Reflexão do Evangelho do dia 06 de Janeiro de 2013
Domingo - 06 de
janeiro
Mt 2, 1-12 – Epifania
do Senhor
Os
pastores e os reis magos são os primeiros a reconhecer Cristo como Rei e Senhor.
Ao redor do presépio, reúnem-se os simples e os sábios, os pobres e os ricos
com sua generosidade, o pequeno povo de Israel e os primeiros pagãos, numa
perspectiva “católica”: É a Epifania, epipháneia, manifestação de Jesus ao mundo.
Passando por Jerusalém, os “magos” interrogam
Herodes sobre o local do nascimento do “rei dos judeus”. A notícia provoca comoção
geral. Em Herodes assume a forma de ansiedade, pois ele já havia matado dois de
seus filhos e estava prestes a matar o primogênito, Antípater, temendo que eles
quisessem arrebatar-lhe o poder. Mas os magos o procuram por terem visto “sair a
estrela do recém-nascido”, o que sugere aos ouvintes judeus a promessa feita a
Abraão de que seus descendentes seriam como as estrelas do céu. Um desses
descendentes era visto como sendo o futuro Messias (Nm 24,17). O local do
nascimento, indicado pelos príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo,
resposta oficial, era Belém, a cidade do Messias. S. Máximo, o confessor,
declara: “ No Oriente brilha uma estrela visível em pleno dia e conduz os magos
ao lugar onde está deitado o Verbo feito homem, para demonstrar misticamente
que o Verbo, contido na lei e nos profetas, supera o conhecimento sensível e
conduz as nações à plena luz do conhecimento”.
A estrela que
guia os magos indica que ao Menino servem todas as criaturas. Proclama S.
Inácio de Antioquia: “Um astro brilhou no céu mais que todos os outros”. E os
magos, representando a humanidade inteira, encontram o Menino com Maria, sua
mãe. Prostrados diante dele, conforme costume oriental, eles o adoram e
oferecem-lhe presentes. Escreve S. Leão Magno: “Do tesouro de seu espírito,
tira o ouro, aquele que reconhece o Cristo como rei de toda criatura; oferece a
mirra, aquele que crê que o Filho único de Deus assumiu nossa natureza humana;
e exprime sua reverência oferecendo o incenso, aquele que O confessa igual ao
Pai, em tudo, absolutamente”. O Filho de Deus oculta-se no Menino, que jaz na
manjedoura, pois a totalidade da vida, em sua interioridade, revelou-se no
mistério da Encarnação.
Epifania, manifestação de Jesus como
rei, como verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Pois, sendo eternamente Deus, ele
assume nossa humanidade para alcançarmos a sublimidade do amor e a beleza
infinita da verdade. Diz S. Agostinho: “Ele veio a nós no tempo, para nos
conduzir à eternidade do Pai”. O Menino, de braços abertos, proclama: A salvação
veio para todos. A todos ele acolhe.
Dom Fernando Antônio
Figueiredo
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