Reflexão do Evangelho - Domingo da Misericórdia 2019
Reflexão
do Evangelho
Domingo da Misericórdia 2019
Jo
20, 19-31 - Aparição de Jesus ao Apóstolo Tomé
O
cenáculo está repleto. Todos estão lá, inclusive Tomé, mesmo sentindo-se atordoado
com o entusiasmo dos outros Apóstolos, que diziam: “Vimos o Senhor”!
“Não,
amigos, não acredito em suas palavras”, dizia Tomé; Pedro, um pouco agitado,
gesticulando, discordava dele... A discussão tornava-se acalorada.
Mas,
o clima era de esperança... Em todos os corações, a indelével lembrança da
bondade, da paz interior e das palavras misericordiosas do Senhor.
Oh!
Aquelas expressões de gratuidade do amor do Mestre, suscitando um sentido de
alegria, de êxtase espiritual, face ao Seu destino glorioso e à missão deles: missionários
do Reino de Luz, em todo o mundo, até o fim dos tempos!
De repente, com as portas bem
trancadas, por medo das perseguições, uma voz, uma saudação: “A paz esteja
convosco”. É a voz do Mestre, que se
colocou no meio deles. “Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu mesmo”.
E, sentindo o palpitar do coração do Apóstolo
Tomé, diz-lhe: “Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos. Estende a tua mão e
põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas homem de fé! ”.
É maravilhoso! Prostrado aos pés do Mestre, ele
profere uma das mais belas profissões de fé do Novo Testamento: “Meu Senhor e
meu Deus! ” .
Dirá S.
Agostinho: “Tomé via e tocava o homem, mas confessava sua fé em Deus, a quem
não via nem tocava. Mas o que via e tocava o induzia a crer no que até agora
havia duvidado”.
Prioridade do crer sobre o ver! Da Cruz, transmudada
em Trono, Jesus é reconhecido, mais do que por sua face, por suas chagas, por
seu amor misericordioso.
Sempre ao nosso lado, sempre a nos dizer: “A paz
esteja convosco; sou Eu, não tenhais medo! ”.
+Dom Fernando Antônio
Figueiredo, ofm
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