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Mostrando postagens de abril, 2017

Reflexão do Evangelho – Domingo, 30 de abril

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Lc 24, 13-35 - Os discípulos de Emaús       Cléopas e outro discípulo puseram-se a caminho, na tarde do dia em que em que as mulheres tinham falado do túmulo vazio e da aparição de Jesus. Como os demais discípulos, eles não levaram a sério o que elas tinham dito, julgando não passar de meras fantasias. Por isso, desconsolados e tristes, os dois afastam-se de Jerusalém, dirigindo-se à aldeia onde moravam, Emaús, distante de Jerusalém, umas duas horas a pé. Durante o percurso, comentavam o que tinha acontecido na capital e consolavam-se mutuamente. O sol despedia-se, escondendo-se no horizonte arenoso e seco, quando a eles se juntou um estranho viajante, que os interroga sobre a causa daquela tristeza. Sem mesmo fixar seus olhos no viajante, admirados, eles retrucam: “Tu és o único forasteiro em Jerusalém que ignora os fatos que nela aconteceram nestes últimos dias? Todo mundo sabe. Só você está por fora”. Com um sorriso bem-humorado, o viajante pergunta-lhes: “O que foi q

Reflexão do Evangelho – Sábado, 29 de abril

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Jo 6,16-21 - Jesus caminha sobre as águas       Após despedir o povo e enviar os discípulos para a outra margem do lago, “Jesus subiu ao monte, a fim de orar”. Silêncio e solidão. Entre as nuvens, tocadas pelo vento forte, Ele avista o barco dos discípulos, que buscavam em vão chegar a Cafarnaum.  “Na quarta vigília da noite”, nos primeiros albores do dia, Ele vai ao encontro deles. Soprava ainda um vento intenso e impetuoso, quando os Apóstolos avistam, em meio às águas encapeladas, um vulto que caminhava sobre as águas. Assustados, eles viam aquele vulto avizinhar-se, sentiram medo e chegaram a exclamar: “É um fantasma! ”. Porém, em meio ao fragor das ondas, que ameaçavam virar o pequeno barco, uma voz serena os tranquiliza: “Não temais, sou eu! ”. Custava-lhes crer que fosse o Mestre, que faz menção de passar adiante, como o fez com os discípulos em Emaús, para despertá-los à fé e à confiança em Deus, como nas manifestações de Moisés e de Elias. A esse propósito, co

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 28 de abril

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Jo 6,1-15 - Multiplicação dos pães (primeira) Cansados, os Apóstolos se reúnem com Jesus para contar-lhe o que tinham feito e ensinado. Ele os conduz para um lugar solitário, onde pudessem meditar e refazer suas forças, afastados da multidão. Mas esta não o abandona; segue-o, talvez movida por curiosidade ou por gratidão pelos benefícios recebidos. Uns trazem doentes, outros deficientes, Jesus, porém, não se sente incomodado ou perturbado. As horas passam, o dia declina, e os discípulos cansados, não conseguindo ter alguns momentos de intimidade com o Mestre, esperam que eles se dispersem e busquem alimento nos pequenos vilarejos dos arredores. Chegam mesmo a dizer ao Mestre: “Despede-os para que vão aos campos e aldeias vizinhas e comprem para si o que comer”. Mais uma vez, Jesus se mostra humano, generoso, familiar, não distante e indiferente às necessidades dos que o rodeiam. Olhando a multidão, “teve compaixão dela”, era como ovelhas sem pastor, e lhes responde: “Dai

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira, 27 de abril

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Jo 3, 31-36 - Último testemunho de João Batista       Após os ensinamentos ministrados a Nicodemos a respeito do batismo, Jesus percorre a região da Judeia, lugar de mananciais, não distante do rio Jordão. Nessa mesma ocasião, João Batista, que “não tinha ainda sido encarcerado”, batizava com água. No encontro com um judeu, os discípulos de João Batista e os de Jesus discutem os “ritos de purificação”, que correspondiam ao batismo. Os discípulos de João defendiam o batismo na água, os de Jesus, citando as palavras dos profetas, falavam da purificação pelo “espírito” e pelo fogo. Em pauta, o batismo de penitência ou de preparação. O clima tornou-se tenso, os ânimos se acaloraram, a ponto de os discípulos irem a João para perguntar quem é que batizava legitimamente: ele ou Jesus? Em quem acreditar? Providencialmente, o embate irá propiciar o testemunho final e decisivo do Precursor, que, sem dar uma resposta direta, simplesmente pronuncia as palavras, que foram ditas pelo

