Reflexão do Evangelho Sexta-feira 31 de julho
Reflexão do Evangelho
Sexta-feira 31 de julho
Mt 13, 54-58 - Jesus em
Nazaré
Jesus
encontra-se na sinagoga de sua cidade. Os habitantes de Nazaré estão atentos às
suas palavras, pois muitos tinham ouvido falar a respeito dos seus ensinamentos
e dos milagres realizados por Ele. Jesus perscruta os corações. Percebendo a incredulidade
enraizada no coração dos ouvintes, no desejo de tocá-los e levá-los à
conversão, diz que nenhum profeta é ouvido em sua própria terra, nem é
reconhecido pelos seus parentes. Palavras duras e enérgicas. Para espanto
deles, segundo S. Marcos, Ele acrescenta que os gentios demonstram mais fé em
Deus do que os escolhidos de Israel, e exemplifica: Elias foi enviado a uma
viúva, em Sarepta, na região da Sidônia, enquanto tantas outras viviam em
Israel e, no tempo do profeta Eliseu, “havia muitos leprosos em Israel,
todavia, nenhum deles foi curado, a não ser o sírio Naamã”.
Suas palavras despertam
a indignação dos seus conterrâneos, que julgavam os gentios, isto é, os
estrangeiros como pessoas distantes de Deus e, por conseguinte, excluídas da
Aliança divina. Imediatamente, um murmúrio de protesto se espalhou pelos que
estavam na sinagoga, que, enfurecidos, se ergueram contra Ele. Jesus não se
intimida. Declara-os cegos diante da misericórdia de Deus e do seu plano
redentor para todas as nações, segundo a profecia que Ele tinha acabado de ler.
Orígenes lembra-nos que, “com Ele, a salvação irrompia no mundo. Através do seu
ministério, iniciava-se o ano da graça e do perdão do Senhor”.
Ao rejeitá-lo, a população leva-o a não
realizar milagres, “a não ser algumas curas de enfermos”, para não pensarmos,
diz S. Ambrósio, “que ele fosse constrangido pelo amor à pátria. Na realidade,
aquele que amava todos os homens não podia deixar de amar os seus concidadãos,
mas eles mesmos, comportando-se de modo invejoso, renunciaram o amor à pátria”.
Pois bem. Doravante, como declara S. Cirilo de Alexandria, “Jesus iria se reportar
aos pagãos, que o acolheriam e seriam curados de sua lepra”.
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