Reflexão do Evangelho do dia 24 de Janeiro de 2013


Quinta-feira – 24 de janeiro
Mc 3, 7-12: As multidões seguem Jesus
           
            Por onde Jesus passava, as multidões acorriam para ouvi-lo e ver as obras que realizava. O poder de sua mensagem é impressionante. A sua palavra alimentava os que tinham fome de Deus e curava os que buscavam libertar-se de seus males. Movidos pela fé, muitos se achegavam a Jesus para tocá-lo e, pelo poder que dele provinha, eram curados e perdoados de seus pecados. Em sua presença, até os demônios tremiam e reconheciam sua verdadeira identidade, declarando: “Tu és o Filho de Deus”.  
            No entanto, S. Agostinho não deixa de observar: “Muito melhor que estar com o Senhor é ter fé nele”. Não basta estar em meio àquela multidão, pois “a fé é mais forte que tocá-lo com a mão. Se pensas que Cristo é só homem, tu o tocas, na terra, com as mãos, mas se tu crês que Cristo é o Senhor e igual ao Pai, então tu o tocas, na glória do céu”. A fé permite-nos alçar voo, ultrapassando-nos, e alcançar a salvação, partilhando com Cristo os bens da vida divina. 
            Os que acolhem Jesus celebram a inefável grandeza do novo mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. As palavras que tocam os corações e os milagres realizados por Jesus adquirem um sentido todo especial: são manifestações de sua misericórdia e de seu amor. E nós compreendemos que os encontros com nossos semelhantes, mesmo os encontrões, serão experiência de crescimento no amor, pois, no Senhor, reconheceremos o que é “ser irmão” e o que é amar como ele ama a todos. Experiência inefável. A fé abre os olhos dos nossos corações e a luz incriada incendeia nossa alma. Louvamos e agradecemos, pois sabemos ser amados por Deus.
            Os últimos versículos falam da multidão, que se se acotovela. As pessoas querem chegar até Jesus. Sentindo-se apertado e um tanto sufocado, ele pede aos discípulos um pequeno barco para melhor falar ao povo. S. Beda aproveita este detalhe para dizer: “A barca, que serve com diligência ao Senhor no mar, é a Igreja, congregada dentre as nações e que se desliza entre as ondas deste mundo. Quanto mais se dilata para receber a graça de seu fundador, tanto mais majestosa ela se torna para armazenar as coisas de seus passageiros, e assim a barca agitada por quaisquer ventos faz frente às agitadas ondas do mar”. Por isso o clamor de s. Agostinho: “Toca-o tu com a fé, ó Igreja católica, toca-o com a fé”. 

Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM

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