Reflexão do Evangelho - Segunda-feira, 28 de novembro
Reflexão
do Evangelho
Segunda-feira,
28 de novembro
Mt
8,5-11 - A cura do servo do centurião
Os
milagres realizados por Jesus são prodígios de bondade e de misericórdia, que
visam atender a necessidade das pessoas e proclamar a libertação do pecado e da
morte. O Senhor os realiza não para satisfazer a exigência, apresentada pelos
doutores da Lei, de mostrar um sinal, que legitimasse sua missão profética, mas
sim para anunciar a inauguração de uma vida nova na verdade do seu amor.
Na
narrativa de hoje, Jesus cura o servo de um centurião romano, que lhe suplicava:
“Meu criado está deitado em casa, paralítico, sofrendo dores atrozes”. Como em
outras ocasiões, constata-se a existência da fé naquele que intercede pelo
doente; não se fala propriamente que a fé seja um pressuposto do milagre, mas
claramente se declara que o milagre é um apelo à fé: a missão de Jesus é,
então, compreendida como chegada do Reino de Deus na vida dos que creem em sua
pessoa. Assim, ao confortar e consolar o centurião, dizendo-lhe: “Eu irei
curá-lo”, segundo S. Agostinho, “o Senhor não quer, simplesmente, entrar na
casa daquele homem. Ele deseja entrar em seu coração”.
Pelas
palavras do centurião se vê que do tamanho de sua fé e de sua confiança em
Jesus só existe a sua humildade, que o leva a declarar, diante da oferta
generosa do Senhor de ir à sua casa: “Senhor, não sou digno de receber-te sob o
meu teto; dize uma palavra e o meu criado ficará curado”. Em Jesus, ele
experimenta que Deus o ama e gratuitamente vem ao seu encontro, com bondade,
amor e misericórdia. Por isso, diz S. João Crisóstomo, “o centurião confiava,
cheio de esperança, que seu servo seria curado”, bastando uma só palavra do
Senhor.
O
sereno convencimento da eficácia divina da palavra de Jesus permitiu ao oficial
romano superar o receio de ir à procura de um pregador itinerante da Galileia,
mesmo com o risco de ser ridicularizado pelos seus compatriotas. Ouvindo-o, admirado,
Jesus exclama: “Em Israel, não achei ninguém que tivesse tal fé”. Aliás, a fé
em Jesus e o carinho dele para com seu servo são extraordinários, dando razão
às palavras do Mestre: “Virão muitos do Oriente e do Ocidente e se assentarão à
mesa no Reino dos Céus”. A propósito, S. Hilário de Poitiers conclui que “a
cura do servo do centurião, sem que Cristo tenha entrado em sua casa, é sinal do
mistério da salvação dos pagãos: o centurião representa todos os que estão
neste mundo”, e que são membros do Reino de Deus pela fé, não pela pertença a
uma raça.
Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM
DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
ResponderExcluir