Reflexão do Evangelho de sábado 05 de dezembro
Reflexão
do Evangelho de sábado 05 de dezembro
Mt 9,35-10,
1.6-8 - Compaixão pela multidão e missão dos Doze
O seguidor de Jesus compreende que aceitar
a salvação é transformar a morte e todas as formas de morte em passagem para a
vida. Por isso, deixando-se iluminar por Cristo, ele não mais vaga na incerteza
de sua sorte ou na timidez de um destino desconhecido. Com S. Agostinho, ele
exclama: “Senhor, fizeste-nos para ti”! Não para indicar a ideia de que ele foi
criado por Deus, como se Deus tivesse necessidade dele, mas para significar que
o seu coração foi criado de modo a ser capaz de abrir-se a Deus e de se
relacionar com Ele. Então, ele reconhece que a sua real realização consiste em
estar alegremente voltado a um Deus transcendente, tornado presente entre nós
em seu Filho Jesus.
Esta
boa notícia do Evangelho do amor e da misericórdia, os Apóstolos irão anunciar a
todos os povos. Eles hão de levar o consolo divino e a cura da alma e do corpo
às pessoas cansadas e abatidas, que jazem como ovelhas abandonadas pelo pastor,
entregues à sua própria sorte. Não buscarão bens ou riquezas materiais, mas,
quais peregrinos desapegados de tudo, viverão sem preocupações, como os
pássaros do céu. Sempre guiados e inspirados pelas palavras: “Sede
misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”, eles cuidarão das feridas e
fraturas do coração pecador, transformando-as em fonte de alegria e fruto de
purificação interior.
No
desejo de reunir todo o Israel sob o bom Pastor, Jesus recomenda aos Apóstolos de
não começarem a divulgar a mensagem evangelizadora pelos pagãos ou samaritanos,
mas que eles fossem primeiramente “às ovelhas perdidas de Israel”. Essa missão dos discípulos parece indicar que
Jesus contava que sua mensagem fosse acolhida por muitos, e por outro lado a
possibilidade de muitos a rejeitarem. Seus adversários seriam numerosos e haveria
aqueles que perseguiriam os discípulos. Daí
a advertência: “Eu vos mando como ovelhas para o meio de lobos; sede, pois,
astutos como as serpentes, mas simples como as pombas”. No entanto, Ele não os
deixará, estará sempre com eles, envolvendo-os e conduzindo-os à intimidade de
vida com o Pai. “Vocês não são servos, mas sim meus amigos”, palavras que ficarão
gravadas no coração de cada um deles.
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