Reflexão do Evangelho - Domingo, 08 de setembro
Reflexão
do Evangelho
Domingo
– 08 de setembro
Lc
14, 25-33, Renúncia: “Conversão do coração”
De
noite, para evitar a ironia de seus colegas fariseus, Nicodemos vai
ao encontro de Jesus, que lhe diz: “Se alguém não nascer ‘de
novo’, ‘do alto’, não poderá ver o Reino de Deus”. É
imprescindível estar orientado para o Pai, que não desampara a quem
n’Ele confia.
Para
que os discípulos estivessem preparados e prontos para a missão de
anunciar o Evangelho do amor e da misericórdia, o Mestre lhes faz,
de modo incisivo, algumas advertências, fortes e provocadoras. No
Evangelho de hoje, não poucos ficam surpresos e até espantados, ao
ouvi-l’O dizer: “Se alguém vem a mim, mas não odeia (misei –
miséw) seu pai e sua mãe, seus irmãos e suas irmãs e até a
própria vida, não poderá ser meu discípulo”.
Ora,
o verbo “odiar”, segundo um modo de falar semítico, significa:
“Ter em menos conta”. Jesus o utiliza para realçar a necessidade
de os discípulos não atribuírem um valor supremo às realidades do
mundo, mas manterem-se voltados para Deus, amando-O “de todo o
coração”.
Amar
a Deus é buscar uma vida feliz... Sentir-se enamorado do bem, da
verdade, da luz... É tender para o Alto, sem se deixar prender pelo
que impede de voar, correr, viver alegre... É viver intensamente,
louvando as maravilhas do Sumo Bem, de quem tudo procede.
Eis
o “Instante” de Jesus; eis o grande sinal de uma nova realidade,
de um novo tempo! A instituição terrena não é desprezada; a
realidade espiritual, anunciada pelos profetas, é buscada e
cultivada. O Evangelho torna-se, para Seus seguidores, renascidos do
Alto, a mensagem norteadora e essencial da vida. Então, gratos e
humildes, eles amarão, com verdadeira alegria e coração dilatado,
seus pais, filhos, parentes e até os seus inimigos.
Convertidos,
os discípulos participam do amor misericordioso do Pai e se tornam
instrumentos de paz e de unidade, de comunhão e de transformação.
Se há os que rejeitam a mensagem, há os que a abraçam e se abrem à
sua incondicional exigência... Mudam (metanoia) seu modo de
pensar, de agir... Vivem a comunhão salutar e perene com o Pai das
misericórdias.
+Dom
Fernando Antônio Figueiredo, ofm
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