Reflexão do Evangelho de quarta-feira 30 de dezembro
Reflexão
do Evangelho de quarta-feira 30 de dezembro
Lc 2, 36-40
– Apresentação de Jesus - Profecia de Ana
As palavras iniciais, “concluídos os dias
da sua purificação”, são uma proposição circunstancial, utilizada pelo
Evangelista S. Lucas para mostrar a conformidade legal da Sagrada Família, mas,
sobretudo, para anunciar a subida de Maria e José a Jerusalém, com o Menino,
que “veio para cumprir a Lei e os profetas”. Segundo a Lei, todo primogênito,
ao ser consagrado a Javé, devia ser resgatado por uma vítima ou oferenda considerada
equivalente. Aqui, dá-se o inverso. Jesus não é resgatado, mas nessa
apresentação solene, Ele é reconhecido como efetivamente consagrado e é oferecido
em resgate por todos nós.
No
Templo, encontram-se duas pessoas: Simeão, a quem tinha sido revelado que não
veria a morte antes de ver o Messias, e Ana, uma profetiza. Com palavras
ardentes, ambos se referem ao futuro de Jesus, que traz em si a verdadeira
redenção de Jerusalém e a bênção para todas as nações. A cena, que se desenrola
a seguir, expressa o mistério salvador do Messias. Fala-se, de modo discreto,
da profetiza Ana, cujo nome significa “Deus dá a graça”. Filha de Fanuel, “Deus
é luz”, suas palavras testemunham ser aquele momento a hora da graça e da
benevolência de Deus, manifestada no Menino como jamais acontecera até então. É
a irrupção da luz e da glória divina, que, ultrapassando a Israel, se
manifestará a todos os povos. A profetisa Ana louvava a Deus e “falava do
Menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”.
Em
seguida, “eles retornam para a Galileia, para sua cidade de Nazaré”, com suas
numerosas casinhas distribuídas na vertente de uma montanha rodeada por vinhas,
olivais e pequenos rebanhos de ovelhas. Ao longe, descortinavam-se as
imponentes montanhas, as verdes colinas, os campos cultivados. Após as chuvas
do inverno, as flores cobriam as encostas, cores diversas, um imenso jardim. Jesus
contemplava esse panorama encantador, acompanhava os pastores que longe
cuidavam das ovelhas, admirava as flores, que nem o esplendor do rei Salomão se
comparava à sua beleza. É em Nazaré, que Ele cresceu e fortaleceu-se, “cheio de
sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele”. José, seu pai adotivo, segundo um
escrito apócrifo, morreu quando Ele tinha dezenove anos. Até os 30 anos, ao
lado de sua mãe, Jesus viveu naquela pequena cidade, subia as colinas e
montanhas vizinhas, percorria as estradas e caminhos das redondezas,
sustentando a família com o trabalho de carpinteiro, como fizera José.
Comentários
Postar um comentário