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 26 de abril

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Jo 3, 8-21 - Encontro com Nicodemos – Jesus, vida e luz          Há poucos dias, falávamos do encontro de Jesus com Nicodemos. Voltamos hoje a esse encontro. Jesus acaba de dizer que Ele é o Filho do Homem, que seria levantado, assim como “Moisés levantou a serpente no deserto”. Essas palavras mexeram numa ferida funda do coração de Nicodemos, que sonhava por uma vida nômade, pois, embora breve, o discurso de Jesus encerrava um convite perturbador: a necessidade de afastar-se dos seus esquemas individualistas e, livre de tudo, apostar em Deus. Mas não fica só nisso, as palavras que se seguem são ainda mais perturbadoras, por lhe sugerirem ouvir “a voz do vento, que sopra onde quer, você ouve o seu ruído, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai”. Atordoado, com os olhos arregalados, Nicodemos não tinha coragem de lançar-se na aventura proposta por Jesus. Podia não dar certo e ele estaria entrando num barco furado, sem futuro. Naquele instante, o olhar tranquilo de J

Reflexão do Evangelho - Terça-feira, 25 de abril

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Mc 16,15-20 – Ide por todo o mundo            Nesta passagem, o Evangelista resume diferentes acontecimentos, sem dar indicações precisas de tempo ou lugar. Após enviar os Apóstolos a todas as nações para anunciar o Evangelho da salvação, o vencedor da morte, Jesus, “foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus”, donde virá no tempo da restauração de todas as coisas. Todos os que ouvissem a sua Palavra e a acolhessem com fé, seriam batizados e incorporados a Ele como membros de sua Igreja.   Jesus, em sua Encarnação, assumiu nossa humanidade, sem que sua divindade fosse diminuída e, em sua Ascensão para junto do Pai, Ele leva consigo a nossa natureza humana, incluindo-a em sua divindade. Por conseguinte, sua Ascensão, testemunhada pelos Apóstolos, abrange a inteira realidade do homem e da criação, pois em Jesus temos um magnífico programa de realização, nunca ficaremos presos aos erros e pecados, já perdoados pelo Senhor, mas estaremos sempre em busca da experiê

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 24 de abril

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Jo, 3, 1-8 - Encontro com Nicodemos (I)          As palavras de Jesus deixavam uma impressão bastante forte em todos os que o ouviam. Um deles foi Nicodemos, membro do Sinédrio, que o procura, na calada da noite, às escondidas, querendo evitar as críticas e talvez as chacotas de seus colegas. Mesmo reconhecendo a Lei como fonte de vida e de santidade, ele substituía o espírito da Lei por seu sistema de normas e prescrições, impondo-o ao povo como caminho para alcançar a salvação escatológica. Jesus queria preservar seus discípulos deste perigo. Por isso, Ele destaca que a intenção “escondida”, o verdadeiro sentido santificador e transformador da Lei é o mandamento do amor a Deus e ao próximo, que exige conversão interior e uma prática concreta de vida, em que tudo é feito na atmosfera do Espírito de liberdade.  Vendo em Jesus um novo sentido para a vida, Nicodemos o saúda, solenemente: “Rabi, sabemos que vens da parte de Deus, como um mestre, pois ninguém pode fazer os

