Reflexão do Evangelho – Domingo, 15 de abril
Reflexão do
Evangelho – Domingo, 15 de abril
Lc 24, 35-48
- Aparição aos Apóstolos, do desconsolo à esperança.
Jesus
morre. Os que não estavam dispostos a acolher a mensagem do Mestre viram sua
morte como uma prova de que Ele não era Deus. Seus discípulos, desconsolados, sentem
desconforto ao ouvirem as questões levantadas contra o Mestre. Alguns se afastam
de Jerusalém e retornam a suas cidades de origem. Outros permanecem, como Maria
Madalena, Marta, mãe de Tiago, e Salomé, suas amigas, que foram até o túmulo
prestar-lhe uma homenagem.
Elas o encontram vazio. Assustadas, alvoroçadas,
correm para avisar aos Apóstolos, Pedro e João, que em disparada vão até o
túmulo e constatam que, de fato, ele está vazio e o sudário, que cobrira a
cabeça do Mestre, estava cuidadosamente dobrado, também intacto, colocado à
parte.
Consternada,
Maria permanecia no local, quando personagens, vestidos de branco, lhe dizem:
“Mulher, por que choras? A quem procuras? ”. Ela lhes diz: “Levaram o meu
Senhor e não sei onde O colocaram! ”. Dizendo isso, julgando ser o jardineiro,
volta-se para trás, e vê Jesus em pé, mas não O reconhece. Compadecido, Ele lhe
diz: “Maria! ”. Então, ela O reconhece: “Rabbuni! ”, Mestre, e torna-se a
primeira mensageira da Ressurreição. Suas palavras são confirmadas por Pedro e
pelos dois discípulos, provenientes de Emaús, que relatam o que lhes tinha
sucedido e o fato de O terem reconhecido na fração do pão.
“Ele
está vivo”. A esperança bate forte em seus corações. Porém, as dúvidas ainda
não se tinham dissipado totalmente. Indecisos, a discussão corria acalorada; nada
ainda tinha conseguido alterar o ambiente entre eles. De repente, soa uma voz
que lhes era bastante familiar: “A paz esteja convosco”. Os olhos dos Apóstolos
refletem incerteza e perplexidade. Delicadamente, para tranquilizá-los e evitar
o risco de ver nele um simples fantasma, Jesus lhes mostra as chagas das mãos e
do lado: “Vede minhas mãos e meus pés, pois sou eu”. E para lhes infundir maior
segurança e alegria, repete: “A paz esteja convosco”. Alegres, reconhecem o
triunfo da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas.
Como
se isso não bastasse, Ele pega para comer “um pedaço de peixe assado”, sinal de
sua corporeidade glorificada. “Realmente, Ele ressuscitou! ”.
O Senhor lá estava presente no meio deles, em
sua vida de Deus, e os abençoa, com as mãos que traziam os vestígios do
martírio. A luz da esperança brilha nos corações e nos espíritos dos que seguem
Jesus, luz sem ocaso, sem mudança, inalterável e jamais eclipsada, que
transforma em luz os que acolhem o Ressuscitado.
†Dom Fernando Antônio Figueiredo,
OFM
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