Reflexão do Evangelho de Segunda-feira 27 de julho
Reflexão do Evangelho
de Segunda-feira 27 de julho
Mt 13, 31-35 - As parábolas
do grão de mostarda e do fermento
Através
de breves histórias, as parábolas, o Senhor fala às pessoas de boa vontade. Nesse
sentido, Ele compara o crescimento da vida espiritual ao processo lento e
progressivo de maturação na natureza, dando como exemplos o grão de mostarda e
o fermento colocado na farinha para fermentá-la. Palavras simples e acessíveis
para dispor os ouvintes, diz S. Jerônimo, “a receber o grão da pregação da
Palavra e a se nutrir com a fé, de modo que o pequeno grão germine e cresça no
campo de seus corações”.
Nas margens do mar de
Genesaré, seus ouvintes veem, diante de si, um arbusto de três metros de
altura. O pequeno grão tornou-se uma árvore frondosa, com bela ramagem e fortes
galhos, “a tal ponto que as aves dos céus se abrigam em seus ramos”. As aves simbolizam,
no dizer de S. Hilário de Poitiers, “os Apóstolos, os quais se dividem e se espalham
a partir do poder de Jesus”. Como o fermento, eles irão promover o crescimento
do Reino de Deus a partir da Palavra proclamada ou, no dizer de S. João
Crisóstomo, “eles irão difundir progressivamente por toda a massa a mensagem do
Evangelho”.
Apesar dos meios serem
simples, semente e fermento, os resultados se apresentam extraordinários. Assim,
instruídos pelo Senhor e inspirados por Ele, os discípulos são orientados a
conceber a difusão do Reino de um modo discreto e singelo. A concepção dos
judeus era bem diferente: eles esperavam a vinda do Reino como manifestação grandiosa
e estupenda do poder de Deus. Ao invés, Jesus concebe a instauração do Reino
como uma transformação interior, escondida e silenciosa, totalmente estranha à concepção
vigente na época.
Pequeno e humilde em
seus inícios, o Reino se estenderá a todos os povos, representados
alegoricamente pela bela árvore do grão de mostarda, que acolherá em seus
galhos “as aves do céu, que neles se abrigam”. A pequenez do grão e a pequena
quantidade de fermento ressaltam por sua vez o triunfo da grandeza de Deus. Nesse
sentido, dirá S. Paulo: “Pois quando sou fraco, então é que sou forte” (2Cor
12,10).
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