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Mostrando postagens de julho, 2014

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 54-58 Jesus em Nazaré - Sexta-feira 01 de Agosto

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 54-58 Jesus em Nazaré Sexta-feira 01 de Agosto               Jesus encontra-se na sinagoga de sua cidade. Os habitantes de Nazaré estão atentos às suas palavras, pois muitos tinham ouvido falar a respeito dos seus ensinamentos e dos milagres realizados por Ele. Jesus perscruta os corações e, percebendo a incredulidade enraizada no coração de seus ouvintes, no desejo de tocá-los e levá-los à conversão, num tom mais severo, diz que nenhum profeta é ouvido em sua própria terra, nem é reconhecido pelos seus parentes. Palavras duras e enérgicas. Ao contrário, acrescenta Ele, os gentios demonstram mais fé em Deus do que os escolhidos de Israel, e exemplifica: Elias foi enviado a uma viúva, em Sarepta, na região da Sidônia, enquanto tantas outras viviam em Israel e, no tempo do profeta Eliseu, “havia muitos leprosos em Israel, todavia, nenhum deles foi curado, a não ser o sírio Naamã”. Suas palavras soam ofensivas, pois os judeus julgavam os gentios, ist

Reflexão do Evangelho Mt 13, 47-53 - A parábola da rede - Quinta-feira 31 de Julho

Reflexão do Evangelho Mt 13, 47-53 - A parábola da rede Quinta-feira 31 de Julho        Diferentemente das parábolas anteriores, que falavam do tempo presente, esta parábola refere-se ao futuro, ao julgamento final. Jesus evoca cenas da pesca no lago, tão familiares aos Apóstolos, e fala da rede de arrastão, que recolhe todos os tipos de peixes. Só depois de alcançarem a terra firme, os pescadores separam os peixes, bons e maus. Da mesma forma, na Terra Prometida da Bem-aventurança, o Filho de Deus irá separar uns para a salvação, na feliz eternidade do Reino de Deus, outros para a condenação. Mas o objetivo de Jesus não é descrever sistemas apocalípticos, mas sim realçar, graças à descrição do futuro, a importância de se viver bem no momento presente. A expressão “ser lançado nas trevas” não sugere um lugar ou espaço físico, mas quer simplesmente expressar o fato de se estar fora da luz ou fora da vida feliz em Deus. A parábola sublinha que o Reino está aberto para todos, e e

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 44-46 - As parábolas do tesouro e da pérola - Quarta-feira 30 de Julho

  Reflexão do Evangelho de Mt 13, 44-46 - As parábolas do tesouro e da pérola Quarta-feira 30 de Julho        O Reino de Deus e o mundo novo que há de vir inauguram-se com a pregação de Jesus, que reúne ao seu redor os que se convertem e vivem a Lei nova do amor e da misericórdia. Essa mensagem é anunciada a todos e não conhece privilégios. Dirigindo-se às pessoas simples da Galileia, Jesus destaca que mesmo as realidades frágeis e precárias desta terra adquirem um novo sentido à luz do mistério de sua encarnação, pela qual reconhecemos que Ele se tornou um de nós, para que nós nele nos tornemos o que Ele é. Em outras palavras, todos os homens podem alcançar a bem-aventurança da Terra Prometida do Reino de Deus, comparado por Jesus a um tesouro enterrado, descoberto de modo fortuito. Quem o encontra, com alegria, vai e vende tudo o que possui para comprar o campo. O mesmo acontece com o negociante que, “ao achar uma pérola de grande valor, vai e vende tudo o que possui e a co

Reflexão do Evangelho de Jo 11, 19-27 - Ressurreição de Lázaro - Terça-feira 29 de Julho

Reflexão do Evangelho de Jo 11, 19-27 - Ressurreição de Lázaro Terça-feira 29 de Julho        Nenhuma obra humana carece totalmente da luz de Deus, pois mesmo em meio às trevas e à culpa do homem um raio da luz divina não deixa de resplandecer. Assim, apesar de suas incertezas e inseguranças, aquele que aceitou a mensagem cristã não vaga a esmo, porque ele entrevê no seu coração, para além do mistério, o vulto misericordioso do Senhor. Este não lhe é estranho, pois nele brilham centelhas de sua luz, causa de tudo quanto existe de bom, justo e verdadeiro, em todas as culturas e povos. S. Justino fala da semente da Verdade, presente em todo coração humano, caminho que conduz a Cristo, “o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira” (Ap 3,14), em quem o cristão experimenta, banindo o medo e o horror da solidão, a beleza e a alegria da eterna comunhão espiritual.        Mas alguns amigos da Judeia trouxeram a notícia de que Lázaro estava gravemente enfermo. Apesar de os Apóstolos temerem

