Reflexão do Evangelho - Domingo, 16 de junho
Reflexão
do Evangelho
Domingo,16
de junho
Jo
16,12-15 – Trindade – Fonte e modelo de comunhão
Trindade
Santa, um Deus, que, no amor, abraça tudo quanto existe. Distinta da
natureza divina, a natureza humana é criada pelo Pai, que lhe
concede os atributos divinos de “poder” e “bondade”.
O
Pai, fonte da Luz, ilumina a criação toda inteira... Comunica-lhe a
divina Luz, origem de entusiasmo e de inspiração, e, como em
ridente primavera, Ele a mantém no rumo certo do destino final e
feliz, consequência, necessária e natural, do Seu ato amoroso.
Ao
Pai, nada lhe é indiferente. Não há criatura que não mereça o
Seu amor. Em cada uma delas, em seu interior, de modo indelével, Ele
inscreve a Sua Bondade: “Ele viu tudo o que havia feito: e era
muito bom” (Gen 1,31).
Sem
negar jamais a unidade, a natureza humana incorre no pecado,
distancia-se de Deus e rompe a comunhão com seus irmãos.
Atordoante,
é o amor do Pai! Ele envia ao mundo Seu próprio Filho, a segunda
Pessoa da Trindade, que assumindo de Maria nossa humanidade,
estabelece, estreita e íntima, relação conosco. Não exclui
ninguém, nem os inimigos! Ama a todos! Nada há de verdadeiramente
humano que não encontre eco em Seu coração.
A
propósito, escreve S. Atanásio: “Tudo foi feito por Ele e n’Ele
tudo pode ser renovado”.
Mas,
e o mundo... o pecado... a morte... a corrupção? A Luz, que é
Jesus, veio às trevas. As trevas não O receberam! Os que O
receberam têm vida nova... E a criação é restaurada, em sua
beleza, em sua bondade primitiva. Em todos os que O acolhem,
resplandece a luz do Evangelho.
Resplendor
da Luz divina, único e eterno Sacerdote, o Filho recapitula a
criação e a reconduz, mediante o Espírito Santo, à unidade e ao
amor.
Eis
a transfiguração do mundo! Desde já, antecipada, uma viva e
acessível experiência! A terceira Pessoa da Trindade, o Espírito
Santo, presença da Luz, permanece em nós, que, resgatados por
Cristo, somos purificados e configurados, mais e mais, à Sua imagem
e semelhança.
Dois
mil anos se passaram e a Luz do Ressuscitado não deixa de brilhar,
libertando-nos do egoísmo, e pondo-nos a caminho do amor e da
concórdia de todos com todos. Tornamo-nos “pessoas trinitárias”,
cheias de bondade e de cuidado pelos nossos semelhantes, quaisquer
que sejam, e por tudo o que vive e existe.
+Dom
Fernando Antônio Figueiredo, ofm
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