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Mostrando postagens de maio, 2014

Reflexão do Evangelho de Mt 28,16-20 - Ascensão do Senhor - Domingo 01 de Junho

Reflexão do Evangelho de Mt 28,16-20 - Ascensão do Senhor Domingo 01 de Junho          A Ascensão, fato testemunhado pelos Apóstolos, coloca todo o Evangelho e a missão de Jesus sob o signo da alegria e do retorno ao Pai.  Jesus parte para junto do Pai, para a realidade de Deus. S. Gregório de Nazianzo, comentando a ascensão, proclama que Jesus, “com sua morte, vivifica e destrói a morte. Sepultado, ele ressuscita e ascende aos céus, de onde virá julgar os vivos e os mortos”. Também nós, no poder de Jesus, retornamos ao Pai, como peregrinos a caminho da feliz comunhão eterna com Ele. No mistério da Encarnação, nossa humanidade foi assumida pelo Filho de Deus. A submissão divina, kénosis , não é diminuição de sua divindade, mas manifestação do seu inefável amor por todas as criaturas. Pela humanidade do Filho, somos santificados e triunfa em nós a vida divina, pois “Deus se fez portador da carne, para que o homem pudesse tornar-se portador do Espírito” (S. Atanásio). Há uma int

Reflexão do Evangelho de Lc 1,39-56 - Visitação de Nossa Senhora - Sábado 31 de Maio

Reflexão do Evangelho de Lc 1,39-56 - Visitação de Nossa Senhora Sábado 31 de Maio                               Nessa passagem do Evangelho, ao iniciar o relato com a expressão “naqueles dias”, S. Lucas designa os acontecimentos primordiais, remetendo seus leitores às origens da fé. Igualmente, destaca a prontidão, disposição constante de Maria, refletida no fato de ela ir imediatamente à casa de Isabel para servi-la. S. Bento comenta: “Maria vai no passo alegre da obediência e na agilidade do temor de Deus”. A mesma ideia é frisada por S. Ambrósio ao dizer: “Maria é movida pela alegria de servir, levada pela piedade em cumprir seu dever de parente e pela pressa do júbilo. Repleta de Deus, como não alcançaria vivamente os cumes da caridade? O dom do Espírito Santo ignora toda demora! ”          Maria parte com a prontidão da caridade. Abrem-se os olhos interiores de Isabel e ela vislumbra uma luz que ninguém poderá obscurecer. A criança em seu seio estremece e “Isabel ficou c

Reflexão do Evangelho de Jo 16, 16-23 - Anúncio de um breve retorno - Quinta-feira 29 de Maio e Sexta-feira 30 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 16, 16-23 - Anúncio de um breve retorno Quinta-feira 29 de Maio e Sexta-feira 30 de Maio                    O tempo está vencido, aproxima-se a hora de sua partida para junto do Pai. Um silêncio constrangedor domina o ambiente em que os Apóstolos se encontram. Ouve-se unicamente a voz do Mestre que os alerta: “Chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará”. Porém, para confortar seus amigos, Ele acrescenta: “Mas a vossa tristeza se transformará em alegria”. Confusos e inseguros, tais palavras soavam para eles como um enigma. Jesus reconhece que eles permanecem ao seu lado só por causa do afeto do coração. Só mais tarde, eles irão compreender que Jesus aludia à necessidade de passar pela morte para chegar à ressurreição; referia-se à lei pascal, inserida no coração de todos os que o amam e o seguem, de modo que a morte corporal, ao invés de ser o fim último, é a porta de entrada para a feliz e eterna morada de Deus. Os acordes dessa alegria e

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 12-17 - Amai-vos como eu vos amei - Quarta-feira 28 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 12-17 - Amai-vos como eu vos amei                                                                                                                                     Quarta-feira 28 de Maio          Na última Ceia, Jesus realiza a união de seus seguidores com Ele, o Filho de Deus encarnado. Precisamente assim, para perpetuar sua presença entre aqueles que o amam, Ele toma o pão e o vinho e diz: “Isto é o meu Corpo, este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de mim”. Antes, num gesto que surpreendeu a todos, cingiu-se de uma toalha e lavou os pés dos Apóstolos, recomendando que também eles lavassem os pés uns dos outros. Inicia-se o mistério de sua entrega total ao Pai para a redenção da humanidade. O reino do amor é instaurado e a escravidão do pecado e da morte é dissolvida. Na cruz, de suas chagas brota nova vida para toda a humanidade; e de seus braços abertos e transpassados refulge a luz do perdão e do verdadeiro amor, que ilumina a t

