadores, dando a ca

Reflexão do Evangelho – Domingo, 17 de setembro

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Mt 18, 21-35 - O perdão das ofensas e a parábola do devedor implacável             A salvação não é apenas uma realidade futura; ela se concretiza numa forma de vida atual que torna o homem sempre mais “humano”, e, portanto, digno de Deus. Por isso, mesmo que não corresponda a uma vida reta e justa, o homem sempre terá a possibilidade de se corrigir, graças à sua consciência moral, através da qual, nas palavras do Apóstolo S. Paulo, Deus lhe fala e lhe comunica a essência da Lei, expressa no Decálogo. Embora esta voz seja perceptível ao nosso coração, cada um de nós corre o risco de errar e de não corresponder aos ditames da consciência. Daí a pergunta de Pedro a Jesus: “Senhor, quantas vezes devo perdoar ao irmão, que pecar contra mim? Até sete vezes? ”. O número sete significa totalidade. Talvez, ao dizê-lo, Pedro estivesse pensando num número elevado de vezes, o que explica a surpresa dos discípulos, quando o Mestre lhes diz: “Não te digo até sete, mas até setenta vezes s

Reflexão do Evangelho - Domingo, 10 de setembro

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Mt 18,15-20 - Correção fraterna Na purificação do Templo, as palavras de Jesus transcendem o conteúdo histórico do Templo e remetem seus ouvintes à ideia de ser Ele próprio o lugar de encontro com Deus: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles”. O importante não é o momento em que se dá o encontro, mas sim a experiência de Deus como o atuante que realiza a nossa salvação e nos torna servidores da Palavra. Então, o que importa não é apenas a descoberta de uma verdade, mas a confiança em Deus e a imersão na realidade religiosa, que não nos permitem contentar com a mera religiosidade, muitas vezes, alimentada por símbolos e expressões secundárias. Sem dúvida não podemos ignorar que o encontro com Deus é viver, no amor, a comunhão com os seus semelhantes. Martin Buber é enfático ao afirmar: “Não a fusão na unidade, mas sim o encontro é o constitutivo básico da experiência humana do ser”. Se a unidade de fusão pode gerar uma identidade confusa e i

Reflexão do Evangelho – Domingo, 03 de setembro

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Mt 16,21-27 - Condições para seguir a Jesus       Justamente após a profissão de fé do Apóstolo S. Pedro, os discípulos encontram-se diante de um novo enigma, apresentado por Jesus: sua paixão e morte. O autoconhecimento de Jesus traz diversas interrogações, no que se refere à sua morte e, particularmente, ao fato de sua ressurreição, que culmina com a salvação das nações. Como alimentassem a ideia de um Messias glorioso e político, os Apóstolos se sentiam perturbados, preocupados, mas não ousavam pedir-lhe um esclarecimento.  Afinal, desde um determinado momento, Jesus conta com a possibilidade de uma morte violenta, que será integrada por Ele em sua entrega consciente e total nas mãos do Pai. Assim, as palavras dirigidas aos Apóstolos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me”, tornam-se mais compreensíveis. Elas expressam o convite do Mestre para se situarem no quadro de uma confiança total em Deus, porta de entrada, em seus co