Reflexão do Evangelho de sexta-feira 11 de dezembro
Reflexão
do Evangelho de sexta-feira 11 de dezembro
Mt
11,16-19 - Julgamento de Jesus sobre a sua geração
A
maneira livre de Jesus se relacionar com a Lei de Moisés provoca desconfiança
nos chefes religiosos do seu povo. Eles o consideram ousado e desrespeitoso por
não observar, com estrito rigor, as normas rituais e as prescrições da Lei. Talvez
abalados em sua primazia espiritual, chamam-no de glutão e de beberrão, amigo
dos publicanos e dos pecadores. Já anteriormente, com vestes próprias de um
profeta e com vigorosas palavras de repreensão pelo descaso deles às normas
éticas da Lei, João Batista tinha atraído a atenção de todos. Agora, em meio a
eles, encontra-se Jesus, com seu modo de agir suave, palavras modestas e
pregação tranquila nas sinagogas e praças públicas. Se Ele urge a conversão,
mudança de vida, não deixa de manifestar aos pecadores sua misericórdia sem
limites, a força do perdão, a ternura para com os humilhados. Acostumados a serem
tidos como único padrão religioso para todos, eles o rejeitam e o criticam.
A
liberdade de Jesus, que está longe de fazer das normas e práticas exteriores o
centro de sua vida espiritual, provoca rejeição e suspeita. Porém, sem se
intimidar, Ele situa o amor a Deus e aos homens acima de todas as prescrições
exteriores e recorda-lhes, então, uma cantiga de infância. Fala das crianças que
brincam de “casamento” e “enterro” na praça, umas cantando modinhas alegres,
outras não acompanhando; umas entoando lamentações, outras não se interessando,
como os seus ouvintes e os de João Batista. Nesse momento, sentindo como que um
leve toque de decepção, após um suspiro de tristeza, Ele pergunta: “A quem,
pois, hei de comparar os homens desta geração? ”. O termo geração, no sentido
semítico, adquire em Jesus o sentido de esperança e de coragem profética na
busca de um mundo mais simples, modesto e fraterno. E eis que, na sua pessoa, é
chegada àquela geração a hora de Deus, a hora da graça, tempo propício para
festejar com alegria a presença do esposo, que instaura este mundo novo, centrado
no amor incondicional de Deus Pai.
Ele
é um Deus em busca do homem, para manifestar-lhe seu amor no sentido mais
forte, mais ardente, também mais puro e generoso. Assim, a sua presença é causa
de grande alegria para os que o ouvem, mas sinal de advertência para os que o
recusam. Depende da atitude dos ouvintes: se são ou não pessoas de coração aberto
à sua mensagem salvadora e libertadora.
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