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 31-35 - As parábolas do grão de mostarda e do fermento - Segunda-feira 28 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 31-35 - As parábolas do grão de mostarda e do fermento Segunda-feira 28 de Julho        Através de breves histórias, as parábolas, o Senhor fala às pessoas de boa vontade. Nesse sentido, Ele compara o crescimento da vida espiritual ao processo lento e progressivo de maturação na natureza, dando como exemplos o grão de mostarda e o fermento colocado na farinha para fermentá-la. Palavras simples e acessíveis para dispor os ouvintes, diz S. Jerônimo, “a receber o grão da pregação da Palavra e a se nutrir com a fé, de modo que o pequeno grão germine e cresça no campo de seus corações”. Nas margens do mar de Genesaré, seus ouvintes veem, diante de si, um arbusto de três metros de altura. O pequeno grão tornou-se uma árvore frondosa, com bela ramagem e fortes galhos, “a tal ponto que as aves dos céus se abrigam em seus ramos”. As aves simbolizam, no dizer de S. Hilário de Poitiers, “os Apóstolos, os quais se dividem e se espalham a partir do poder de

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 44-46 - As parábolas do tesouro e da pérola - Domingo 27 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 44-46 - As parábolas do tesouro e da pérola Domingo 27 de Julho        O Reino de Deus e o mundo novo que há de vir inauguram-se com a pregação de Jesus, que reúne ao seu redor os que se convertem e vivem a Lei nova do amor e da misericórdia. Essa mensagem é anunciada a todos e não conhece privilégios. Dirigindo-se às pessoas simples da Galileia, Jesus destaca que mesmo as realidades frágeis e precárias desta terra adquirem um novo sentido à luz do mistério de sua encarnação, pela qual reconhecemos que Ele se tornou um de nós, para que nós nele nos tornemos o que Ele é. Em outras palavras, todos os homens podem alcançar a bem-aventurança da Terra Prometida do Reino de Deus, comparado por Jesus a um tesouro enterrado, descoberto de modo fortuito. Quem o encontra, com alegria, vai e vende tudo o que possui para comprar o campo. O mesmo acontece com o negociante que, “ao achar uma pérola de grande valor, vai e vende tudo o que possui e a compra”. A

Reflexão do Evangelho de Mt 20,20-28 - Pedido da mãe dos filhos de Zebedeu - Sexta-feira 25 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 20,20-28 - Pedido da mãe dos filhos de Zebedeu Sexta-feira 25 de Julho               A expectativa era grande. Os Apóstolos aguardavam a qualquer momento a manifestação do Reino de Deus. Com um olhar sereno, porém triste, Jesus fala de sua morte e ressurreição: “O Filho do Homem será entregue aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado. Mas no terceiro dia ressuscitará”. Absorvidos em seus pensamentos de glória, os discípulos não o entenderam bem e a mãe de João e Tiago pressente em suas palavras o anúncio da iminência da realização messiânica. Por isso, omemn HH pede-lhe que “seus dois filhos se assentem um à direita e outro à esquerda” em seu Reino. A mãe fez o pedido, mas são os filhos que recebem a resposta. Há uma ambição a ser corrigida. Aliás, não é a primeira nem a última vez que o Evangelho sublinha o desejo de precedência. Ora, estar com Ele na glória é viver, desde agora, o abandono total na renúncia a si mesmo. Escreve S. João

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 1-23 - Parábola do semeador - Quarta-feira 23 de Julho, Quinta-feira 24 de Julho e Sábado 26 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 1-23 - Parábola do semeador Quarta-feira 23 de Julho, Quinta-feira 24 de Julho e Sábado 26 de Julho         A Bíblia é a declaração solene de que Deus, após a queda do pecado, não abandonou o mundo. A vinda do Filho Unigênito evidencia o seu amor inquebrantável pela humanidade e o seu desejo de restabelecer a harmonia entre os homens e a natureza, entre o mundo e o Criador. Antes do relato da parábola, o texto fala que Jesus saiu de casa e sentou-se junto ao mar, sugerindo assim sua vinda ao mundo, “para estar, pela sua Encarnação, mais próximo a nós” (S. João Crisóstomo). Aliás, já no início da parábola, Jesus se refere a si mesmo como “o semeador que saiu a semear”, ou seja, Ele é aquele que veio lançar a semente da Palavra em todos os corações, desejando que neles ela crie raízes e produza frutos de amor e de misericórdia. Nesse sentido, S. Cirilo de Alexandria diz “ser Jesus o verdadeiro Semeador, que comunica a nós, terra boa, a boa semente d

