Reflexão do Evangelho de Domingo – 15 de Dezembro
Reflexão do Evangelho
de Domingo – 15 de Dezembro
Mt 11, 2-11: Pergunta
de João Batista e testemunho de Jesus
O encarceramento de João Batista marca o fim
da ordem antiga. Mas as notícias das atividades de Jesus e de seus discípulos,
causaram-lhe certa inquietude, pois eles se mostravam abertos aos pecadores e
anunciavam o restabelecimento do reino de Deus. Enviados por ele, seus
discípulos foram a Jesus, com suas dúvidas, fraquezas e receios, para
perguntar-lhe: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” Penúltimo
ato do Precursor, que na prisão expressa estar passando pela noite da fé. Como
eles, “também nós, destaca S. João Crisóstomo, vamos a Jesus com nossas dúvidas
e incertezas, com o pouco que somos, para que Ele possa completar-nos com a sua
grandeza”.
Pela primeira vez, o
evangelista S. Mateus, fala do ministério de Jesus empregando o termo
“christós”, obras de Cristo, o Ungido, o Servo de Israel, dando continuidade à
revelação de Jesus como o Messias. Antes de receber os discípulos de João, Jesus
cura muitos doentes e dá-lhes o privilégio de presenciar diversos milagres. Ele
sabe muito bem que o testemunho das obras é mais forte que o das palavras. Por
isso, resumindo os termos messiânicos de Isaías, Jesus lhes diz: “Ide contar a
João o que estais ouvindo e vendo, os cegos recuperam a vista, os coxos andam,
os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os
pobres são evangelizados”. Admirado, S. Cirilo de Alexandria vê nessas palavras
“a esplêndida arte da resposta do Salvador: ele não diz simplesmente “sou eu”.
Se o tivesse feito, teria dito a verdade, mas ele os conduz à prova manifestada
pelas suas próprias obras”. Elas confirmam a sua missão, pois, completa S.
Cirilo, “as obras que tinham sido anunciadas nos tempos antigos pelos profetas
se realizaram. Eu faço acontecer coisas que foram profetizadas no passado e vós
mesmos fostes testemunhas delas”.
João
Batista sente-se confirmado em sua pregação e na missão de preparar os caminhos
do Messias. Também seus discípulos não mais necessitam esperar pelo Cristo,
pois Jesus é o caminho aplainado para Deus. É Ele o cordeiro que redimirá o
mundo do seu pecado, tornando a humanidade participante de sua Cruz e,
portanto, de seu Reino e da Felicidade eterna.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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