Reflexão do Evangelho - Domingo, 12 de maio


Reflexão do Evangelho
Domingo, 12 de maio
Jo 10, 27-30: Jesus, Filho de Deus



        Outro dia, algo curioso aconteceu. Sob o pórtico de Salomão, Jesus caminhava... olhar sereno, misterioso... andar simples, humilde... Vendo-O, os escribas e fariseus O assediaram desejosos de saber se Ele era ou não o Messias. Questão bastante atual, sobretudo, naqueles tempos de opressão romana.  
        Uma corrente de amor fluía de Jesus, envolvendo quem a Ele viesse, independente de sua crença, etnia ou ideias. O que eles queriam, no entanto, era uma prova concreta, uma resposta inequívoca; não acolhiam o fato de Ele ter descartado a esperança da vinda de um Messias guerreiro e político.  
Percebendo a incredulidade ou, segundo S. Agostinho, “o coração gelado de seus ouvintes, não aquecidos pela fé”, Jesus lhes diz: “Não amigos, Eu já vos disse, vós não me acreditais. As obras que faço, em nome de meu Pai, é que dão testemunho de mim... Mas, vós não credes porque não sois das minhas ovelhas”. E acrescenta: “O Pai está em mim e eu no Pai”.
Eles não O compreendem. Não vão além de sua realidade humana, que vive, respira e se comove com os pequeninos, os aflitos e pecadores. E, em vez de acolherem as Suas palavras como um convite à fé, de modo cáustico, eles O ironizam, e, escandalizados, O rejeitam, definitivamente.   
A humanidade, em sua forma mais pura e autêntica, se expressa no grito de abandono, na entrega total, absoluta, do Homem Jesus de Nazaré: “Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito”. Em sua natureza, semelhante à nossa, somos, voluntariamente, elevados até Deus e nos tornamos participantes de sua divindade.
A páscoa do Egito torna-se a grande Páscoa da perfeita e plena entrega do Filho Jesus ao Pai: síntese de sua missão e sentido da vida dos seus seguidores.

+Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm



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