Reflexão do Evangelho - Quinta-feira 16 de Abril

Reflexão do Evangelho
Jo 3, 31-36 - Último testemunho de João Batista
Quinta-feira 16 de Abril

       As atividades de Jesus desenrolavam-se na região da Judeia, lugar de mananciais, talvez não distante do rio Jordão. Após os ensinamentos ministrados a Nicodemos a respeito do batismo, Jesus, seguido pelos discípulos, percorre a região, anunciando o Evangelho e batizando. Na mesma ocasião, João, que “não tinha ainda sido encarcerado”, batiza com água. No encontro com um judeu, seus discípulos discutem a respeito dos “ritos de purificação”, que correspondem ao batismo.  
Os discípulos de João defendiam o batismo na água, outros, citando as palavras dos profetas, falavam da purificação pelo “espírito” ou pelo fogo. Em pauta, o batismo de penitência, realizado por João Batista, e o batismo de Jesus. O clima tornou-se tenso, a discussão acalorou os ânimos, a ponto de os discípulos perguntarem a João: quem é que batiza legitimamente, Jesus ou ele? Em quem acreditar? O embate é providencial, pois propicia o testemunho final e decisivo do Precursor sobre Jesus. João não protesta, simplesmente pronuncia o “nunc dimittis”: “deixa agora seu servo ir em paz”, palavras do velho Simeão, pronunciadas no Templo, ao receber em seus braços o Menino Jesus. E mais uma vez, ele deixa claro não ser o Messias e declara, de modo incisivo: “É necessário que Ele cresça e eu diminua”.  A grandeza de alma e a fidelidade à missão que lhe foi conferida por Deus, jamais deixarão de ser lembradas pelos cristãos.  
         O tema inicial é esquecido, não é mais o batismo, passa a ser a vinda daquele que procede do alto. Então, sem hesitar, João volta a dizer que a sua missão é preparar os caminhos para Jesus que, vindo do alto, comunica o Espírito divino, “dom sem medida”. Escreve S. Cirilo de Alexandria: “João Batista se regozija por ter ultrapassado a condição de servidor, para poder ser chamado ‘amigo’”. Sua missão se cumprira. Agora, após tão longa preparação, com grande clareza e não menor humildade, ele concita todos a irem ao encontro do Esposo e, com fervor, acolhê-lo. Em Jesus, Deus se doa, ama-nos e, entrando em nossa história, quer que o amemos, reciprocamente, sem reserva. 

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