Reflexão do Evangelho de Quarta-feira – 11 de Dezembro
Reflexão do Evangelho
de Quarta-feira – 11 de Dezembro
Mt 11, 28-30: Vinde a
mim todos os que estais cansados
(Este é o texto
litúrgico para o dia de hoje)
“Vinde
a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo”. Convite dirigido
a todos. A expressão “fardo” ou “jugo” era, aliás, muito empregada pelos judeus
para exprimir a submissão a Deus. Assim, eles se referem ao fardo da lei, dos
mandamentos e ao jugo do reino. No Evangelho, Jesus diz que o seu “jugo é
suave”, o que para o leitor grego significa um jugo “bem ajustado”, “adequado”.
As exigências que pesavam sobre a conduta religiosa e moral, isto é, as
prescrições que provinham da Lei divina, dos oráculos proféticos, também das
doutrinas dos mestres e das autoridades religiosas, seriam adequadas aos que
buscavam a santidade de vida e se dispunham a seguir Jesus.
“Vinde
a mim”, exclama Jesus, mostrando que o seu jugo ou fardo, antes de se traduzir
em lei ou prescrições, é uma relação pessoal que se estabelece entre Ele e os
discípulos. Ele é o sábado do novo Povo de Deus, que lhe concede descanso, pois
seu “fardo é leve e seu jugo é suave”. Atraídos por Ele, seus discípulos o seguem
pelo caminho que os conduz à feliz eternidade do Pai. Mas para não esmorecerem,
Ele se doa como “pão da vida”, dando-lhes as forças sobrenaturais necessárias
para que eles não deixem de ser presença do bem, da justiça e da paz. Então, libertados
da opressão do pecado, livres do mal e da desesperança, eles se tornam
participantes da vida divina.
Ao Bem-amado do “Abba”, doce e humilde de
coração, foram confiados o mistério e a instauração do Reino dos céus, juntamente
com o poder de revelá-lo àqueles, seus fiéis discípulos, que se inscrevessem na
escola do amor “agápico”. Estes encontram o repouso tão ardentemente desejado,
graças à “promessa de Jesus, observa S. Agostinho, que chama a si todos os que
estavam cansados. Talvez, eles esperassem alguma outra recompensa. Em troca, porém,
eles recebem a resposta: Eu vos farei repousar”. Então, eles passam não só do
pecado para a graça, mas também do temor para o amor, pois em Jesus tudo está
presente, tudo é atual e palpitante de vida. Por que temer? Por que se cansar? Em
Jesus, eles encontram o repouso e o segredo da verdadeira e interminável vida.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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