Reflexão do Evangelho do dia 03 de Março de 2013
Domingo – 03 de março
Lc 13, 1-9: Convite à conversão
No Evangelho de hoje, Jesus
refere-se a um dos incidentes ocorridos com seus ouvintes judeus. Pilatos
perpetrara um crime no próprio Templo profanando o lugar sagrado de adoração a
Deus. Jesus aproveita esse fato para lançar um convite à conversão. Conta-lhes
uma parábola ensejando despertar os discípulos para o fato de que ainda resta
algum tempo, embora limitado. Eles devem aproveitá-lo para “produzir dignos
frutos de penitência”. Convoca-os à renovação de vida. É a parábola da figueira
estéril, na qual ele destaca o “tempo da visita”, tempo de sua presença,
essencial para chegar a Deus. Porém, o
tempo já praticamente passou, não podemos nos demorar. Na sua breve passagem,
nossa resposta deve ser imediata e incondicional.
A
figueira escreve S. Agostinho, “significa o gênero humano”, pois, em Jesus,
todas as pessoas são convocadas a uma vida nova, no amor e na misericórdia de
Deus. A parábola fala do viticultor que, após três anos, não encontrando
frutos, pensa em cortá-la. “Todavia, um homem compassivo” - continua S.
Agostinho – “intercede junto a ele, para que cave ao redor e coloque adubo, o
que indica paciência e humildade. Esperemos os frutos, pensa ele. Como, porém,
só uma parte dará frutos, outra não, virá o dono e a dividirá. Que significa
dividi-la? O fato de que há bons e maus, unidos no momento presente num único
corpo”.
Na literatura bíblica, “permanecer
sob a vinha ou sob a figueira” era sinal de paz e de bem-estar físico e social,
também espiritual, graças à meditação nutritiva das Escrituras. Por isso, o
fato de a figueira secar constituía para Israel símbolo temível de
infelicidade. E S. Cirilo de Jerusalém lembra que, ao contar esta parábola,
Jesus “justamente deseja que produzamos bons frutos. Que não nos ocorra o que
se deu com a figueira estéril, cortada e lançada fora”. Um apelo nos é feito.
Apressemo-nos, antes que venha o fim, e, pela nossa conversão, reconheçamos
Cristo como Senhor e Messias.
Dom
Fernando Antônio Figueiredo, OFM
Comentários
Postar um comentário