Reflexão do Evangelho de Domingo 02 de agosto

Reflexão do Evangelho de Domingo 02 de agosto
Jo 6, 24-35 - Jesus em Cafarnaum

        Jesus e os Apóstolos entram na cidade de Cafarnaum, “Caphar” que significa campo, “naum” consolação ou formoso.  A pregação de Jesus não é uma palavra abstrata ou simplesmente informativa. Por isso, ao ouvi-lo, muitos ficaram “extasiados, pois ensinava com autoridade (ecsousia) e não como os escribas”. “Ele ensinava, observa S. Jerônimo, como Senhor, não se apoiando em outra autoridade superior, mas a partir de si mesmo”. Justamente por essa razão, os escribas, que vieram de Jerusalém, o acusam de falta de respeito pela “tradição dos pais” e contestam o direito de Ele se contrapor à Lei. Sábio, manso, cheio de amor, Jesus não os rebate, nem se justifica.  
Ademais, pasmos, os escribas ouvem a multidão, proveniente de Tiberíades, narrar com entusiasmo o milagre da multiplicação dos pães e perguntar a Jesus, com certa familiaridade: “Rabi, quando chegaste aqui? ” Sua resposta não é menos surpreendente. Desejando levar seus ouvintes a viver a Lei do Evangelho, sem destruir a antiga Lei, Ele responde: “Vós me procurais, não por terdes visto sinais, mas porque comestes dos pães e vos saciastes”. De fato, no deserto, nem todos tinham reconhecido a multiplicação dos pães como um milagre, mas apenas como um meio de matar a fome.

As perguntas se alternam. Outros, maravilhados com as obras realizadas por Jesus, procuravam saber o que Ele realmente desejava deles ou o que deviam fazer para “trabalhar nas obras de Deus”. Sua resposta é imediata e simples: “A obra de Deus é que vós creiais naquele que Ele enviou” e que compreendais que há algo mais do que o alimento ou o bem-estar físico. E para que não houvesse dúvida, Ele acrescenta: “Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna”. Refere-se certamente aos seus ensinamentos, e particularmente ao “pão do céu”, ao “pão da vida”, a Ele mesmo, que se dá plenamente a nós na Eucaristia.  

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