Reflexão do Evangelho de Jo 16, 5-11- A vinda do Espírito Santo - Terça-feira 27 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 16, 5-11- A vinda do Espírito Santo Terça-feira 27 de Maio                             Pelos caminhos da Galileia e da Judeia, os Apóstolos acompanham Jesus e se sentem unidos a Ele: “A vida, a alegria e a festa deles é Cristo, luz da luz do Pai” (Isaac de Nínive). Mas agora, as palavras de Jesus tinham o sabor de uma despedida. A tristeza apoderou-se dos Apóstolos. Se até aquele momento, Ele falava em nome de todos, chegou a hora de Ele partir e serão os Apóstolos que terão de testemunhar e de falar em seu nome. Os Apóstolos, porém, não permanecerão desamparados. O Espírito, que estava junto a eles na pessoa de Jesus, estará interiormente presente neles, iluminando-os e conduzindo-os à verdade plena. A ida do Senhor corresponde à vinda do Espírito Santo, que os capacitará a testemunhar a missão do Senhor, selada com sua morte por amor.          A missão de Jesus tinha chegado ao seu termo, mas um longo caminho seria percorrido pelos seus seguidores

Reflexão do Evangelho de Jo 15,26-16,4 - Quando vier o Paráclito, ele dará testemunho de mim - Segunda-feira 26 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 15,26-16,4 - Quando vier o Paráclito, ele dará testemunho de mim Segunda-feira 26 de Maio          Na noite da refeição pascal, reunido com os Apóstolos, Jesus fala do Espírito que Ele enviará de junto do Pai, o Espírito da Verdade e que os consolará e dará testemunho dele. Como Ele, também seus seguidores irão passar pelo batismo do sofrimento e serem perseguidos. Se até aquele instante, o Espírito estava junto deles, após a sua partida, Ele virá aos seus corações para iluminá-los e fortalecê-los no testemunho que darão a favor dele diante dos tribunais do “mundo”. Nada deverá desanimá-los. Ele não os deixará órfãos, “porque, diz Jesus, estais comigo desde o começo”. Palavras de amizade e de carinho. amigas e compreensivas. O sSeu desejo é que eles não fiquem abalados nem aflitos, mas perseverem no testemunho.       Os antigos valorizavam o testemunho dado em favor de quem apresentava uma mensagem. Assim Moisés é acolhido p

Reflexão do Evangelho de Jo 14, 15-21 - O Espírito da Verdade - Domingo 25 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 14, 15-21 - O Espírito da Verdade D omingo 25 de Maio                                                O êxodo de Jesus, sua subida para o Pai pela cruz e ascensão, irá provocar a descida do Espírito Santo. A ressurreição de Jesus é concebida por S. João como o início da comunicação do divino Espírito, que só virá aos discípulos, interiormente, após a sua ascensão. Então, Ele rogará ao Pai que lhes mande outro Consolador que permanecerá com eles para sempre. Este Consolador é o Espírito da Verdade, “que o mundo não pode acolher, porque não o vê nem o conhece”. Mas “vós, diz Jesus, o conheceis, porque ele permanece convosco” e está em vós, e não vos abandonará jamais.          Receber o Espírito, diz S. Gregório de Nazianzo, é “ser purificado como o ouro no fogo”. Por outro lado, a sua não acolhida leva à impiedade para com os pais, à rejeição a Deus, à violência, à inveja, ao roubo, à ganância, em suma, ao desrespeito ao Decálogo, pois se instala no

