Reflexão do Evangelho do dia 09 de Junho de 2013
Domingo – 09 de junho
Lc 7, 11-17: Ressurreição do filho da
viúva de Naim
Qual é nossa reação diante da dor e
dos sofrimentos de nossos semelhantes? Jesus é tocado, diz-nos o Evangelho, no
mais profundo de seu coração e sente compaixão. De fato, dois cortejos
encontram-se, um seguindo o enterro do filho de uma viúva e outro acompanhando o
Senhor. A morte e a vida. O evangelista destaca aspectos comoventes: o morto é
um jovem, filho único de uma viúva. Vendo-a, Jesus “ficou comovido e disse-lhe:
‘não chores’”. Da sensação ao sentimento, verdadeira expressão da humanidade de
Jesus. Ele é verdadeiramente homem, e homem de coração. Movido em suas
entranhas, Jesus tem piedade daquela mulher. Mais do que simples compaixão
humana, é a imensa ternura de Deus diante da miséria humana. Manifestação da
misericórdia divina. E Jesus a demonstra diante da multidão, como também diante
do cego de Jericó. É a compaixão do Bom Samaritano, como também do pai diante
do filho pródigo.
A misericórdia divina toma a dianteira, antes
mesmo que a fé peça o milagre. “Observa, escreve S. Cirilo de Alexandria, como ele
une milagre a milagre. No primeiro caso, na cura do servo do centurião, ele
atende a um convite, mas aqui ele se avizinha sem ser convidado. Ninguém lhe pediu
para trazer à vida o morto, mas ele o faz por iniciativa própria”.
A ressurreição do filho da viúva revela
a realidade divina de Jesus, nosso Salvador. Ele o ressuscita mediante uma simples palavra:
“Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” O verbo levantar-se nos remete à Ressurreição
de Jesus (1Cor 15,4; At 3,15). Igualmente o fim dos tempos (Lc 20,37) e também a
ressurreição espiritual realizada “pelo despertar” do batismo e da confissão
sacramental. Escreve S. Ambrósio: “Mesmo se há pecado grave, do qual não podeis
vos lavar por vós mesmos pelas lágrimas do arrependimento, por vós a Igreja como
mãe chora e intercede por todo filho como a mãe viúva por seus filhos únicos,
sobretudo, ao ver seus filhos tragados pela morte por causa dos vícios
funestos”.
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