Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 17 de abril
Mt
28,8-15 – Aparição de Jesus às santas mulheres
João Batista vivia no deserto, lugar do
escatológico novo início, segundo a perspectiva do Êxodo, e pregava aos que
vinham a ele; Jesus, por sua vez, ia ao encontro das pessoas, peregrinando de
cidade em cidade, numa vida itinerante. Sua voz era ouvida nas sinagogas e no
Templo; noutras ocasiões, Ele falava às multidões, reunidas em lugares desertos
ou à beira do lago de Genesaré. Acompanhavam-no os Apóstolos, fiéis seguidores,
e as santas mulheres que demostravam sincera afabilidade e generosidade.
Após
o sepultamento do Mestre, elas foram, justamente, as primeiras a irem ao túmulo
para lhe prestar homenagem. Ao chegarem, notaram que ele estava vazio, porém, à
sua entrada, guardando o recinto, um anjo, que as tranquilizava: “Não temais!
Sei que vós estais procurando Jesus, o Crucificado. Ele não está aqui, ele
ressurgiu, conforme havia dito”. Anúncio da vitória da vida, realidade escondida,
qual casulo, no interior da morte, início de um novo tempo, primícias da
consumação dos séculos. Nesse sentido, exclama Melitão de Sardes: “Ressuscitando
dos mortos, Jesus ressuscitou também a humanidade das profundezas do sepulcro”.
O sol projetava seus primeiros raios de
luz, as santas mulheres, sem compreenderem bem o significado das palavras do
anjo, com os olhos marejados de lágrimas, temem que o corpo do Senhor tenha
sido levado pelos soldados. Mas sempre compreensivo e bondoso, o próprio Jesus “sai
ao encontro delas, dizendo-lhes: alegrai-vos. Reconhecendo-o, elas se aproximam
dele, abraçam-lhe os pés, e se prostram diante dele”. A tristeza desaparece,
dando imediato lugar à alegria e à gozosa adoração; lugar de dor e de
lamentação, o sepulcro se torna expressão de esperança e de conforto. Então,
apressadamente, com lágrimas de alegria, elas partem para dar a boa-nova aos
Apóstolos e transmitir-lhes a mensagem do Senhor: “Anunciai a meus irmãos que
se dirijam para a Galileia; lá me verão”.
Ao
saber do sucedido, os chefes dos sacerdotes, no intento de impedir a divulgação
do fato, fruto da ação gratuita e benevolente de Deus, subornam os guardas, para
dizerem que, enquanto dormiam, os discípulos tinham roubado e escondido o corpo
de Jesus. No entanto, por cima da colina, já brilhava uma claridade, sempre
mais luzente, branca e radiante: era a presença do Ressuscitado, que inaugurava
seu Reino de infinita misericórdia, presente lá onde sua missão é reconhecida como
serviço de amor, sentido decisivo da vida humana, força eficaz para reunir, numa
única comunidade futura, todos os povos.
+Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
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