Reflexão do Evangelho - Segunda-feira 26 de Janeiro
Reflexão do Evangelho
Mc 3, 22-30 - Jesus e
Beelzebul (calúnias dos fariseus)
Segunda-feira 26 de Janeiro
Os
milagres realizados por Jesus são “sinais”, manifestações, que ultrapassam o
poder do homem, levando-o à conclusão: ou se crê nele como “vindo de Deus” e
esta é a compreensão de Nicodemos, do cego de nascença e de todos os que
reconhecem nele o Messias esperado. Ou afirma-se um poder que está além do
nosso controle como expressão do fundamento pessoal de nossa culpabilidade. É a
este poder que os escribas, descidos de Jerusalém, se referem ao dizer: “É por Beelzebul,
príncipe dos demônios, que Ele expulsa os demônios”.
O
título Beelzebul liga-se a textos antigos e designa o primeiro dentre os
inimigos de Deus, considerados pelos pagãos como demônios. Ele está à frente e
governa as forças do mal, que constituem um reino em oposição ao reino de Deus.
Daí as palavras de Jesus: “Todo reino dividido contra si mesmo não poderá
subsistir”, pois o poder do Mal estaria combatendo contra si próprio. Assim, as
acusações dos escribas e fariseus resultam absurdas.
Mas o tema central do
presente texto não é a luta entre a luz e as trevas, mas sim a vitória da luz
sobre as trevas, porque quem acolhe Jesus é iluminado pela luz da verdade. Este
nada tem a temer, “pois chegou a ele o Reino de Deus”. Ao contrário, o demônio
é aquele que recusa o amor, é mentiroso e pai da mentira, e os seus seguidores
rejeitam a verdade do amor divino, não pertencem a Deus e abraçam o mal.
Tornam-se cúmplices do Maligno.
A resposta às
acusações dos fariseus é dada pelo próprio Jesus, quando, no dizer de S. João
Crisóstomo, “afirma que expulsar os demônios, como Ele acabara de fazer, é obra
de um poder grandíssimo e sinal da vinda do Reino de Deus”. Ele o expulsa pelo “dedo
de Deus”, ou seja, pelo poder do Espírito divino, nada mais restando do que recolher
os despojos, que “são as ovelhas perdidas da casa de Israel”.
Ao ouvir essas palavras, escribas e fariseus,
unem-se contra Jesus e aliam-se aos inimigos do passado, diz o texto bíblico, que
provocaram a dispersão do povo entre as nações e negaram a ação do Espírito
Santo. Em reação a eles, diz Jesus: “A palavra que eu vos disse, é ela que vos
julgará no último dia”. E, voltando-se para os discípulos, acrescenta: “Se
alguém me ama guardará minha palavra e o Pai o amará, e viremos a ele e faremos
nossa morada nele”.
Comentários
Postar um comentário