Reflexão do Evangelho – Domingo, 23 de abril

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Jo 20, 19-31 - Aparição de Jesus ao Apóstolo Tomé Na tarde daquele “dia, o primeiro da semana”, quando estavam reunidos em Jerusalém, talvez no cenáculo, com as portas bem fechadas por medo ainda das perseguições, de repente, os Apóstolos ouvem uma voz que eles bem conheciam: “A paz esteja convosco”. É o Senhor! Uma vez mais, Jesus no meio deles, agora com a presença de Tomé, aquele que tinha dito: “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não acreditarei”.       Com ternura, sentindo o palpitar do seu coração, o Mestre lhe diz: “Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende a tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas creia”. Suas palavras não significam que Tomé tenha sido menos fiel e menos ligado a Ele que os demais Apóstolos. De fato, a caminho de Jerusalém, Tomé não tinha hesitado em segui-lo; supondo sua morte próxima, tinha exclamado com veemência: “Vamos também nós, para morrermos com Ele! ” (Jo 11,16). Se ele não c

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 21 de abril e sábado, 22 de abril

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Jo 21, 1-14 e Mc 16, 9-15 - Aparição às margens do lago                                             Após as aparições de Jesus, os Apóstolos, alegres, retornam às suas aldeias. Em Cafarnaum, muitos conhecidos ao vê-los sentiam-se desconcertados diante do modo como eles se comportavam: não se mostravam tristes nem abatidos com a morte do Mestre, mas tranquilos e jubilosos. Vendo a admiração de seus conterrâneos, os Apóstolos reconhecem a sabedoria do Senhor, que os tinha enviado para fora de Jerusalém, onde seriam testemunhas de sua Ressurreição. Uma noite, Pedro e os filhos de Zebedeu, Tomás e Natanael, saíram para pescar no lago de Tiberíades. O sol já começava a mostrar seus primeiros raios e eles nada tinham conseguido, apesar de suas múltiplas tentativas. Mas eis que um vulto, junto à praia, lhes acena, dizendo: “Jovens, tendes algo para comer? ”. Decepcionados por nada terem pescado, respondem com um seco “não”. À medida que eles se aproximam da praia, a voz do es

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira, 20 de abril

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Lc 24, 35-48 - Aparição aos apóstolos.               As primeiras aparições de Jesus ressuscitado, ditas “privativas”, deram origem a dúvidas e incertezas. Certa feita, já era noite e os Apóstolos lá estavam no Cenáculo, e enquanto discutiam, eis que lhes chega a notícia de que o Mestre aparecera a Pedro; pouco antes, tinham chegado os dois discípulos provenientes de Emaús, contando o que lhes tinha sucedido e o fato de o terem reconhecido na fração do pão. Mesmo assim havia ainda dificuldade em acreditar em suas palavras, criando uma situação de desconforto. A discussão corria acalorada, quando, de repente, eles ouvem uma voz que lhes era bastante familiar: “A paz esteja convosco”. O espanto paralisou-os. Cheios de medo, “eles julgam ver um espírito” e não o Mestre. Jesus, lendo em seus olhos a incerteza e a perplexidade, para tranquilizá-los, pergunta-lhes: “Por que vos perturbais, por que sobem ao vosso coração esses pensamentos de dúvida? ”. Para que o temor não inva

Reflexão do Evangelho - Quarta-feira, 19 de abril

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Lc 24, 13-35 - Os discípulos de Emaús       Cléopas e outro discípulo puseram-se a caminho, na tarde do dia em que em que as mulheres tinham falado do túmulo vazio e da aparição de Jesus. Como os demais discípulos, eles não levaram a sério o que elas tinham dito, julgando não passar de meras fantasias. Por isso, desconsolados e tristes, os dois afastam-se de Jerusalém, dirigindo-se à aldeia onde moravam, Emaús, distante de Jerusalém, umas duas horas a pé. Durante o percurso, comentavam o que tinha acontecido na capital e consolavam-se mutuamente. O sol despedia-se, escondendo-se no horizonte arenoso e seco, quando a eles se juntou um estranho viajante, que os interroga sobre a causa daquela tristeza. Sem mesmo fixar seus olhos no viajante, admirados, eles retrucam: “Tu és o único forasteiro em Jerusalém que ignora os fatos que nela aconteceram nestes últimos dias? ”. Então, Cléopas começa a falar sobre Jesus, “profeta poderoso em obra e em palavra”, que tinha sido entr