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 18-21- Os discípulos e o mundo - Sábado 24 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 18-21- Os discípulos e o mundo Sábado 24 de Maio                                      Após sua partida, seus discípulos deviam passar pelo mesmo batismo do sofrimento e beberem do mesmo cálice da dor. Por isso, com palavras de carinho e afeto, Jesus procura fortalecê-los e animá-los. Não irá abandoná-los, em breve Ele voltará. Cabe aos Apóstolos permanecerem unidos, assim como “eu e o Pai, diz Ele, somos um só”, pois só assim o mundo crerá que Ele foi enviado pelo Pai, que ama a todos. Diante destas palavras, eles compreendem que, ao comunicar a Palavra do Pai, Jesus os torna participantes das riquezas divinas, particularmente, da unidade dele com o Pai. Se eles fossem do “mundo” e estivessem sujeitos a ele, então o mundo os acolheria. “Se fôsseis do mundo, diz-lhes o Mestre, o mundo amaria o que era seu; mas porque não sois do mundo e minha escolha vos separou do mundo, o mundo, por isso vos odeia”. A melhor tradução aqui seria: “vos rejeita”. De

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 12-17: Amai-vos como eu vos amei - Sexta-feira 23 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 12-17: Amai-vos como eu vos amei Sexta-feira 23 de Maio                             No cair da tarde da quinta-feira, antes de sua Paixão, após abranger com seu olhar os Apóstolos, que se reuniam ao seu redor na santa Ceia, Jesus lhes anuncia um mandamento novo. Comovidos, eles o ouvem dizer: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. É a implantação do reino do amor, vitória sobre a escravidão do pecado e da morte. Sereno, com voz tranquila, Jesus continua a lhes falar: “Pois justamente por isto todos reconhecerão que vós sois meus discípulos, se houver o amor entre vós”. Palavras apenas compreendidas no dia seguinte, ao verem na cruz do Calvário, Jesus, de braços abertos, perdoando seus algozes e prometendo ao ladrão o paraíso. De suas chagas brotam fachos de luz, que iluminam o caminho para a reconciliação de todos os homens com o Pai.  “Este é o dia que o Senhor fez para nós”, canta o salmista (Sl. 117,24), “um dia muito diferente daqueles qu

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 9-11: Assim como o Pai me amou, também eu vos amei - Quinta-feira 22 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 9-11: Assim como o Pai me amou, também eu vos amei Quinta-feira 22 de Maio                   Jesus não apresenta aos homens uma nova doutrina, nem um insólito projeto social. Simplesmente, Ele revoluciona a relação do homem com Deus, falando-nos não de um divino anônimo, mas mostrando-nos a face humana de Deus, um Deus que nos ama a ponto de dar a vida por nós. S. Irineu exclama: “Como poderia o homem ir a Deus, se Deus não tivesse vindo ao homem? Como libertaria o homem de seu nascimento de morte se não fosse regenerado na fé com um novo nascimento?” A boa notícia de Jesus fala justamente de seu amor para conosco e da vocação sublime do homem, que nele encontra o espaço de sua liberdade e de sua deificação, palavra esta utilizada pelos Padres da Igreja para designar a sua adoção e imortalidade em Deus.          De início, os Apóstolos não entenderam bem as suas palavras, chegando Judas Tadeu a perguntar-lhe: Senhor, por que te manifestas a nós

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 1-8 - A verdadeira vide - Quarta-feira – 21 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 1-8 -  A verdadeira vide Quarta-feira – 21 de Maio                             Atentos, os Apóstolos ouvem Jesus que, sem traços de legalismo, lhes fala de uma fé vivida concretamente. Como costumava fazer, Ele extrai os exemplos da vida do dia-a-dia, visando atingir todo o ser do homem. Assim, sem recorrer a ideias abstratas, Ele utiliza a alegoria da videira, que para os judeus sugeria a ideia de paz e de felicidade, simbolizando muitas vezes a comunidade de Israel. Os discípulos se sentem surpresos por Ele não se referir à vinha, mas a uma vide, ou seja, a um pé de uva. Ele assim o faz para que eles mais facilmente possam visualizar a união de tronco e ramos, pois seu desejo é tornar ainda mais concreta a união entre Ele e os discípulos, representados pelo tronco e os ramos. A imagem oferece claramente a ideia de circulação da vida divina, que proveniente de Cristo se transfunde a todos os que acolhem a sua palavra e aderem à sua pessoa.     

