Reflexão de Evangelho de segunda-feira 28 de março e terça-feira 29 de março
Reflexão
de Evangelho de segunda-feira 28 de março e terça-feira 29 de março
Mt
28,8-15; Jo 20,11-18 - Aparição às santas mulheres e à Maria Madalena
Após o sepultamento do Mestre, as
mulheres são as primeiras a irem ao túmulo para lhe prestar homenagem. Chegando,
veem a pedra retirada e debruçando sobre o túmulo, constatam que este estava
vazio. À sua entrada, guardando o recinto, um anjo as exorta: “Não temais! Sei
que vós estais procurando Jesus, o Crucificado. Ele não está aqui, ele
ressurgiu, conforme havia dito”.
O sol projetava seus primeiros raios de
luz. Com os olhos marejados de lágrimas, sem compreenderem bem as palavras do
anjo, elas temem que os soldados tenham levado o corpo do Senhor. O próprio
Jesus, compreensivo e bondoso, sai ao encontro delas, dizendo-lhes: “Alegrai-vos!
” Reconhecendo-o, as mulheres se aproximam e prostram-se diante dele, abraçando
seus pés. A tristeza dá lugar à gozosa adoração, elas pregustam as delícias da
Bem-aventurança; e o sepulcro, lugar de dor e de lamentação, torna-se expressão
de esperança e de conforto. Então, com lágrimas de alegria, elas partem apressadamente
para dar a boa-nova aos Apóstolos e transmitir-lhes a mensagem do Senhor: “Anunciai
a meus irmãos que se dirijam para a Galileia; lá me verão”. Mas os inimigos de
Jesus não dão trégua. Ao saber, pelos guardas, do sucedido, os chefes dos
sacerdotes lançam um último e desesperado intento para sufocar a ação gratuita
e benevolente da vontade de Deus. Subornam os soldados. Eles não deviam narrar
a verdade dos fatos, mas desfigurá-los, dizendo, falsamente, “que os discípulos
tinham roubado seu corpo enquanto eles dormiam”. Último vislumbre da maldade
urdida pelos inimigos do Senhor.
Nesse episódio, é ressaltada a
perseverança das santas mulheres. Se os discípulos tinham-se retirado, Maria
Madalena, no entanto, permanecia junto ao túmulo, pois “buscando-o, diz S.
Gregório Magno, ela chorava, e o fogo de seu amor, tornava ainda mais vivo o
desejo de ver seu Senhor desaparecido”. Ao adverti-la de não tocá-lo, porque
não tinha ainda subido ao Pai, Jesus a erige como sinal para seus discípulos:
antes de tocá-lo, é necessário ter uma experiência pessoal e interiorizada de
sua presença. A propósito, observa S. Jerônimo: “Assim como os Apóstolos, também
Maria Madalena devia firmemente crer que, desde já, Ele se encontra estabelecido
à direita do Pai, na glória celestial”.
Dom
Fernando Antônio Figueiredo, OFM
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