Reflexão do Evangelho - Terça-feira, 18 de abril

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Jo 20,11-18 - Aparição a Maria Madalena         A primeira série das aparições de Jesus, mais pessoais e tocantes, tem como protagonistas as santas mulheres e os Apóstolos Pedro e João. Hoje, ao narrar o encontro de Jesus com Maria Madalena, o Evangelho destaca o valor das “intuições do coração” e, de maneira simples, descreve a inefável condescendência divina. Maria, mergulhada em sua dor, voltada para o túmulo vazio, não reconhece imediatamente o Senhor ressuscitado, de pé, diante dela. Só quando Ele pronuncia o seu nome, ela percebe ser Jesus. Então, em seu coração, renasce a esperança, e ela readquire força e alento para contemplar, entre lágrimas de alegria, Aquele que trazia em suas mãos os vestígios dos cravos que as tinham traspassado. Encontro decisivo. S. Máximo, o Confessor, coloca nos lábios de Jesus as palavras: “Eu sou o vosso perdão; eu sou a Páscoa de salvação; sou a vossa luz, a vossa ressurreição”.           Como nas demais aparições do Ressuscitado,

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 17 de abril

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Mt 28,8-15 – Aparição de Jesus às santas mulheres             João Batista vivia no deserto, lugar do escatológico novo início, segundo a perspectiva do Êxodo, e pregava aos que vinham a ele; Jesus, por sua vez, ia ao encontro das pessoas, peregrinando de cidade em cidade, numa vida itinerante. Sua voz era ouvida nas sinagogas e no Templo; noutras ocasiões, Ele falava às multidões, reunidas em lugares desertos ou à beira do lago de Genesaré. Acompanhavam-no os Apóstolos, fiéis seguidores, e as santas mulheres que demostravam sincera afabilidade e generosidade. Após o sepultamento do Mestre, elas foram, justamente, as primeiras a irem ao túmulo para lhe prestar homenagem. Ao chegarem, notaram que ele estava vazio, porém, à sua entrada, guardando o recinto, um anjo, que as tranquilizava: “Não temais! Sei que vós estais procurando Jesus, o Crucificado. Ele não está aqui, ele ressurgiu, conforme havia dito”. Anúncio da vitória da vida, realidade escondida, qual casulo, no

Reflexão do Evangelho – Domingo, 16 de abril

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Jo 20,1-9 – A Ressurreição de Jesus.       Entre os Apóstolos e discípulos do Mestre reinava o desalento. Teria sido Ele abandonado por Deus? Por que, tão jovem e portador de esperança para tantas pessoas, teria Ele sido submetido a uma morte tão desonrosa? Alguns deles, desiludidos, deixavam a cidade de Jerusalém, retornando às suas vilas. Seria Ele de fato o Messias esperado? O que fazer? A derrota era irremediável, seus sonhos de glória caíam por terra e um profundo amargor buscava dominar seus corações.        Mas eis que no primeiro dia da semana, bem cedo, Maria Madalena e algumas outras mulheres vão ao túmulo de Jesus. Embora o sol ainda não tivesse raiado, sua luz bruxuleante permitia-lhes notar que algo tinha acontecido. Aproximando-se, elas percebem que a pedra tinha sido removida, e, lançando um olhar para dentro do sepulcro, veem que ele estava vazio, mas não totalmente: as faixas de linho conservavam a forma do corpo de Jesus; prova de que algo acontecera.