Reflexão do Evangelho de Jo 14, 27-31: A paz eu vos deixo, a minha paz vos dou - Terça-feira – 20 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 14, 27-31: A paz eu vos deixo, a minha paz vos dou Terça-feira – 20 de Maio                                       A vida humana desenvolve-se sob o signo da possibilidade mais do que da necessidade. Pois o homem é um ser livre, que sempre poderá modificar o ponto de partida de seu agir, conferindo-lhe a marca de “autenticidade”. Mas ele é também livre para optar pelos seus objetivos e realizações. Enfim, a liberdade o define e lhe confere caráter de criatura humana. Daí a importância de ele estabelecer comunhão e diálogo para um discernimento reto e justo e para alimentar a esperança, que lhe descortina horizontes sempre novos. Caso contrário, ele pode enveredar-se para o egoísmo ou para a arrogante e irracional negação da esperança eterna. S. Agostinho fala da angústia e da fragilidade do caminhar humano. É a precariedade da vida. Meditando sobre ela, Agostinho experimenta a mão misericordiosa de Deus, único uno e indefectível, tocando-o e convocan

Reflexão do Evangelho de Jo 14, 21-26: Quem tem meus mandamentos - Segunda–feira – 19 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 14, 21-26: Quem tem meus mandamentos Segunda–feira – 19 de Maio          Já era noite, Jesus ceava com os seus apóstolos, momento de familiaridade e intimidade. De repente, dirigindo-se aos discípulos, suas palavras adquirem o sabor de uma despedida: “Meus filhinhos, diz Ele: “Ainda um pouco de tempo e o mundo não mais me verá... mas quem tem meus mandamentos e os observa é que me ama... eu o amarei e a ele me manifestarei”. Pasmos e emocionados os Apóstolos o ouvem e, após um tempo de silêncio, “Judas, não o Iscariotes, pergunta: Senhor, por que te manifestas a nós e não ao mundo?” De fato, Jesus não deixava “Tábuas da Lei”, como Moisés, nem qualquer outro escrito, mas, como herança, permanecia apenas um pequeno grupo de seguidores. Por isso, com razão, os chefes do Sinédrio julgavam que, com a sua morte, eles estariam extirpando o movimento iniciado por Jesus. Devemos agir quanto antes, pensavam eles, a árvore será arrancada, antes mesmo que ela pos

Reflexão do Evangelho de Jo 14, 1-12 - Eu sou o caminho, a verdade e a vida - Sábado 17 de Maio e Domingo 18 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 14, 1-12 - Eu sou o caminho, a verdade e a vida Sábado 17 de Maio e Domingo 18 de Maio                    Jesus é o caminho para o Pai. Caminho prefigurado pelo povo de Israel, que atravessou o deserto conduzido por Moisés para chegar à Terra Prometida. No tempo presente, com “nossos olhos agora iluminados pelo colírio da fé”, como escreveu Santo Agostinho, somos conduzidos não por Moisés, mas pelo Divino Mediador, pois diz Jesus: “Ninguém vem ao Pai a não ser por mim”. Por meio de Jesus, Deus veio ao mundo para buscar “a ovelha desgarrada” e, quando o Filho se eleva ao Céu, “apresenta ao Pai a humanidade reencontrada” (Santo Irineu). Eis o objetivo da vinda de Jesus: reconciliar-nos com Deus, para que nele encontremos a imortalidade e possamos atingir nossa plena realização. Graças ao sangue precioso de Cristo, tornamo-nos criaturas renovadas, livres de todo pecado, pois, realizada em Jesus, a obra redentora acontece em nossa vida.          Jesus

Reflexão do Evangelho de S. Jo 14, 1-6 – Não se perturbe o vosso coração - Sexta-feira 16 de Maio