Reflexão do Evangelho de Jo 20, 1-2.11-18 - Aparição às santas mulheres - Terça feira 22 de Julho

Reflexão do Evangelho de Jo 20, 1-2.11-18 - Aparição às santas mulheres Terça feira 22 de Julho               João Batista pregava só quando um grupo de pessoas se reunia ao seu redor, Jesus, por sua vez, vai ao encontro das pessoas, peregrinando de cidade em cidade. Numa vida itinerante, Ele ia às cidades e aldeias e sua voz era ouvida nas sinagogas e no Templo; noutras ocasiões, Ele falava às multidões, reunidas em lugares desertos ou sobre belas colinas e mesmo à beira do lago de Genesaré. Acompanham-no os Apóstolos, fiéis seguidores, e as santas mulheres que os serviam com os seus bens. Elas mostravam-se silenciosas, de grande afabilidade e generosidade, exprimindo, assim, seu agradecimento pelo muito que tinham recebido do Senhor. Após o sepultamento do Mestre, as mulheres serão as primeiras a irem ao túmulo para lhe prestar homenagem. Chegando, veem a pedra retirada e debruçando sobre o túmulo, constatam que estava vazio. À sua entrada, guardando o recinto, um anjo as ex

Reflexão do Evangelho de Mt 12,38-42 - O sinal de Jonas - Segunda-feira 21 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 12,38-42 - O sinal de Jonas Segunda-feira 21 de Julho                 Jesus veio para oferecer a Salvação e a Redenção à humanidade. Suas palavras causavam estranheza às autoridades da época, pois Ele considerava o amor a Deus e aos homens, incomparavelmente, mais importante do que as múltiplas tradições e prescrições humanas. Presença do amor benevolente do Pai, Jesus quer estabelecer uma nova e eterna aliança com os homens. A resposta à sua oferta é consentimento e abandono total ao seu desígnio salvador. Ora, os escribas e fariseus, em sua incredulidade, não confiam em suas palavras e revelam certa aversão, que bem pode refletir uma ponta de inveja, porque até então eles se tinham como único padrão e critério da verdade e da ortodoxia. Não obstante isso, eles lhe pedem um sinal do alto. A resposta de Jesus, serena e desafiadora, remete-os ao profeta Jonas, que Ele apresenta como figura de sua morte e ressurreição. O povo de Nínive, descrito em se

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 24-30 - Semente boa e má - Domingo 20 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 24-30 - Semente boa e má Domingo 20 de Julho        Às voltas com a discussão sobre o fim dos tempos, os fariseus indagam Jesus sobre o Reino de Deus. Ele responde: “O Reino de Deus não vem de maneira visível, não se pode dizer ‘Ei-lo aqui’, ou Ei-lo ali’ ... porque o Reino de Deus está próximo, está dentro de vós”. Para explicitar, Jesus utiliza imagens extraídas do mundo rural e conta-lhes uma parábola: “O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo” e quer ele durma, quer esteja acordado, de noite e de dia, a semente germina e cresce. Mas “enquanto dormiam, veio o inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se embora”. É a parábola do joio. Jesus alerta que se tentarem separar, imediatamente, o joio do trigo toda a colheita pode ser prejudicada e mesmo destruída. Só mais tarde, após o crescimento de ambos.   De uma maneira singela, Jesus fala da realização dos planos de Deus, que semeou, em nossos corações, a

