Reflexão do Evangelho – Domingo, 13 de maio


Reflexão do Evangelho – Domingo, 13 de maio
Mc 16,15-20 - A Ascensão de Jesus
        

      Tendo consumado o seu “êxodo”, Jesus aparece aos Apóstolos para confirmá-los na fé e designar-lhes uma missão divina: anunciar a todos os povos o Evangelho do amor e da misericórdia. Após abençoá-los, Ele “foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus”, donde virá, no fim dos tempos, para que toda a criação alcance a plenitude intencionada por Deus.
A Ascensão, testemunhada pelos Apóstolos, não só por três deles, como no Monte Tabor, mas por todos eles, abrange, na pessoa de Jesus, a humanidade toda, que, no dizer de S. Leão Magno, “foi recebida junto do eterno Pai, que a associou ao trono de sua glória, depois de tê-la unido, na pessoa do Filho, à sua própria natureza” (Serm. de Ascensione, 3).
      Trata-se da natureza humana, compreendida não como uma ideia universal abstrata e inexistente de homem, mas aquela concreta e historicamente situada de cada pessoa, associada à liberdade. Nesse caso, no nível da decisão pessoal, em respondendo ao apelo divino, ela é capaz de assemelhar-se a Ele, para assumir potências que são próprias da natureza divina.
É fantástico! Pois o objetivo consiste em mostrar que tudo o que é vivido com amor gesta um ser capaz de acolher o Infinito, numa vida finita e limitada, e a nossa vida passa a ser um bem eterno.
Alegria total! À direita do Pai, na glória celeste, Jesus proclama que ninguém está só, tampouco excluído da comunhão eterna, pois no silêncio do seu amor, Ele aguarda “que o mundo inteiro faça parte da vida divina e se torne tudo o que Deus é, exceto a identidade de natureza” (S. Máximo o Confessor). Imagem de Deus, a pessoa é o sigilo divino que marca a natureza, colocando-a numa relação pessoal com Deus, relação absolutamente única para cada ser.
Seriam, os Apóstolos, continuadores da obra de Cristo! Preocupados com todos, absolutamente todos, eles batizam e anunciam a mensagem do Evangelho, conscientes de que a última palavra pertence não à morte, mas ao amor, à misericórdia, à compaixão. Exclama o Apóstolo Pedro: “Deus ressuscitou seu Servo e O enviou a nos abençoar, para que em nós se cumprisse a Promessa de bênção para todos os povos” (cf. At 3, 26.25).



†Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM

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