Postagens

Mostrando postagens de abril, 2020

Reflexão do Evangelho - Autoridade, sinal de unidade

Imagem
Reflexão do Evangelho Autoridade, sinal de unidade                                         A verdadeira liberdade, dom gratuito de Deus, conduz a vontade humana, segundo Santo Agostinho, a crescer no bem. A pessoa é essencialmente dinâmica; ela não é só um ser, mas um poder-ser, que foge de toda definição racional, de toda descrição. Capaz de autodeterminação e de transcendência, ela quer se revelar, graças ao exercício da autoridade, como pessoa livre e responsável, em sua plenitude.         Isto mostra que fora da pessoa humana não há verdadeira autoridade. Mas, como compreendê-la?       Nesse sentido, interessa-nos o Evangelho, que relata os frequentes e eloquentes encontros de Jesus com o povo. Sua objetividade espontânea e simplicidade levam os ouvintes a exclamar: “Ele fala com autoridade”. As palavras brotavam não de uma elaboração fora da vida, mas da palavra humana vivida e experimentada.   É este, justamente, o sentido, em grego, do termo autoridade: exsousía,

Reflexão do Evangelho - Eucaristia, doação e solidariedade

Imagem
Reflexão do Evangelho Eucaristia, doação e solidariedade         A fala das mulheres sobre o túmulo vazio e a aparição de Jesus ressuscitado não é levada a sério. Desiludidos, alguns discípulos afastam-se de Jerusalém. Dois deles tomam a estrada que, passando por Emaús, os levaria às suas aldeias. Tristes, desconsolados, acabrunhados, comentam entre si o que tinha acontecido.           Escondendo-se no horizonte arenoso e seco, o sol deitava seus últimos raios. Um Estranho se põe a caminhar com eles.... Após alguns passos, pergunta-lhes a causa de tanta tristeza. Admirados, eles dizem: “Tu és o único forasteiro que ignora os fatos acontecidos nos últimos dias! ”. Esboçando um sorriso, o Estranho denota nada saber: “O que foi que aconteceu? ”. Então, entreolhando-se os dois discípulos, tristes, cabisbaixos, abrem o coração e contam-lhe “o que tinha acontecido com Jesus, o Nazareno, profeta poderoso em obras e em palavras”. Nele depositamos toda a nossa esperança. Julgáva

Reflexão do Evangelho - Semana da Misericórdia

Imagem
Reflexão do Evangelho - Semana da Misericórdia Aparição de Jesus ao Apóstolo Tomé O cenáculo está repleto. Todos estão lá, inclusive Tomé, atordoado com o entusiasmo dos outros Apóstolos, que diziam: “Vimos o Senhor! ”.   “Não, amigos, não acredito em suas palavras”, repete ele. Pedro fica agitado, gesticulando, balança a cabeça, discorda dele... A discussão torna-se acalorada. As portas bem trancadas... O medo das perseguições... Mas, o clima é de esperança... No coração deles, a indelével lembrança da bondade, da paz interior, das palavras misericordiosas do Senhor.           De repente, no meio deles, uma voz... voz inesquecível: “A paz esteja convosco! ”. É o Mestre! Seu olhar sereno, cheio de ternura, passa por todos; fixa-se em Tomé: “Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu mesmo”.         O coração do Apóstolo bate forte.... Ainda pensava em si mesmo.... As palavras do Mestre são firmes, claras: “Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos. Estende a tua mão e põe

Reflexão Semana Santa 2020 - Celebração do Tríduo Pascal

Imagem
Reflexão - Semana Santa 2020 Celebração do Tríduo Pascal        No Monte das Oliveiras, não longe de Jerusalém, Jesus está em oração. O sol se despede. Os pássaros se recolhem. Silêncio.... Tudo está tranquilo.... De repente, rumores, passos cadenciados sobem a encosta. Os soldados se aproximam... O suor, em gotas espessas de sangue, escorre, embebe os seus cabelos... Um murmúrio, uma súplica brota de Seus lábios: “Abba, Pai, se possível afasta de mim este cálice”. É chegada a hora... O coração se acelera... “Pai, que se faça a tua vontade e não a minha”.        Preso, flagelado, coroado de espinhos... Jesus caminha, a passos lentos. Em seus ombros, o braço horizontal da cruz... Ao longe, o Gólgota.   Qual lâmina afiada, os golpes do martelo penetram o coração da Mãe... Ele, rejeitado, crucificado, Palavra encarnada, volta para os algozes o seu olhar, doce e sereno, e, na ternura do seu amor, surpreende a todos: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem! ”.