Reflexão do Evangelho de Jo 7,37-39 - Promessa da água viva - Sábado 07 de Junho
Reflexão do Evangelho de Jo 7,37-39 - Promessa da água
viva
Sábado 07 de Junho
Uma vez mais, Jesus sobe a Jerusalém,
sempre acompanhado por uma multidão de pessoas, pois sua fama já se espalhara
por toda a parte. Sua pessoa perturbava os judeus e os gregos pelo fato de Ele
perdoar os pecadores, como só Deus é capaz de perdoar, provocando as mais
diversas reações. Eles se sentem confusos, ao ouvi-lo dizer que “o filho do
homem não veio à terra para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
‘resgate’ de muitos”. Assim como outrora Deus salvou o seu povo, agora o Senhor
resgata os seus seguidores, conduzindo-os para o “novo céu e a nova terra”. Jesus
não está à procura de servos, mas sim de irmãos que o sigam com um amor
desinteressado e dadivoso.
Durante a festa das Tendas, o Templo
ficava todo iluminado por grandes lâmpadas, acendidas pelos levitas para os
festejos. É o momento alto da festa: a solene procissão de água e de luz. De
pé, em alta voz, Jesus proclama: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem
crê em mim, de seu seio jorrarão rios de água viva”. Seus ouvintes recordam os
dons concedidos a Moisés, quando no deserto deu de beber ao povo sedento. Aliás,
o rito da festa consistia em retirar a água da piscina de Siloé e trazê-la para
o Templo, elevando orações e súplicas pelas chuvas de outono, enquanto versavam
a água ao redor do altar.
Jesus se refere à água viva, ou seja, à água da vida
eterna, profetizada por Zacarias, que descreve a vinda do Messias como águas
vivificantes saindo de Jerusalém: “Naquele dia, águas vivas sairão de
Jerusalém”. Jesus é o novo Moisés, que proporciona vida “em abundância”, pois
dele correrão rios de água viva, que são os dons messiânicos, comunicados por
Ele na doação de sua vida e na manifestação do seu amor, para todos os tempos. O
modo de beber desta água é crer nele, pois “quem crê em mim, diz o Senhor, de
seu seio jorrarão rios de água viva”. “Ele falava do Espírito que deviam
receber os que nele cressem”, sinal da era messiânica, que seria reconhecida pela
superabundância da comunicação do Espírito, segundo a profecia de Joel, citada
por S. Pedro ao explicar o Dom de Pentecostes.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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