Reflexão do Evangelho do dia 18 de Março de 2013
Segunda-feira
– 18 de março
Jo 8, 12-20:
Jesus, luz do mundo
No Templo, Jesus e os
Apóstolos comemoram a festa dos Tabernáculos, festa de água e luz, quando então
se acendiam gigantescos candelabros. À multidão, que lá se encontrava, ele proclama
solenemente: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas
terá a luz da vida”. Jesus é o sol nascente que veio iluminar os que jazem nas
trevas. Ou, nas palavras de Simeão, ele é a luz que iluminará todas as nações
(Lc 2,32). Importa acolhê-la e segui-la. No monte Tabor, os Apóstolos a
contemplaram, já antevendo “o mistério do oitavo dia”, anunciado pelo Senhor
para o século futuro. Realizam-se as palavras do salmo: “Na luz de Deus vemos a
luz” (Sl 36,9).
Se
a luz natural expõe a escuridão e revela o que está escondido, a mensagem de
Jesus adequa nossos olhos espirituais à contemplação das verdades divinas. É
luz interior que, ultrapassando os sentidos e a inteligência, permite-nos
atingir “a glória de Deus” ou o que Simeão o Novo Teólogo chama em suas poesias
de “fogo invisível”. Por isso, ao dizer ser a luz do mundo, Jesus também indica
o destinatário de suas palavras, a humanidade inteira.
Ouvindo sua
mensagem, toda inquietude desaparece do nosso coração, não mais tememos o julgamento,
nem nos perturba doravante a preocupação em merecer a salvação. Suas palavras
são confirmadas pelo testemunho do Pai. Diz Jesus: “Não estou só, mas comigo
está o Pai que me enviou”. Diante destas palavras, seus interlocutores
perguntam: “Onde está esse Pai?” A resposta, leva-nos à comunhão perfeita entre
ele e o Pai: “Se me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai”. Eles se
encontram junto ao tesouro do Templo, incapazes, porém, de reconhecer o Pai e o
seu Filho.
O Senhor revela o tesouro do seu amor
e de sua misericórdia. E espera que o acolhamos com confiança e humildade, pois
declara ele, segundo Melitão de Sardes: “Eu sou o vosso perdão, eu sou a Páscoa
da salvação, sou a vossa luz, a vossa ressurreição”. Se há os que preferem as trevas
do pecado, uma certeza nos anima: Jesus jamais deixa de nos oferecer a luz do
seu amor, que ilumina nosso coração e nos leva a confessar e a testemunhar a sua
Palavra, vivida e celebrada, particularmente, no encontro eucarístico.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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