Reflexão do Evangelho de Mt 12, 14-21 - Jesus é “o servo de Deus” - Sábado19 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 12, 14-21 - Jesus é “o servo de Deus” Sábado19 de Julho                 Na interpretação da lei do sábado, Jesus coloca em causa não só a sua observância, mas a questão da vinda do Messias. Os fariseus esperavam um Messias glorioso e cheio de poder.  Por outro lado, os profetas o apresentavam humilde e perseguido. O profeta Isaías o descreve como o “Servo sofredor de Javé”. S. João Crisóstomo observa que “o testemunho de Isaias sobre Jesus é citado para aliviar o peso da hostilidade dos fariseus e, igualmente, revela que Ele deveria vir na humildade, trazendo paz”.        A figura do Servo sofredor assinala a importância de sua vida e de sua morte, pois ungido pelo Espírito de Amor e, em comunhão perfeita com Deus Pai, ele veio para oferecer a Redenção e a Salvação à humanidade. Nesse sentido, ele não só exerce uma atividade essencial para o futuro dos homens, mas, mais do que ninguém, representa-nos junto de Deus e, com seu testemunho, assegura-nos

Reflexão do Evangelho de Mt 12, 1-8 - A colheita das espigas - Sexta-feira 18 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 12, 1-8 - A colheita das espigas Sexta-feira 18 de Julho  O Sábado encerra o ritmo sacro da semana com um dia de encontro cultual e de repouso para todos, escravos e livres. Ele é, particularmente, um dia reservado à oração e à meditação, alimentos necessários à alma, e também ocasião para celebrar a bondade de Deus e a grandeza de sua obra criadora. Mas havia aqueles que o consideravam de modo muito estrito, e exigiam a sua observância em todo seu rigor. Estes são os escribas e fariseus, que ficam escandalizados quando veem os discípulos de Jesus, movidos pela fome, desrespeitar o sábado, colhendo milho para comer.   Diante do protesto dos fariseus, Jesus pergunta-lhes: “Não lestes o que fez Davi num dia em que teve fome, ele e seus companheiros, como entrou na casa de Deus e comeu os pães da proposição?” Ora, um dos rituais do Templo na época de Jesus era o dos doze pães da proposição, colocados no altar e substituídos todos os sábados por outros

Reflexão do Evangelho de Mt 11, 28-30 - Vinde a mim todos os que estais cansados - Quinta-feira 17 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 11, 28-30 - Vinde a mim todos os que estais cansados Quinta-feira 17 de Julho                 Um dia, voltando-se para os peregrinos que o acompanhavam, disse-lhes Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo”. A expressão “fardo” ou “jugo” era, aliás, muito empregada pelos judeus para exprimir a submissão a Deus. Assim, eles se referem ao fardo da lei, dos mandamentos e ao jugo do Reino. No Evangelho, Jesus diz que o seu “jugo é suave”, o que para o leitor grego significa um jugo “bem ajustado”, “adequado”. As exigências que pesavam sobre a conduta religiosa e moral, isto é, as prescrições que provinham da Lei divina, dos oráculos proféticos, também das doutrinas dos mestres e das autoridades religiosas, seriam adequadas aos que buscavam a santidade de vida e se dispunham a segui-lo.        “Vinde a mim”, exclama Jesus, mostrando que o seu jugo ou fardo, antes de se traduzir em lei ou prescrições, é uma relação pessoal

Reflexão do Evangelho de Mt 12,46-50 - Os verdadeiros parentes de Jesus - Quarta-feira 16 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 12,46-50 - Os verdadeiros parentes de Jesus Quarta-feira 16 de Julho          O amor e o respeito de Jesus para com sua mãe e parentes são inquestionáveis. Maria e seus irmãos desejam vê-lo, mas a multidão que o rodeava era grande e eles não conseguem chegar até Ele. Os discípulos notam a presença deles e avisam Jesus. Sem desprezar seus parentes, Ele aproveita a ocasião para conduzir seus ouvintes ao essencial da sua missão: seu relacionamento com o Pai celestial. Por isso, elevando a voz, Ele dirige-se a todos e fala-lhes da filiação divina. É a filiação espiritual, pertença à família de Deus, da qual se participa pela fé. Maria não a desconhece. Já no milagre das bodas de Caná, situando-se na ordem da fé, ela revela serena confiança em seu Filho ao dizer aos serventes: “Façam tudo o que Ele mandar”. S. Agostinho, meditando sobre essa passagem, exclama: “A nobreza do nascido se manifestou na virgindade da mãe, e a nobreza da mãe na divindade do nasc