Reflexão do Evangelho de S. Jo 14, 1-6 – Não se perturbe o vosso coração Sexta-feira 16 de Maio                             O sol brilhava na manhã de quinta-feira, quando Jesus pediu aos Apóstolos para prepararem a ceia pascal. Ele desejava celebrar a Páscoa com os seus discípulos, dando a esta última festa um sentido todo particular. No crepúsculo daquele dia, Ele entra na cidade de Jerusalém e dirige-se à sala preparada para a ceia. Após terem ceado, Ele se volta para os Apóstolos e com carinho, buscando confortá-los e tranquilizar sua consciência ainda perturbada pela questão: “Seria eu o traidor? ”, diz-lhes: “Não se perturbe o vosso coração”. O tom de sua voz é suave, pois Ele não quer deixá-los angustiados e inseguros. Suas palavras alusivas à sua morte os tinha amedrontado, e agora, ao ouvi-lo, pressentem estar Ele se despedindo. Por isso, para consolidar em seus corações a fé a esperança, Ele diz: “Crede em Deus... e também crede em mim”. Equivalência, que só encontra r

Reflexão do Evangelho de Jo 13, 16-20: O servo não é maior do que seu Senhor - Quinta-feira 15 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 13, 16-20: O servo não é maior do que seu Senhor Quinta-feira 15 de Maio                             No momento solene da última ceia, Jesus lembra que não só ali, mas em qualquer outra ocasião, os discípulos deviam abolir todo tipo de ambição. Reunidos em volta da mesa, eles partilham os alimentos e sentem-se irmanados. A imagem da refeição ou do banquete era muito querida por Jesus, que a utiliza em algumas parábolas e é apresentada como sinal de comunhão na vida futura. Para significar a humildade e o serviço, Jesus, inesperadamente, levantou-se e, após depor o manto e cingir-se com uma toalha, pôs-se a lavar os pés dos Apóstolos, dizendo-lhes: “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais”. Se eu vos lavei os pés, eu, que sou o vosso Mestre, muito mais vós deveis lavar os pés uns dos outros. Mais tarde, esta passagem será utilizada contra a ambição daqueles que buscavam honrarias na Igreja, ao invés do serviço.  Já o dia ia

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 9-17: Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. - Quarta-feira – 14 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 15, 9-17: Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. Quarta-feira – 14 de Maio                                      A fonte e o modelo do nosso amor fraterno é Jesus. Ele próprio proclama: “Se praticais o que vos ordeno, vós sois meus amigos”. Compromisso de aliança e de união. À primeira vista, parece-nos que mandamento e amor são estranhos um ao outro. Porém, o amor de Jesus não é mero sentimento, é expressão do seu coração aberto na cruz e expressa sua generosa e gratuita doação de vida, no cumprimento da vontade do Pai. Pasmos, reconhecemos que, em sua doação gratuita e irrevogável, o nosso amor fraterno se transforma em sacramento de Cristo, um “outro Cristo”, no dizer de S. João Crisóstomo.  E, no esplendor da bondade divina, os limites mais altos de nossos desejos são superados, pois somos introduzidos pelo Crucificado na grandeza de sua doação: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”. Compartimos o fluxo do am

Reflexão do Evangelho de Jo 10, 22-30: Jesus se declara Filho de Deus - Terça-feira – 13 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 10, 22-30: Jesus se declara Filho de Deus Terça-feira – 13 de Maio                                                É a festa da Dedicação do Templo em recordação à sua reconquista por Judas Macabeu, no ano 164 a.C.  Jesus encontra-se, justamente, “andando sob o pórtico de Salomão” e suas palavras perturbavam tanto os judeus quanto os gregos, que viam nele um simples mortal, inspirado por Deus. Outros atribuíam a Ele uma mera aparência humana. A curiosidade é grande, não menos a maldade presente em seus corações. Os Evangelhos descrevem-no como um homem comum, que conheceu a alegria e a dor, a tentação e a morte, tornando seus “a carne e o sangue”, no dizer de Santo Irineu, mas também a inteligência, a vontade e a consciência humana. Os judeus o rodeiam e lhe perguntam se Ele é ou não de fato o Messias. E se o é porque então Ele se apresenta igual a Deus, pois a figura do Messias supõe um rei terrestre, que iria estabelecer um reino de justiça e de paz.

