Reflexão do Evangelho de Lc 14, 1-6 - Cura de um hidrópico - Sexta-feira 31 de Outubro
Reflexão do Evangelho
de Lc 14, 1-6 - Cura de um hidrópico
Sexta-feira 31 de Outubro
Num
dia de sábado, Jesus almoça na casa de um dos chefes dos fariseus. A casa está
repleta. Curiosos, todos olham para Ele com intenções pouco fraternas e amigas,
buscando descobrir alguma falha ou erro para acusá-lo e denegri-lo. Ele não se
sente intimidado. Sem hesitar, aproximou-se de um homem enfermo, toucou-o e o
curou, provocando espanto e repúdio dos representantes do povo. Seu gesto,
porém, fala mais alto que qualquer palavra, o bem é praticado e o sentido
espiritual do sábado é priorizado, permitindo que os discípulos “reconheçam o sábado,
lembra S. Cirilo de Alexandria, como dia do sacrifício agradável a Deus. De
fato, o milagre torna-se uma oferta de suave e doce fragrância espiritual,
apresentada ao Pai misericordioso, bom e pleno de amor”.
Os
doutores da Lei e os fariseus percebem no que ocorreu uma oportunidade
estupenda para caluniá-lo. Em sua sabedoria, Jesus não cede: com ênfase, Ele
revela a falsidade do legalismo farisaico e aponta para a finalidade querida
por Deus ao instituir o sábado, perguntando-lhes se, nesse dia, era ou não
lícito fazer o bem e curar os enfermos. O silêncio é total. Em lugar, porém, de
acolher os seus ensinamentos, eles não deixam de hostilizá-lo e continuam
substituindo o espírito da Lei por suas prescrições e normas cultuais.
Muitos
dos autores antigos, referindo-se a este episódio, como S. Atanásio, lembram
que a cura proclama o gesto salvador do Senhor, a sua Ressurreição, celebrada no
domingo. S. Justino situa o sábado no contexto de um “apelo à prática da
santidade”. Por conseguinte, o Senhor quer preservar seus seguidores do
“fermento dos fariseus” e levá-los a compreender que o sábado proclama
justamente a ação salvífica e misericordiosa de Deus.
Dom Fernando Antônio Figueiredo,
o.f.m.
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