Reflexão do Evangelho de Lc 12, 1-7 - Falar abertamente e sem temor - Sexta-feira 17 de Outubro
Reflexão do
Evangelho de Lc 12, 1-7 - Falar abertamente e sem temor
Sexta-feira 17 de
Outubro
Após
exortar os discípulos a testemunhar o Evangelho, com o risco da própria vida,
Jesus repete por quatro vezes: “Não tenhais medo”. Sem jamais titubear, eles
deverão manter-se firmes na fé e na alegria da esperança, pois a fidelidade
deles na “confissão de fé” corresponderá à fidelidade de Jesus em reconhecê-los
na glória celestial.
A
seguir, visando fortalecê-los em sua missão apostólica, o Mestre descreve quatro
antíteses, cujo objetivo é inculcar-lhes a certeza de que a verdade acabará
prevalecendo, pois “nada há de encoberto que não venha a ser revelado, oculto
que não venha a ser conhecido”. Ademais, o que lhes foi ensinado na intimidade
da vida apostólica, eles irão proclamar, com força e sem temor, a todos e
publicamente. Eles nada têm a temer. O mesmo se diga dos sofrimentos suportados
na sombra dos calabouços ou das salas de tortura, pois, graças à promessa do
Senhor, eles irão refulgir no palco das arenas, ou seja, no grande dia do
julgamento final, diante do Senhor.
Desse modo, com
palavras simples, concretas e vivas, Jesus lhes transmite ternura e doçura, e
lhes garante que agirá neles e por meio deles, despertando no âmago de seus
corações a certeza de que são amados e que amar a Deus não é um dever, é um
grito de reconhecimento pelo fato de Ele os ter amado por primeiro. Por isso,
diz S. João Crisóstomo, “Ele é chamado o Deus da consolação e das
misericórdias”.
Os discípulos sentem-se emocionados e agradecidos ao ouvirem as palavras
amorosas de Jesus, referindo-se ao Pai: “Não se vendem dois pardais por um
asse. E, no entanto, nenhum deles cai em terra sem o consentimento do vosso
Pai! Quanto a vós, até mesmo os vossos cabelos foram todos contados. Não
tenhais medo, pois valeis mais dos que muitos pardais”. Em seus corações,
solidifica-se a confiança no Pai. Ele zela e cuida de todos, pois até mesmo as
pequenas criaturas são objeto da solicitude divina. E, como anunciadores do
Evangelho da justiça, da paz e da misericórdia, eles serão capazes de imolar a
própria vida em defesa da mensagem do Senhor, em seus princípios éticos, morais
e religiosos. Através dos séculos, muitos os seguirão.
Dom Fernando Antônio Figueiredo,
o.f.m.
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