Reflexão do Evangelho do dia 14 de Março de 2013
Quinta-feira – 14 de março
Jo. 5, 31-47: As testemunhas autentificam a missão de Jesus
Jesus fala com autoridade. Para credenciar
suas palavras, ele cita João Batista, Moisés e as Escrituras Sagradas. E indica
um testemunho ainda mais valioso: as obras que o Pai lhe deu a realizar. Elas
atestam a seu favor.
Os opositores recusam aceitar sua
autoridade divina e, dominados pelo orgulho, fecham-se à voz de Deus e não
reconhecem o testemunho que o Pai dá de seu Filho. Firmam-se na convicção de
que a Lei, concedida por Deus, era um dom perfeito, que englobava todas as
manifestações divinas. Ninguém poderia mudá-la. Nem mesmo o Messias. O diálogo entre
o homem e Deus passaria por ela e a sua observância o cumularia de méritos, sua
transgressão lhe traria o castigo e a exclusão da comunidade.
A liberdade soberana de Jesus, em
relação à Lei, causa-lhes admiração. Ele não nega a Lei, não a suprime, mas alarga
seus horizontes até à supremacia do amor. Pasmo, assombro, pois eles são
incapazes de vislumbrar a luz da liberdade e a beleza da verdade anunciada por
Jesus. Ele é a Palavra de Deus, único a revelar Deus de modo seguro. No
entanto, nascidos em uma prisão escura, eles procuram receber “a glória uns dos
outros, diz Jesus, mas não a glória do Deus único” e, consequentemente, não
alcançam a luz de uma paisagem banhada de sol e de inefável alegria. Escreve S.
Cirilo de Alexandria: “A fonte da luz é o Filho único, pois, na unidade
perfeita, reluz nele a luz do Pai”.
Os braços do Senhor se abrem no
desejo de acolher a todos para introduzi-los na suavidade dos benefícios do
amor divino. Seus inimigos esquadrinham as Escrituras buscando vida, mas não a
encontram. No entanto, embora inquietos e nostálgicos, eles não acolhem Jesus,
único que poderá lhes conceder a verdadeira vida, a vida eterna. Seus corações
estão distantes e endurecidos. Não há fé. Eles utilizam a Bíblia, mas
manipulando-a, segundo seus interesses e opiniões, surdos à voz daquele que foi
enviado pelo Pai.
Os que o seguem, tem uma visão corporal, sobretudo,
espiritual de Jesus, que lhes prodigaliza “a luz divina, que brilha em seus
corações e em seus espíritos. Luz sem ocaso, sem mudança, inalterável e jamais
eclipsada” (S. Simão, o Teólogo). A fé deles é sólida, porque se enraíza e se
fortalece no próprio Deus. Pois “o Pai que me enviou, diz Jesus, dá testemunho
de mim” (v.37).
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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