Reflexão do Evangelho de Domingo 19 de julho
Reflexão do Evangelho
de Domingo 19 de julho
Mc 6, 30-34 – Urgência
da missão
A
multidão proveniente de diversas cidades segue Jesus, não permitindo que Ele e
os Apóstolos tenham sossego e consigam cultivar o recolhimento e o silêncio,
dedicando-se à meditação. Embora deseje uma formação mais particular dos
Apóstolos, Jesus não se sente incomodado ou perturbado com os que vêm ao seu
encontro, pois aqueles que o procuram parecem movidos mais por uma pobreza
interior do que por uma fé esclarecida. São como ovelhas sem pastor.
Vendo-os,
Jesus “ficou tomado de compaixão por eles”. Evidencia-se aqui a origem da
missão apostólica: o coração misericordioso de Jesus, que “veio não para ser
servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos”. Assim como outrora
Deus libertou Israel da escravidão e dele fizera “seu povo”, Jesus congrega “os
filhos dispersos da Terra”, sobre os quais resplandece a soberania de Deus, que
é sempre fiel à sua aliança.
No
entanto, em sua peregrinação terrena, o novo povo de Deus vive essa aliança de
modo fragmentário, pois no seu interior estão presentes tanto os justos como também
os pecadores, que são convocados a percorrer o caminho da conversão e da
renovação. Animando-os, a esperança, promessa da fidelidade e da misericórdia
de Deus, que é sem limites. O sim de Deus perdura apesar de nossa fraqueza e
transgressão.
Nesse quadro, a queda não
é vista como uma catástrofe humana, que conduz à desilusão e ao rompimento
irremediável da aliança com Deus. Se Jesus não deixa de criticar a dureza de
coração, Ele é o coração novo prometido pelos profetas, que, em sua
condescendência benévola, abre as portas do perdão para o pecador arrependido e
disposto à conversão. Assim, na misericordiosa aplicação da Lei, há sempre para
nós um novo início, um novo caminho e uma nova esperança. Jesus não justifica o
pecado, mas sim o pecador, que se converte e assume a novidade de sua vida na
soberana liberdade de Deus, que é amor.
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