Reflexão do Evangelho do dia 26 de Janeiro de 2013
Sábado – 26 de janeiro
Lc 10, 1-9 – missão dos setenta e dois
Ao enviar os setenta e dois dos seus
discípulos à missão, Jesus lhes apresenta o Reino de Deus como uma grande
messe. A abrangência da missão é universal. Ela visa não só o povo de Israel,
mas também os demais povos e nações. O objetivo é semear a Palavra de Deus no
coração de todo ser humano.
Colocado, justamente, no início da subida de
Jesus a Jerusalém, esse episódio caracteriza a ação formadora do Senhor, no
desejo de transmitir aos seus discípulos o fervor e o ardor missionários. Eles
são seus continuadores. Do Senhor eles recebem a inspiração e a força para
tornar a Igreja presente por toda parte, em sua intenção “católica”. Embora tal
fato fosse se concretizar só após Pentecostes, já agora, na vida pública de
Jesus, pode-se entrever a futura missão universal dos Apóstolos. Com efeito,
observa Orígenes: “Não só os Doze Apóstolos pregaram a fé em Cristo, mas o
Evangelho nos diz que outros setenta foram enviados para pregar a Palavra de
Deus, para que graças a eles, o mundo conhecesse as palmas da vitória de
Cristo”. O número setenta é bastante bíblico. Moisés escolheu setenta anciãos
para ajudá-lo em sua tarefa de liderar o povo através do deserto. O Sinédrio,
conselho que governava o povo de Israel, era composto de 70 membros. Em Jesus
esse número quer expressar a totalidade das nações e povos, para os quais seus
discípulos deviam levar sua Palavra e agir no seu poder.
Eles pertencem ao grupo
dos artesãos da paz. Diz Jesus aos 72 discípulos: “Se houver um homem de paz, a
vossa paz irá repousar sobre ele; se não voltará a vós”. O missionário de
Cristo anuncia a sua paz e a comunica aos que estão preparados para recebê-la.
Porém, até a segunda vinda do Senhor, os discípulos encontrarão oposição e
perseguição. Serão como ovelhas no meio de lobos. Escreve S. Cirilo de
Alexandria: “No entanto, eles serão capazes de sobreviver, porque eles têm
Jesus como pastor e ele os protegerá dos lobos em meio às perseguições”. Nada
os desanimará. Pois na mente dos discípulos, bem presentes, estão as palavras
de S. João Batista: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Por
isso, a saudação da paz é dada a todos, como observa S. Agostinho, “sem
discriminação, embora só seja recebida pelos que são filhos da paz”. Com S. Francisco de Assis saudamos a todos:
Paz e Bem!
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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