Reflexão do Evangelho de Jo 10, 11-18: O bom Pastor dá a vida por suas ovelhas - Segunda-feira – 12 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 10, 11-18: O bom Pastor dá a vida por suas ovelhas Segunda-feira – 12 de Maio                            O tema da vida pastoril é comum ao povo judaico. Já no princípio da história bíblica, Deus é chamado de Pastor. Também os patriarcas e os próprios reis recebem o título de “pastor”. No Evangelho, Jesus descreve o seu ministério em termos de pastoreio e, na hora de sua morte, ele se compara ao Cordeiro imolado e ao pastor separado das ovelhas pela morte violenta. No texto, ora considerado, em oposição ao mercenário, ele declara ser o bom Pastor, pronto a dar a vida por suas ovelhas, enquanto o mercenário, à chegada do lobo, foge e abandona o rebanho. Ao invés, entre o bom Pastor e as ovelhas, medram profundos vínculos de comunhão, que nos remetem à sua união com o Pai: “Eu conheço a minhas ovelhas e elas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai”. A inter-relação entre o Pai e o Filho se estende ao conhecimento recíproco existente entre

Reflexão do Evangelho de Jo 10, 1-10: O Bom Pastor - Domingo – 11 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 10, 1-10: O Bom Pastor Domingo – 11 de Maio                                                         A imagem de Deus como pastor tem suas raízes na cultura aramaica, que precedeu os patriarcas de Israel. Os arameus eram nômades, em meio a uma civilização pastoril, em que o pastor caracterizava-se como chefe e amigo, forte para defender o rebanho dos assaltos de ladrões e feras, suave e delicado para cuidar das ovelhas e levá-las em seus braços caso se desgarrassem. No Antigo Testamento, Deus é denominado Pastor de seu povo e, nos Evangelhos, Jesus se apresenta como o bom Pastor, que arrisca sua vida para procurar e salvar a ovelha desgarrada. Embora não dê o título de pastor aos que o seguem, Jesus descreve o seu ministério, como também o de seus seguidores, sob os traços misericordiosos e solícitos do pastor que cuida de suas ovelhas e afadiga-se em buscar a ovelha perdida. À noite, ele as recolhe num espaço comum e, de manhã, chamando-as individua

Reflexão do Evangelho de Jo 6, 60-69: Esta palavra é dura - Sábado – 10 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 6, 60-69: Esta palavra é dura Sábado – 10 de Maio                                               A última parte do discurso sobre o “Pão da Vida”, Jesus a inicia com o solene “em verdade, em verdade, vos digo”. Reafirmando o que dissera, Ele proclama ser o Pão da Vida, “que desce do céu para que não morra quem dele comer”. Apesar do tom firme e tranquilo de sua voz, os discípulos ficam estupefatos com que ouviam. O Mestre fixa seus olhos neles e, com um olhar desconsolado, vê quão distantes eles ainda estão de seus ensinamentos. Mas Ele não esmorece. Com grande paciência e carinho, Ele volta a ensiná-los, proporcionando-lhes mais um tempo para crescerem interiormente. No tocante aos escribas e fariseus, Ele constata neles uma profunda resistência, pois não conseguem admitir o anúncio do Evangelho da graça e da misericórdia. Seus corações estão frios e indiferentes. O Senhor então lança um novo desafio, buscando transformá-los em seu modo de pensar e ag

Reflexão do Evangelho de Jo 6, 44-67: Jesus, Pão da vida eterna - Quinta- feira 08 de Maio e Sexta-feira 09 de Maio

Reflexão do Evangelho de Jo 6, 44-67: Jesus, Pão da vida eterna Quinta- feira 08 de Maio e Sexta-feira 09 de Maio                 A figura de Jesus perturbava os judeus, principalmente, os escribas e fariseus, provocando as mais diversas reações. Apesar das dúvidas que os atormentava, movidos pelo amor e iluminados pela fé, os Apóstolos reconhecem, naquele peregrino errante, o Messias. Entre seus seguidores, há os que acolhem a sua palavra, mas há também os que se escandalizam e rejeitam as suas ideias. Dessa vez, inclusive seus discípulos, todos estavam perplexos e, alguns deles, cochichavam: “Estas palavras são difíceis demais; quem pode entendê-las?” Jesus acabara de afirmar: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós”. O constrangimento é geral. Os adversários, com a sutileza costumeira, querem aproveitar o momento e desenvolver entre os seguidores de Jesus a semente da dúvida. Daí a pergunta: “Como este homem pode dar-no