Reflexão do Evangelho de Mt 13, 54-58 Jesus em Nazaré - Sexta-feira 01 de Agosto

Reflexão do Evangelho de Mt 13, 54-58 Jesus em Nazaré
Sexta-feira 01 de Agosto
      
       Jesus encontra-se na sinagoga de sua cidade. Os habitantes de Nazaré estão atentos às suas palavras, pois muitos tinham ouvido falar a respeito dos seus ensinamentos e dos milagres realizados por Ele. Jesus perscruta os corações e, percebendo a incredulidade enraizada no coração de seus ouvintes, no desejo de tocá-los e levá-los à conversão, num tom mais severo, diz que nenhum profeta é ouvido em sua própria terra, nem é reconhecido pelos seus parentes. Palavras duras e enérgicas. Ao contrário, acrescenta Ele, os gentios demonstram mais fé em Deus do que os escolhidos de Israel, e exemplifica: Elias foi enviado a uma viúva, em Sarepta, na região da Sidônia, enquanto tantas outras viviam em Israel e, no tempo do profeta Eliseu, “havia muitos leprosos em Israel, todavia, nenhum deles foi curado, a não ser o sírio Naamã”. Suas palavras soam ofensivas, pois os judeus julgavam os gentios, isto é, os estrangeiros como pessoas distantes de Deus e, por conseguinte, excluídas da Aliança divina. “Diante destas palavras, todos na sinagoga se enfureceram”.
Jesus não se intimida e declara-os cegos diante da misericórdia de Deus e de seu plano redentor para todas as nações. Com efeito, considera Orígenes, “Ele acabara de ler uma profecia sobre a salvação realizada pelo Messias. Salvação que irrompia no mundo através do seu ministério. Era o ano da graça e do perdão do Senhor”. Ao rejeitá-lo, a população leva-o a não realizar milagres, conforme comenta S. Ambrósio, “para não pensarmos que sejamos constrangidos pelo amor à pátria. Na realidade, aquele que amava todos os homens não podia deixar de amar os seus concidadãos, mas eles mesmos, comportando-se de modo invejoso, renunciaram o amor à pátria”. Pois bem. Doravante, como declara S. Cirilo de Alexandria, “Jesus iria se reportar aos pagãos, que o acolheriam e seriam curados de sua lepra”.   


Dom Fernando Antônio Figueiredo, ofm

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