Reflexão do Evangelho - Domingo, 04 de agosto
Reflexão
do Evangelho - Domingo, 04 de agosto
Lc
12,13-21 – Ajuntar tesouros? Quais?
Ao
contrário de João Batista, Jesus, Profeta da salvação, anuncia a
vinda do Reino de Deus, não como julgamento, mas como manifestação
da misericórdia divina. Ele nos fala de um Deus próximo a nós, um
Deus que é Pai, Pai bondoso e amigo, mesmo para com os pecadores.
Enquanto
falava, do meio da multidão, uma voz... um jovem, que Lhe pede:
“Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”.
A
resposta não é imediata... Um momento... O silêncio é importante.
O olhar de Jesus percorre os ouvintes... Ele deseja provocar a fé,
levar seus ouvintes a se voltarem para o Pai. Suas palavras... qual
voz do segredo, recomenda-lhes: “Precavei-vos cuidadosamente de
todo tipo de ganância... Mesmo na abundância a vida do homem não é
assegurada por seus bens” .
Conta-lhes,
então, a parábola de um jovem, cuja terra produziu muitos e muitos
frutos. Aquele rapaz, rico, bem de vida, olha para o futuro... Como
gostaria de vivê-lo, antecipadamente. Mas, “o que hei de fazer? -
pensava ele. Não tenho onde guardar toda esta minha colheita”. O
presente, como usufrui-lo? Como perpetuá-lo? Decidido, constrói
novos e maiores celeiros, dizendo: “Agora repousa, come, bebe,
regala-te”. Sua esperança, toda ela colocada no momento presente!
Porém,
diz Jesus: “Insensato, naquela mesma noite lhe seria reclamada a
sua alma”. E as coisas que acumulou, de quem seriam? Ele, consigo,
levaria tão somente a insensibilidade humana, que, pela manhã,
pensava que não chegaria à noite e a noite não chegaria ao dia
seguinte.
Então,
novamente, o sereno olhar de Jesus se volta para os ouvintes. E para
surpresa deles, apresenta uma conclusão de estonteante simplicidade:
“Assim acontece àquele que ajunta tesouros para si mesmo, e não é
rico para Deus”.
Impressionados,
os dois irmãos ouvem as palavras do Mestre, como Palavra do Pai, e,
quais hóspedes e peregrinos neste mundo, consideram essencial
afastarem-se de toda avareza e se colocarem, confiantemente, em Deus.
Indo além, S. Agostinho exclama: “O seguro depósito de seus grãos
seria o estômago dos pobres”.
+Dom
Fernando Antônio Figueiredo, ofm
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