Reflexão do Evangelho - Sexta-feira, 14 de abril

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Jo 18,1 - 19,42 - Paixão de Jesus             Estava Jesus em oração, quando se ouvem, descendo de Jerusalém e subindo o monte das Oliveiras, os passos dos que irão prendê-lo. Prostrado em terra, “Ele ora com mais insistência ainda e o suor se lhe tornou semelhante a espessas gotas de sangue que caiam por terra”. Indo aos discípulos, Pedro, Tiago e João, que “estavam à distância de um arremesso de pedra”, como que à procura de companhia e conforto, Ele os vê dormindo e lhes diz: “Dormi agora e repousai”. Na realidade, tomados pelo cansaço, Pedro e os demais Apóstolos se deixam vencer pelo torpor do sono. Jesus se sente só e deverá sozinho enfrentar a sua hora. Ao retornar à oração, de seus lábios brotam murmúrios de uma alma aflita: “Abba, Pai, se possível afaste de mim este cálice”. Num fio de voz, ao contrário de Adão, Ele exclama: “Entretanto, não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres... Não a minha vontade, mas a tua”. É a entrega total do Filho ao amor do

Reflexão do Evangelho - Quinta-feira Santa, 13 de abril

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Jo 13,1-15 - Última Ceia                     Ao cair da tarde, Jesus entrou na cidade de Jerusalém, pedindo a Pedro e João que fossem à casa de “alguém” e lhe dissessem que o Mestre ia celebrar lá a Páscoa com os seus discípulos. Quando Jesus chega, tudo já está preparado: no andar de cima, uma ampla sala, pronta, varrida e sobre a mesa alguns pratos com o pão ázimo, as jarras de vinho e as taças. Na hora da ceia, segundo a tradição, todos se estendem sobre pequenos leitos baixos: João ao lado do Mestre, Pedro na frente e Judas não muito distante. Através de hinos e orações, aquele momento sagrado foi perpetuado pela Igreja nascente e será motivo de inspiração para grandes mestres como Giotto e Leonardo da Vinci. A páscoa era celebrada por família; Jesus a celebra com seus discípulos. Durante a ceia, Ele anuncia solenemente que o “tempo” está próximo e, com o coração palpitante de amor, faz o seu último e mais íntimo discurso, que o Evangelista introduz com as palavras

Reflexão do Evangelho – Terça-feira, 11 abril e quarta-feira, 12 de abril

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Jo 13, 21-33.36-38 e Mt 26, 14-25 - Anúncio da traição de Judas       A declaração de Jesus: “Um de vós me entregará”, inscreve-se no coração mesmo da última ceia. Justamente pela sua imprecisão, suas palavras trazem inquietação e perplexidade a todos, pois cada um deles é marcado tanto pela graça divina, como também, simultaneamente, pelo pecado. Daí o fato de os Apóstolos se entreolharem e se perguntarem: “Quem será? ”. Sem obterem uma resposta direta, confusos e temerosos, eles notam o olhar triste do Mestre ao pronunciar o salmo: “Aquele que come comigo ergueu o calcanhar contra mim”, e se perguntam, um depois do outro: “Mestre, não sou eu, sou? ”. Como transparece, comenta Orígenes, “Jesus fala, de modo geral, para provar a qualidade de seus corações, deixando claro que os Apóstolos acreditavam mais em suas palavras, que em sua própria consciência”. O Evangelista S. Mateus lembra que também Judas, que o chama de Mestre e não de Senhor, como os demais, perguntou: “Porven

Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 10 de abril

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Jo 12, 1-11 - A unção de Betânia             Pasmos, os convivas veem uma mulher que, durante a refeição, sem dizer uma palavra, se aproxima de Jesus e lava os seus pés com um precioso perfume. O fato de ungir os pés e a cabeça de um convidado era prova de respeito, muito frequente naquela época. Seu gesto, porém, é recriminado, principalmente, por Judas Iscariotes, caracterizado como aquele que, sob o véu da piedade, escondia a intenção de desviar, para outros objetivos, o que era destinado aos pobres. Porém, a pobreza e seus problemas não são enfrentados com a lógica de Judas, bolsa cheia, mas com a lógica do Evangelho, indo ao encontro dos que sofrem e passam por necessidades, para socorrê-los e oferecer-lhes um ombro amigo e fraterno. Nada é alheio ao Senhor. Ele não rejeita, nem condena aquela mulher, dizendo aos presentes: “Deixa-a; que ela o conserve para o dia da minha sepultura”. O gesto da mulher traz à nossa memória o amor gratuito dos pobres, que generosamente s