Reflexão do Evangelho - Sábado 06 de Dezembro

Reflexão do Evangelho
Mt 9,35-10,1.6-8 - Compaixão pela multidão e missão dos Doze
Sábado 06 de Dezembro
      
       O seguidor de Jesus compreende que aceitar a salvação é transformar a morte e todas as formas de morte em passagem para a vida. Por isso, deixando-se iluminar por Cristo, ele não mais vaga na incerteza de sua sorte ou na timidez de um destino desconhecido. Em sua vida reina a compaixão divina, que o leva a cantar, com Francisco de Assis, glórias e louvores ao “grande e magnífico Deus”. O homem não inventa Deus para consolar-se, ele reconhece que sua vida espiritual provém do alto e que a surpresa do filho pródigo, no encontro com o pai, é vivida por ele, em cada instante da vida.
Dessa maneira, Jesus preparava os Apóstolos para a missão de anunciar a todos os povos o Evangelho do amor e da misericórdia. Às pessoas cansadas e abatidas, como ovelhas abandonadas pelo pastor, eles levariam o consolo divino e a cura da alma e do corpo. Quais peregrinos desapegados de tudo, eles não buscariam bens ou riquezas materiais, mas viveriam sem preocupações, como os pássaros do céu. Guiados pelas palavras do Mestre: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”, eles pensariam as feridas e fraturas do coração pecador, transformando-as em fonte de alegria, fruto de purificação interior.  
Jesus recomenda aos Apóstolos de não começarem pelos pagãos ou samaritanos, mas que eles fossem primeiramente “às ovelhas perdidas de Israel”. As bênçãos da era messiânica são destinadas, em primeiro lugar, aos judeus. Em seguida, Ele os alerta sobre a missão; eles seriam acolhidos por muitos, os adversários seriam numerosos e haveria aqueles que os perseguiriam.  “Eu vos mando como ovelhas para o meio de lobos; sede, pois, astutos como as serpentes, mas simples como as pombas”. Mas para fortalecê-los, Ele promete que não os deixará, estará sempre com eles, envolvendo-os e conduzindo-os à intimidade de vida com o Pai. “Vocês não são servos, mas sim meus amigos”, palavras que ficarão gravadas no coração de cada um deles.  


 Dom Fernando Antônio Figueiredo, o.f.m.

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