Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 01 de Dezembro

Reflexão do Evangelho
Mt 8, 5-11 – A cura do servo do centurião
Segunda-feira 01 de Dezembro

Certa feita, estando Jesus em Cafarnaum, um centurião romano aproxima-se dele e suplica-lhe: “Meu criado está deitado em casa, paralítico, sofrendo dores atrozes”. O Mestre o conforta e promete ir à sua casa, porque, comenta S. Agostinho, “Ele não quer só entrar na casa daquele homem, mas em seu coração”. A confiança do centurião em Jesus é total. Ouvindo-o, numa atitude de sincera humildade, ele declara: “Senhor, não sou digno de receber-te sob o meu teto; basta que digas uma palavra e o meu criado ficará são”.   
       Uma palavra basta, porque é “tua” palavra e ela é soberanamente eficaz. Reconhecimento do poder e da misericórdia de Jesus. “Cheio de esperança, diz S. João Crisóstomo, ele confiava que seu servo seria curado”. Nada o intimida. Nem mesmo o fato de procurar ajuda de um pregador itinerante da Galileia, correndo o risco de ser ridicularizado por seus companheiros. Sua firmeza e grandeza de alma fazem com que Jesus diga aos que o acompanham: “Em Israel, não achei ninguém que tivesse tal fé”.
Confiança ilimitada no Senhor, carinho sincero para com seu servo, o centurião impressiona vivamente Jesus, que exclama: “Eis um verdadeiro filho de Abraão”. Prova da eficácia da Palavra do Senhor, que vai para além das fronteiras do povo de Israel e estende-se a todos os que tiverem uma fé semelhante à do oficial romano. Virão do Oriente e do Ocidente! Assim prediziam os profetas: a restauração da unidade de todos os povos no reconhecimento de que Deus é o único Senhor. Nesse sentido, S. Hilário de Poitiers declara: “O mistério da salvação dos pagãos se evidencia na cura do servo do centurião, sem que Cristo tenha entrado em sua casa”. O centurião representa todos os que estão neste mundo, membros do Reino pela fé, não pela raça. E a cada um, Jesus diz: “Vai! Como creste assim te seja feito!


Dom Fernando Antônio Figueiredo, o.f.m.

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