Reflexão do Evangelho - Domingo, 18 de agosto


Reflexão do Evangelho
Domingo, 18 de agosto
Lc 1,39-56 – Assunção de Nossa Senhora


Mulher simples, generosa, atenta às moções divinas, morando numa casa modesta e humilde, assim era Maria, prometida em casamento a José, o carpinteiro.
De repente, estando ela em oração, uma voz angelical a surpreende: “Ave, cheia de graça” – “kecharitwméne”. Em grego, a forma verbal do perfeito no passivo indica que ela é cumulada da graça divina, de modo definitivo.
O temor sagrado, que invade Maria, provém menos da aparição do anjo, e mais do anúncio que ele lhe faz: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo armará sua tenda sobre ti. E é por isso que o Santo gerado de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). Manifestação suprema da benevolência divina para com Aquela humilde jovem de Nazaré!
O Espírito Santo encontra em Maria uma mente e um coração abertos para acolher Jesus. Nela se dá a humanização do Filho de Deus, a quem ela se uniu, de modo único, levando S. Agostinho a exclamar: “Feliz era Maria, porque antes de gerá-lo, já o trazia em seu coração”.
Certamente, ela viveu e alimentou, mais do que ninguém, a esperança, que jamais dela se afastou. Mesmo no silêncio do sábado santo... momento de escuridão... Ela medita... Do seu coração, qual solo fecundo da fé, viceja a bela flor da esperança. Confiantemente, ela aguarda... O Filho ressuscita... Explosão de alegria e de conforto!
Mais que ninguém, elevada à indissolúvel intimidade do Pai, ela confia e crê, como atestam a cena de Caná, onde sua petição – amorosa e suave – obteve de Jesus o Seu primeiro milagre; e a cena do Calvário, ao lado da cruz, como partícipe do Seu ato redentor e salvador, desfecho final da missão terrena do Filho.
No momento solene da morte, Jesus nos deu Maria como nossa Mãe, modelo de nossa caminhada para o Pai. Nesse sentido, diz o Papa Francisco: “O caminho de Maria para o céu começou com o ‘sim’ pronunciado em Nazaré. Cada ‘sim’ a Deus é um passo para o Céu, para a vida eterna. Porque o Senhor nos quer todos com Ele, na Sua casa!”.



+Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm


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