Reflexão do Evangelho de Mt 11, 20-24 - Ai de ti, Corazim! - Terça-feira15 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 11, 20-24 - Ai de ti, Corazim! Terça-feira15 de Julho          Fatos prodigiosos foram realizados em Corazim e Betsaida sem, no entanto, suscitar em seus habitantes a consciência de culpa e, por conseguinte, o reconhecimento do pecado e de sua situação real diante de Deus. Eles não se sentem responsáveis e, muito menos, sujeitos a uma punição pelo mau uso da liberdade. Em sua inesgotável paciência, Jesus dirige-lhes um forte apelo à conversão. Não obstante, eles permanecem surdos e impenetráveis às suas palavras. Não creem nele. Por isso, destaca Santo Hilário de Poitiers: “Apesar de os cegos verem, os surdos ouvirem, os paralíticos caminharem, os mortos ressuscitarem, eles não foram despertados à fé”. Rejeitam não só a pregação dos Apóstolos, enviados em missão, mas as próprias palavras de Jesus. A indiferença é grande.          Na tentativa de levá-los à fé e a abrirem seus corações à misericórdia divina, Jesus refere-se às cidades de Tiro e Sidôn

Reflexão do Evangelho de Mt 10, 34-11,1 - Jesus causa divisões - Segunda-feira 14 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 10, 34-11,1 - Jesus causa divisões Segunda-feira 14 de Julho                   Pasmos, ouvimos as palavras: “Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada”. Na realidade, Jesus leva uma vida itinerante, mas não vagueando pelo mundo ao léu, sem saber o que lhe aguardava. Com objetivos claros, Ele segue um desígnio e de modo lúcido, em perfeita comunhão com o Pai, quer realizá-lo. A firmeza das palavras e a clareza dos ensinamentos mostram sua vontade de cumprir uma missão, muitas vezes, anunciada por Ele como presença eficaz da misericórdia divina. As palavras do Mestre assustam e enchem de medo os seus discípulos, pois compreendem que aquela é a hora de decisão, da qual eles não podem escapar. Ao dizer que não veio trazer a paz, mas espada, Ele declara que sua mensagem e seus ensinamentos não permitem delongas, mas urgem uma decisão por Ele. Porém, tudo depende da real liberdade de cada um. Ele não força, mas espera que seus

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 1-23 - Parábola do semeador - Domingo13 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 1-23 - Parábola do semeador Domingo13 de Julho            A Bíblia é a declaração solene de que Deus, após a queda do pecado, não abandonou o mundo. A vinda do Filho Unigênito evidencia o seu amor inquebrantável pela humanidade e o seu desejo de restabelecer a harmonia entre os homens e a natureza, entre o mundo e o Criador. A própria parábola do semeador, ao dizer que Jesus saiu de casa e sentou-se junto ao mar, indica a sua vinda ao mundo, “para estar, pela sua Encarnação, mais próximo a nós” (S. João Crisóstomo). Aliás, já no início da parábola, Jesus se refere a si mesmo como “o semeador que saiu a semear”, ou seja, Ele é aquele que veio lançar a semente da Palavra em todos os corações, desejando que neles ela crie raízes e produza frutos de amor e de misericórdia. Nesse sentido, S. Cirilo de Alexandria diz “ser Jesus o verdadeiro Semeador, que comunica a nós, terra boa, a boa semente da Palavra e cuja messe são os frutos espirituais”.      

Reflexão do Evangelho de Mt 10, 24-33 - Falar abertamente e sem temor - Sábado 12 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 10, 24-33 - Falar abertamente e sem temor Sábado 12 de Julho                   Após exortar os discípulos a testemunhar o Evangelho, com o risco da própria vida, Jesus repete por quatro vezes: “Não tenhais medo”. Sem jamais titubear, eles deverão manter-se firmes na fé e na alegria da esperança, pois a fidelidade deles na “confissão de fé” corresponderá à fidelidade de Jesus em reconhecê-los na glória celestial.          A seguir, visando fortalecê-los em sua missão apostólica, o Mestre descreve quatro antíteses, cujo objetivo é inculcar-lhes a certeza de que a verdade acabará prevalecendo, pois “nada há de encoberto que não venha a ser revelado, oculto que não venha a ser conhecido”. Ademais, o que lhes foi ensinado na intimidade da vida apostólica, eles irão proclamar, com força e sem temor, a todos e publicamente. Eles nada têm a temer. O mesmo se diga dos sofrimentos suportados na sombra dos calabouços ou das salas de tortura, pois, graças à pro

Reflexão do Evangelho de Mt 10, 16-23 - Os missionários serão perseguidos - Sexta-feira 11 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 10, 16-23 - Os missionários serão perseguidos Sexta-feira 11 de Julho          Os discípulos não deveriam alimentar ilusões: a missão que Jesus lhes confiava teria momentos de alegria e de convivência com aqueles que acolheriam a sua mensagem, também momentos de perseguição e de ódio por causa do seu nome. Na realidade, como hão de proclamar a mesma mensagem que Ele, com palavras e ações, eles deverão estar preparados para receber igual reação dos seus inimigos. Por isso, alerta-os o Mestre: “Eis que vos envio como ovelhas entre lobos”. Não obstante, firmes e confiantes, eles não têm nada a temer, importante é perseverar até o fim, porque “pela vossa constância alcançareis a vossa salvação”.             Certamente, até os discípulos mais corajosos tremeram diante das palavras do Mestre. Porém, para consolá-los, Ele manifesta, logo a seguir, sua ternura e seu carinho: “Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar,

Reflexão do Evangelho Mt 10, 1-15 - A missão dos Doze - Quarta-feira 09 de Julho e Quinta-feira 10 Julho

Reflexão do Evangelho Mt 10, 1-15 - A missão dos Doze Quarta-feira 09 de Julho e Quinta-feira 10 Julho                     Certa feita, Jesus participava de uma festa de casamento e, alertado por sua mãe, percebe o constrangimento do dono da casa, pois acabara o vinho. O modesto banquete não chegara ainda ao fim e para que o responsável não se envergonhasse e os convivas não se entristecessem, Ele irá manifestar, pela primeira vez, o seu poder. Após mandar encher de água grandes talhas de pedra, Ele pede que deem daquela água ao mestre-sala para provar. Surpreso, este diz ao noivo: “Todos servem o melhor vinho no começo da festa, mas tu o reservaste para o final”. O fato impressiona vivamente os discípulos, que tinham deixado as redes sem hesitar para segui-lo. Mais tarde, Jesus irá escolher, dentre eles, doze Apóstolos, que “envia a proclamar o Reino de Deus e a curar”, recomendando-lhes nada levar consigo, pois os quer livres de todo apego aos bens materiais e de toda preocupa

Reflexão do Evangelho de Mt 9, 32-38 - A cura de um endemoninhado - Terça-feira 08 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 9, 32-38 - A cura de um endemoninhado Terça-feira 08 de Julho                   Ouvindo suas palavras, muitos exclamavam: “Ele fala com autoridade”. Agora, ao verem os milagres e a ação benevolente de Jesus, diziam em alta voz: “Nunca se viu coisa semelhante em Israel! ”. No entanto, os doutores da Lei e escribas, rejeitando-o, replicam que Ele expulsava os demônios de comum acordo com “príncipe deles”, Beelzebu. Com a cura do endemoninhado encerra-se a descrição das obras e dos milagres de Jesus. Destaca-se também a interpretação malévola de seus inimigos, que “vieram de Jerusalém” enviados pelos guardiões da Lei de Moisés, preocupados com a ortodoxia e a crença do povo simples. Fechados em suas convicções, eles não medem esforços para salvaguardar a tradição e proteger o povo dos ensinamentos daquele Homem, proveniente da Galileia. Apesar disso, sua fama se espalhava pouco a pouco por toda parte e Ele era seguido continuamente por uma multidão.

Reflexão do Evangelho de Mt 9, 18-26 - Cura da hemorroíssa e ressurreição da filha de Jairo - Segunda 07 de Julho

Reflexão do Evangelho de Mt 9, 18-26 - Cura da hemorroíssa e ressurreição da filha de Jairo Segunda 07 de Julho          Jesus olha em derredor e pergunta: quem me tocou? Pedro volta-se e vê o Senhor, no meio de uma multidão, levado pelas pessoas, que se acotovelam ao seu redor, perguntando-lhe: quem me tocou? Como saber? Ao ouvir a pergunta, assustada, uma mulher se prostra aos pés de Jesus e confessa ter sido ela. “Ela sofria de um fluxo de sangue fazia doze anos”, e tinha se aproximado dele por detrás e tocado a orla de suas vestes, pois dizia consigo: “Será bastante que eu toque a sua veste e ficarei curada”. As palavras seguintes de Jesus nos consolam e despertam em nós profunda confiança. Com carinho, o Senhor lhe diz: “Ânimo, minha filha, a tua fé te salvou”.  E ela, libertada, no meio do vivaz burburinho da multidão, afasta-se em paz, com o coração agradecido.          Com grande frequência, Jesus manifesta o seu poder, “que habitando em seu corpo, observa S. Hilário,